A SHARIA (Lei) no islamismo, cristianismo e judaísmo

A SHARIA (Lei) no islamismo, cristianismo e judaísmo

A SHARIA (Lei) no islamismo, cristianismo e judaísmo

(A SHARIA (Lei) – a pena de roubo – a Jihad – a poligamia – a liberdade de expressão – a democracia – o fanatismo e extremismo)

الشريعة في الإسلام والنصرانية واليهودية باللغة البرتغالية


Por
Sheikh Ahmad Al-Amir
Advogado


Revisão e correção
Dr. Abd Ar-Rahman bin Abd Al-Karim Al-Shaihah

A tradução de árabe
EUROPEAN ISLAMIC RESEARCH CENTER (EIRC)
& Ali Momade Ali Atumane
 
www.islamland.com

 


Índice
Introdução
Definição linguística e a desinformação midiática da palavra Shariah (Lei)
O propósito da promulgação de Leis
A Lei duradoura e produção de Leis
O fracasso da Lei positiva no combate a criminalidade
O absurdo da penalidade na Lei positiva
Legalização de crimes pela Lei positiva
Capitulo II: A Lei islâmica, seus propósitos e penalidades
A exigência da aplicabilidade da Lei islâmica em países não-muçulmanos
CAPITULO III: qual de ambas as Leis consegue dissuadir e é clemente ao infrator e a humanidade em geral? A Lei islâmica ou a Positiva?
A defesa contra o agressor e a autodefesa na Lei islâmica
Capitulo IV: A poligamia, multiplicidade de amantes e troca de esposas na Lei Positiva
Capitulo V: A diferença entre a Lei islâmica e o sistema democrático
A Lei islâmica e a liberdade de expressão
Capitulo VI: A Jihad e a garantia de liberdade da religiosidade na Lei islâmica
A Jihad na Bíblia
Capitulo VII: A Lei islâmica e o combate contra o fanatismo e extremismo
O islã e o combate contra a descriminação e escravidão
Capitulo VIII: Modelos da Lei crista e judaica a partir da bíblia
Conclusão


Introducao

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso

Louvado seja Deus e Sua paz e bênção estejam com o nosso Profeta Muhammad, para com sua família e companheiros. Os homens são dentre as criaturas de Deus neste planeta terra e constituem parte indivisível. Eles estão sob determinadas funções e tarefas, de modo que, se transcenderem as funções estabelecidas pelos Livros divinos, ocorre uma ruptura que afeta o planeta terra. No entanto, esta situação é observada com evidencias, quando o homem praticou o ilícito, abandonou as ordens, atendeu seus caprichos e desejos, a terra e os céus ficaram repletos de corrupção, propagaram-se doenças que não eram conhecidas pelos antepassados, sucederam numerosas guerras que destruíram culturas, gado e emergiram problemas ambientais, como se pode observar a poluição ambiental e o aquecimento global – e se situação continuar assim, a terra se transformará num planeta inabitável - tudo isso devido à ingerência humana nos testes nucleares e no desperdício de energia e, da produção industrial. Tudo isso em busca da matéria, concretização dos anseios e atendimento de caprichos mesmo se para tal for necessário subjugar seus irmãos. Eles almejam, a todo custo, acumular mesmo por conta da fome de outras pessoas. Eles querem se vestir mesmo por conta da nudez de outras pessoas. Querem gozar no mundo mesmo por conta da morte de outros. Nisto, Deus Todo-Poderoso diz: “A corrupção apareceu, na terra e no mar, pelo que as mãos dos homens cometeram, a fim de Ele faze-los experimentar algo do que fizeram, para retornarem ”.

Deus Todo-Poderoso esclarece aos seres humanos que não foram criados em vão e não serão deixados em vão. Deus diz: “E supusestes que vos criamos, em vão, e que não serieis retornados a Nós?”. “Então, Sublimado seja Allah. O Rei, O Verdadeiro! Não existe Deus senão Ele. Ele é o Senhor do nobre Trono ”.
Deus evidencia a sabedoria da criação do ser humano e da presença dele neste universo, geração após geração para adorar somente a Deus. Glorificado seja Ele, o Absoluto, coloca o ser humano a prova para ver quem é o praticante de boas ações. Deus Todo-Poderoso diz: “E não criei os jinns e os humanos senão para Me adorarem”. “não desejo deles sustento algum, e não desejo que Me alimentem”. “por certo, Allah é o Sustentador, O Possuidor da força, O Fortíssimo ”.

Deus definiu igualmente a energia adequada para manter os seus corpos. Deus diz: “Ó vós que credes! Comei das cousas benignas que vos damos por sustento, e agradecei a Allah, se só a Ele adorais ”.
Deus definiu a energia adequada e indispensável para a vida espiritual; jamais alcançarão a tranquilidade sem fé, jamais sentirão o conforto sem adoração ao Criador e não alcançarão a estabilidade senão aplicarem a Lei dEle. Deus Todo-Poderoso diz: “Os que crêem e cujos os corações se tranquilizam com a lembrança de Allah: - Ora, é com a lembrança de Allah que os corações de tranquilizam ”.

E para os seres humanos alcançarem a adoração a Único Deus, Deus enviou para eles, Mensageiros, para os seguirem, e revelou-lhes Livros como guia e iluminação do caminho do ser humano, exortando a prática do bem e proibindo a prática do mal. Livros que organizam os seus assuntos, usando seus corpos e almas no que, pelo qual, foram criados. Deus diz: “A humanidade era uma só comunidade. Então, Allah enviou os profetas, por alvissareiros e admoestadores. E, por eles, fez descer o Livro, com a verdade, para julgar, entre os homens, no de que discrepavam. E não discreparam dele senão aqueles aos quais fora concedido o Livro, após lhes haverem chegado as evidencias, movidos por rivalidade entre eles. Então, Allah guiou, com Sua permissão, os que creram para aquilo de que discrepavam da Verdade. E Allah guia a quem quer à senda reta .

Nesta ordem, o Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – foi o último dos profetas enviados por Deus, ele trouxe a religião completa que contempla as Leis do Criador válidas para o mundo inteiro, em todos os tempos e lugares. São Leis que regulamentam a vida social, proporcionam a felicidade na vida mundana e na pós-morte. Felizardo é àquele que cumpre e desgraçado àquele que rechaça. Deus diz: “Por certo, este Alcorão guia ao caminho mais reto e alvissara aos crentes, que fazem as boas obras, que terão grande prêmio”. “E que, para os que não crêem na Derradeira Vida, preparamos doloroso castigo”. “E o ser humano suplica o mal como suplica o bem. E o ser humano é pressuroso ”.
Isto é de um modo geral, aos que orienta e a que orienta. A orientação integra comunidades e numerosas gerações, em todos os tempos e lugares. E engloba todos os métodos e todo o bom que orienta o ser humano em todos os tempos e lugares . Guia a quem segue a senda reta no mundo da consciência e sentidos através do manifesto da doutrina, livre de defeitos e ambiguidades, que livra a alma dos fardos de ilusão e distorções; proporciona energia ao homem para trabalhar e edificar, unindo as Leis naturais do universo e as Leis do instinto humano em harmonia, consenso e consistência.
Orienta ao certo, ligando entre o exterior e interior do ser humano; entre seus sentimentos e comportamento e entre sua doutrina e seu trabalho. Quando a doutrina se fixa na firme alça irrompível, almejando os céus enquanto permanece na terra, enquanto o trabalho é adoração quando voltada à Deus, mesmo sendo um deleite mundano.

Orienta ao certo, na construção de boas relações sociais, entre indivíduos, famílias, governos, povos, países e raças. Tais relações estabelecem estruturas firmes independentes de opiniões, caprichos e, não dependem das amizades ou inimizades e nem são levadas por interesses. São princípios estabelecidos pelo Criador, o Sapientíssimo. Ele é o mais inteirado da Sua criação. Sabe de que é benéfico a cada geração e lugar, por isso, os guia para o certo, tanto nas normas de governança, no sistema financeiro, no regulamento das relações sociais e internacionais.
Orienta ao certo para a adoção de todas as religiões celestiais e para sua coesão. Para a manutenção da santidade, pois, toda a humanidade dentro da sua religiosidade vive em paz e harmonia. Deus diz: “Por certo, este Alcorão guia ao caminho mais reto e alvissara aos crentes, que fazem as boas obras, que terão grande prêmio”. “E que, para os que não crêem na Derradeira Vida, preparamos doloroso castigo”. Esta é a regra de Deus em relação ao trabalho e a recompensa que são alcançados através da fé e da prática de boas ações. Não se concretiza a fé sem ações e nem as ações sem fé. A primeira é restrita e incompleta, a segunda carece de estrutura própria. Por isso, a vida prossegue na retidão com ambos os elementos, e com elas juntas se concretiza a orientação.
Em ralação aos que não se orientam com o Alcorão, ficam soltos aos caprichos do homem, impaciente, ignorante do que lhe proporciona benefícios e malefícios, inconsciente e incapaz de controlar suas emoções, mesmo que o leve ao perigo. Deus diz: “E o ser humano suplica o mal como suplica o bem. E o ser humano é pressuroso”. Tudo isso acontece porque ele está desnorteado na vida e dos seus propósitos, é possível fazer algo prejudicial e ser impaciente para ele próprio, por desconhecimento ou conhece, mas é incapaz de conte-lo. Onde ele está em relação a orientação firme do Alcorão?

Esta é a Lei islâmica, que por sua abrangência, universalidade, legitimidade e capacidade, resolve todos os problemas humanos, justos, dentre os não muçulmanos, dentre os orientalistas. A verdade já foi proferida pelos inimigos que conseguiram oculta-la e nós lhes lembraremos as palavres deles para que sirvam de prova contra seus povos, quiçá, alcance alguns corações tolerantes e independentes para conhecer a verdade do islã que não existe no seio deles, a fim de conseguirem a tranquilidade espiritual. Segundo William Montogmery Watt : As referências do Alcorão inerentes aos árabes não negam que ele tem uma tendência global ou natureza global e que a mensagem do islã introduzida, inicialmente ao povo de Meca, e pregada aos povos de Madina integrava raízes globais ou ela desde o começo, ou desde as primeiras dimensões integrava conteúdos globais.
O autor afirma ainda que: o Alcorão é totalmente integrante, independentemente da linguagem; porque lida com questões humanitárias. O islã já confirmou, de forma independente, que é a religião do futuro em substituição do judaísmo e cristianismo, na verdade, o islã supera o judaísmo e o cristianismo.
A Lei islâmica difere claramente com todos outros tipos de leis. É uma Lei particular na essência; são ordens divinas que regem a vida de todos os muçulmanos em todos os aspectos.

Esta é a nossa religião, esta é a nossa Leis, na qual esperamos que todas as pessoas sigam, porém, ela foi revelada somente para elas, como misericórdia. E lembramos a todos aqueles que lerem este livro, dentre os não muçulmanos, a palavra de Deus Todo-poderoso: “E, se voltais as costas, Ele vos substituirá por outro povo; em seguida, eles não serão iguais a vós ”.


Dr. Abd Ar-Rahaman bin Abd Al-Karim Al-Shaihah

 

 
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Capitulo I
Definição linguística de Sharíah (Lei)

Na língua árabe, a palavra Shariah significa Lei ou método ou plataforma. A Shariah da selva (floresta) é a Lei da sobrevivência do mais forte; os cânones da Igreja são as leis da Igreja e suas condições; o Código de Hamurabi são as Leis promulgadas pelo rei Hamurabi, rei do antigo reino da Babilônia; Os cânones dos Faraós são as leis promulgadas pelos antigos egípcios para organizar os assuntos do seu próprio estado, mas se emparelhar a palavra Shariah com a religião judaica ou a cristã ou islâmica toma o significado da Lei revelada por Deus para as pessoas, constituída por preceitos, Leis e normas que regem seus assuntos mundanos, demonstram os bons caminhos e ganhos da Vida pós-morte. Lembrando que, queremos dizer com a palavra Lei judaica e lei cristã, a original que Deus revelou ao Profeta Moisés e Profeta Jesus (que a paz esteja sobre eles) antes que as pessoas a corrompessem, que são Leis pelas quais, origina a Lei islâmica que Deus salvou de qualquer distorção ou mudança, Deus diz: “E, para ti, Muhammad, fizemos descer o Livro, com a verdade, para confirmar os Livros que havia antes dele e para prevalecer sobre eles. Então, julga, entre eles , conforme o que Allah fez descer. E não sigas suas paixões, desviando-te do que te chegou da verdade. Para cada um de vós, fizemos uma legislação e um plano. E, se Allah quisesse, haveria feito de vós uma única comunidade, mas não o fez, para pôr-vos à sua prova, com o que vos concedeu. Então, emulai-vos, pelas boas ações. A Allah será o retorno de todos vós. E Ele vos informará daquilo de que discrepáveis” .

Desinformação da palavra Shariah

A palavra "Shariah" se traduzida para outros idiomas, equivale palavra "Lei" e esta é a original e a verdadeira, mas alguns meios de comunicação do ocidente utilizam todas as suas energias para minar o islão e a sua Lei tolerante, tentando enganar as pessoas e afastando-as do Islão através da distorção do significado jurídico da palavra Shariah islâmica. No entanto, quando se trata de assuntos relacionados à Lei islâmica, eles não traduzem a palavra Shariah ao seu sinônimo linguisticamente equivalente, que é “Lei”, mas sim mantêm sua pronúncia em árabe transliterada (Shariah), usando letras do alfabeto latino e pronunciando-a em língua estrangeira como se pronuncia em língua árabe "Shariah"!!.
A razão da falta de sua tradução como Lei islâmica, - apesar de que a palavra Lei significa algo ordenado e sistema que organiza as relações humanas -, é uma tentativa dos meios de comunicação em separar a palavra Lei da palavra Shariah e desvincular qualquer relação entre ambas, tentando criar uma imagem na mente do ouvinte da palavra Shariah como os costumes de selvageria bárbara e irregular, que desorganiza as relações humanas, e por outro lado, quando traduzem a palavra Lei de Moisés, traduzem-na segundo as Leis de Moisés, e assim como o fazem ao traduzir os cânones das Leis da igreja, e assim por diante!! Mas quando a mídia produz um documentário sobre a Lei islâmica, apaga as câmeras para todos os muçulmanos que estão no mundo e aos cerca de dois mil milhões de muçulmanos, e viram todas as câmeras a uma viagem distante que atravessa os oceanos e continentes até chegar as montanhas de Kandahar, onde vivem grupos tribais mais pobres, que não excedem alguns milhares, desprovidos de alimentação, de oportunidades de educação, nem mesmo água potável. Ao invés de retratar seu sofrimento e exortar o mundo para fornecê-los assistência humanitária, a mídia incite o mundo sobre eles e os retrata como identidades representantes exclusivas do Islão, colocando todas suas práticas sendo o próprio Islão!! Ao mesmo tempo retrata os cristãos como os povos civilizados altamente qualificados e do progresso científico, tentando com isso, criar uma imagem na mente do mundo sobre como os muçulmanos são atrasados devido os ensinamentos da religião islâmica, e o progresso dos cristãos é devido aos seus ensinamentos de sua religião cristã!! E a mídia, propositadamente esquece algo importante, é que quem queira comparar entre tribos muçulmanas que vivem nas montanhas de Kandahar com qualquer grupo étnico cristão, deve comparar entre si e entre as tribos cristãs ciganas espalhadas em todos os países da Europa! Porque muitos países europeus encontraram dificuldades de abrigar tribos ciganas nos conjuntos residenciais fixos, devido, particularmente à sua preferência em viver nômades.
As tribos ciganas sofreram racismo e grave violação de muitos dos seus direitos em seus próprios países. Tudo isto é ignorado e desligaram suas câmeras visando ocultar do mundo. Se essas tribos ciganas professassem o islão, todas suas câmeras estariam voltadas nelas, fotografando-as e afirmando que este é o verdadeiro Islão, e que os ensinamentos da Lei islâmica é que os fez viver nômades.
Os meios de comunicação esqueceram, propositadamente, que a percepção dos cientistas muçulmanos que vivem agora, quer seja na Europa ou na América ou na Austrália ou na Ásia ou na África, que lideram o mundo em muitos campos científicos, econômicos, políticos, à luz dos primeiros estudiosos muçulmanos que iluminaram o mundo, com os seu conhecimento, época conhecida pela Europa como a Idade Média ou idade das trevas, em que a Europa estava imersa em todos os aspectos do atraso científico e cultural, quase de 400 d.C. a 1400 d.C., onde a igreja perseguia os cientistas ou quem tivesse relação com a ciência, segundo o historiador Inglês Edward Gibbon, na sua famosa afirmação "Um ano de triunfo da barbárie e da religião” .
Os muçulmanos são ordenados, pela sua Lei, a averiguarem todas as notícias e a não julgarem uma situação antes de certificarem a sua natureza, e isto é o que exigimos das pessoas não muçulmanas. Deus diz: “Ó vós que credes! Se vos chega um perverso com um informe, certificai-vos disso para não lesar por ignorância, certas pessoas: então, tornar-vos-íeis arrependidos do que havíeis feito” .

O propósito da promulgação de Leis

A única finalidade da produção de Leis e das constituições é para regular a condição humana, seja em nível social, económica, política e etc., além de regimento dos direitos e deveres do indivíduo na sociedade em relação a si mesmo, aos outros e a sociedade no seu todo, e o regimento da liberdade individual e dos seus limites. A liberdade de cada indivíduo não é absoluta, mas sim termina onde começa os direitos dos outros, para que a liberdade individual não viole os direitos dos outros, caso contrario considera-se uma agressão, por isso, toda a lei prevê sanções disciplinares e punitivas para cada infrator de quaisquer direitos de terceiros.
Com base no exposto, o critério de sucesso ou fracasso de qualquer Lei depende da sua capacidade para atingir o objetivo em epígrafe, e da criação de penalidades necessárias para garantir o seu cumprimento e punir os seus infratores, tendo em conta que as penalidades não devem visar a provocação de danos no infrator, mas sim devem objetivar o alcance dos seguintes elementos:
1.    Correção da Infracção: a partir das penalidades compensatórias, pagando uma indenização financeira ou uma multa à vitima.
2.    Educação do infrator: reabilitação para se tornar individuo apto à reintegração social.
3.    Detenção do infrator: se submeter à sua infracção ou seu crime desde o início ou impedi-lo de retornar ao seu erro ou seu crime.
4.    Dissuasão a outros: o infrator, por sua infracção ou crime, serve como exemplo para os outros que observarem o castigo sofrido por ele.

A Lei duradoura e produção de Leis

O fracasso da Lei positiva no combate a criminalidade:
Na modernidade, observamos um monte de instituições jurídicas, autoridades judiciais, escolas de Direito, parlamentos locais e internacionais, conselhos consultivos, bem como personagens em advocacia como juízes, advogados, juristas constitucionais, juízes internacionais e outros, além dos policiais, milhões de prisioneiros e detentos, observamos igualmente, muitas tentativas na produção de Leis que possam atingir os objetivos acima mencionados. Será que conseguimos produzir Leis que podem dissuadir a violação dos direitos dos outros?!! Ou ainda vivemos num planeta repleto de crime em muitos países do mundo?!! Em outras palavras, conseguiram as Leis humanas proporcionar um mundo seguro e, eliminar crimes e problemas que enfrentamos, e tendem acrescer a cada dia?!!! No entanto, o mundo necessita urgentemente de Lei que possa garanti-lo a segurança. Mas de que maneira?

A importância da presença da Lei divina

Na antiguidade, não havia instituições jurídicas ou judiciarias ou reguladoras ou executoras de Leis nos assuntos do povo?!! Por isso, ou Deus legislava divinamente o sistema organizador dos assuntos do homem, de modo que não precisasse de legisladores humanos para melhora-la ou desenvolve-la ou reinava a Lei da selva onde o forte come o fraco!!.
É pela justiça e misericórdia de Deus, para Seus servos, que colocou sobre eles a Shariah (Lei), que permanece imutável de acordo com o tempo e lugar, pois, o considerado crime continuará crime e jamais se tornará uma virtude, a verdade permanecerá verdade e nunca será o contrário e todos são iguais perante a justiça. Ao passo que os dispositivos são restaurados, de época para outra, através dos Apóstolos, enviados por Deus para guiar as pessoas e mostra-las à Lei d`Ele que rege as suas vidas. Quando os judeus desperdiçaram e deturparam a Lei, Deus enviou-lhes o profeta Jesus (que a paz esteja sobre ele) para restaurar os dispositivos da Sua Lei, e quando os cristãos distorceram a Lei divina, Deus enviou, por último, Seu Mensageiro Muhammad (que a paz e benção de Deus estejam sobre ele) trazendo Sua Lei divina e os dispositivos válidos a todo espaço-temporal, ela é inalterável, fixa ao longo dos séculos, sendo a última Lei. Deus diz: “Em seguida, fizemos-te estar sobre uma legislação de ordem; então, segue-a. e não sigas as paixões dos que não sabem” .
Isto se manifesta claramente pela analise da Lei entre suas formas de penalidade e obrigações, onde tornou a severidade da punição em função da gravidade do crime e da sua ameaça à sociedade. Uma Lei que não atende os caprichos e nem hipocrisia, que advoga igualdade em punição, ao ponto de não privilegiar impunidade ao nobre, devido ao seu status entre as pessoas ou seus méritos ou seu poder, e nem o rico é impune por conta da sua fortuna. O que está evidente nas palavras do Profeta Muhammad (que a paz e benção de Deus estejam sobre ele), “Certamente, o que destruiu os povos antepassados, é que quando o nobre roubasse concediam-no a impunidade e quando o fraco roubasse sentenciavam-no; juro em Deus, se a Fátima, filha de Muhammad (Profeta de Deus) roubasse, amputaria a sua mão”. Compilado por Al-Bukhari.

A legislação positiva e a Lei da selva

Na realidade a maior parte das Leis produzidas pelo homem, na contemporaneidade, é outra face da Lei da selva, porque alguns representantes da elite eleita em alguns parlamentos ou alguns legisladores, são figuras corruptas, fortemente ambiciosas pela autoridade ou fortunas, promulgam legislações aparentemente reformistas, enquanto ocultamente, visam atingir os seus interesses e servir os seus objetivos, na exploração da classe pobre!! É por isso que Deus Todo-Poderoso nos revelou a justa Lei, sem distinção entre o governador e os governados, ou entre ricos e pobres, ou preto e branco ou entre classes. É a Lei de Justiça que está longe de servir as paixões, injustiça ou a ganância!! Deus diz: “Buscam, então, o julgamento dos tempos da ignorância? E quem melhor que Allah, em julgamento, para um povo que se convence da verdade ”?

Desordem da Lei positiva e sua instabilidade

O observador da história da produção das legislações e constituições constata que às Leis humanas estão sujeitas a constante emenda, de modo que não há Lei não sofre mudanças num período de tempo. Portanto, o que era considerado crime, num momento, se tornou uma virtude, ou mesmo veracidade em outro momento e vice-versa. Por exemplo, o maiô das mulheres nos Estados Unidos, em 1850 e em 1920 era uma longa túnica que cobria todo o corpo, se por caso a mulher trajasse, naquela época, o que veste atualmente a mulher americana, seria detida e punida. Como a lei muda com o tempo, também varia de acordo com a localização, por exemplo, nos países da União Europeia, as Leis de um país diferem com as de outro, dentro da mesma União, e até dentro do mesmo país como os Estados Unidos, as leis variam de Estado para Estado, porque elas estão sujeitas aos desejos e caprichos dos políticos que impõem sobre as pessoas. A título de exemplo:
A eutanásia

Um suicídio assistido por outra pessoa, e se divide em três tipos:
1.    Eutanásia voluntária: é feita com o consentimento do paciente, e está legalizada em alguns países europeus e em alguns Estados dos EUA.
2.    Eutanásia involuntária: é feita sem consentimento do paciente, como a eutanásia a crianças, permitida em certas circunstâncias na Holanda de acordo com o Protocolo de Groningen .
3.    Eutanásia não voluntaria: é feita contra a vontade do paciente.
Em suma, há presença dos que são pró e anti-eutanásia. Cada parte apresenta seus argumentos e evidências que defendem sua visão, alguns países legalizaram a eutanásia, enquanto outros a criminalizam.
Foram registrados casos de homicídio com premeditação, como o caso do Dr. Nigel Cox, que injetou o cloreto de potássio tóxico em sua paciente Lillian Boyes para causar a paragem cardíaca, ele se defendeu argumentando que queria aliviar a paciente da reumática dor. Ele foi condenado pelo tribunal, um ano de prisão e suspensão de exercer atividades profissionais, um ano depois, obteve sua licença para retomar suas atividades profissionais como se nada tivesse acontecido.

Comercialização de drogas

Há países europeus que legalizaram a venda e uso de drogas, sob certas condições e quantidades determinadas, enquanto a venda ou uso de drogas é estritamente proibida em outros países europeus. O estranho é que um país legalizou a venda de drogas, mas apenas para os seus cidadãos, enquanto os turistas e outros visitantes são proibidos do seu uso, a fim de evitar a promoção do turismo de droga no território, uma decisão que foi rejeitada pela maioria dos proprietários de cafés que vendem a droga, afirmando que a decisão reduziria o volume do seu negócio e renda!!.

A pena capital

Alguns países europeus e Estados dos EUA condenam a aplicação da pena de morte, enquanto outros países europeus e Estados dos EUA legalizaram e continuam aplicando.
Assim sendo, por onde podemos encontrar as medidas exatas que nos permitam mensurar, de modo a identificarmos o que é crime e o que é integridade?! O que é certo e o que é errado?!
Em suma, o que está acordado pelas pessoas sensatas, é que a verdade é uma, imudável, nem pelo tempo ou espaço, bem como a moral, as virtudes, os malefícios e os pecados nunca mudam com a mudança do tempo ou lugar, e jamais uma virtude se transformará em um malefício ou vice-versa!!

O absurdo da penalidade na Lei positiva

Considerando algumas legislações e penalidades que foram decretadas ao longo dos séculos, como na antiga civilização egípcia, chinesa, indiana, grega, romena antiga, africana, assim como dos índios, constatamos que são legislações ou penalidades levianas, elas puniam o transgressor de forma aleatória e exageradamente, como a aplicação da pena capital por mais simples causa e a sofisticação dos modos de tortura sobre os condenados à morte, às vezes eram decapitados com guilhotinado  como o que aconteceu com o rei da França, Luís XVI em 1793, e às vezes decapitados com machado e, em seguida, esquartejados em quatro partes, como o que aconteceu com Thomas Armstrong em 1684 no Reino Unido, e às vezes eram tirados os seus intestinos, desmembrado vivo, retirado o coração de seu peito, cortado a cabeça como o que aconteceu com Balthasar Gerard  em 1584, na Holanda; às vezes eram degolados com faca, e às vezes crucificados numa árvore e queimados vivos como na Inquisição espanhola, portuguesa e romena sob a supervisão de sacerdotes, às vezes eram jogados vivos aos leões famintos no estádio romano, por vezes jogados vivos nos fornos de Hitler, as vezes colocados em pilhas, às vezes aplicados à choque elétrica como o que aconteceu com Lynda Lyon Block em 2002 nos Estados Unidos da América, E as vezes por afogamento, como aconteceu com os apoiantes da Revolução Francesa em 1793, na França, as vezes, eram esmagados a cabeça com um martelo de ferro ou colocadas pedras pesadas nos seus peitos como o que aconteceu com Giles Corey em 1692 nos Estados Unidos de América, e às vezes jogados no óleo fervente, como aconteceu com Richard Rice, em 1531, em Reino Unido, às vezes fechados na câmara de gás venenoso, às vezes enterrados vivos, como o que aconteceu com civis chineses por soldados japoneses no massacre de Nanquim, durante a Segunda Guerra Mundial, e às vezes eram pendurados publicamente numa serra de ferro, de cima para baixo, em seguida, abatidos e decapitados com uma faca, como o que aconteceu com Jeremiah Brandreth em 1817, às vezes puxados entre quatro cavalos fortes até que a carne fique dilacerado em quatro partes, como o que aconteceu com Tupac Amaru, no Peru em 1781, nas mãos do colonialismo espanhol, às vezes pela anatomia lenta ao vivo, como o que aconteceu com José Marchand em 1835 no Vietnã, e as vezes, por asfixia, a tiro e outras formas horríveis e absurdas de tortura aos condenados à morte, durante a execução da sentença de acordo com suas leis!!! Por isso, a legislação divina é a misericordiosa que não prevê sanções arbitrárias, e nem nos deixa a mercê dos caprichos e das futilidades dos legisladores ou governadores e seus julgamentos absurdos. Mesmo no abate de animais para o consumo, a Lei islâmica rege misericórdia e compaixão com eles, o Profeta Muhammad (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele) disse: “Deus prescreveu a benevolência sobre todos os assuntos, se for preciso matar, que se proceda da melhor maneira, e ao abater, proceda-se do melhor modo, afiando a faca e acalmando o animal”. Compilado por Muslim.

A doutrina do sacrifício humano na legislação positiva

Os povos da América Central praticavam a doutrina de sacrifício humano no império Asteca, entre os séculos XIV d.C. à XVI d.C, na região atualmente conhecida como o Estado do México, onde os sacerdotes apresentavam a vítima humana e colocavam-na em uma grande rocha, o sacerdote abria o peito da vítima enquanto viva e retirava o seu coração, ainda batendo, elevava-a em direção ao sol para satisfazer o deus do sol, chamado Huitzilopochtli, ou para satisfazer o deus da chuva Tláloc, ou ao deus do fogo Huehueteotl, como prática de celebração religiosa, esta última, era jogada no fogo e retirada antes de morrer, aberto o seu peito e removido o seu coração.
E da mitologia do império, é que deus Xipe Totec esfolou sua pele, a fim de dar aos humanos a safra de milho, por isso, ele pede a pele humana no lugar da sua. Por este motivo, os sacerdotes estavam honrando deus, através do esfolamento da pele humana, e depois trajavam a pele da vítima por um período de vinte dias e, em seguida, a jogavam no fogo!!
Na África temos vários exemplos como a celebração anual do Reino de Dahomey, atualmente República do Benin, na África Ocidental, os prisioneiros de guerra eram apresentados e degolados para a cerimônia, parte da celebração anual, e assim era a pratica, no caso de morte do rei, eles sacrificavam milhares de prisioneiros, e em 1727 foram sacrificadas 4000 vítimas em um dia!!
Na antiga civilização chinesa os escravos eram enterrados vivos com a morte de seu senhor. Em 621 a.C, morreu o governador Mu da região de Qin, com ele foram enterrados 177 seus escravos vivos.
Os povos eslavos, no século XII, sacrificavam os prisioneiros de guerra e apresentavam oferenda à deusa Slavs nacionalista Peron.
No leste da Ásia, onde o budismo se espalhou, observamos fotografias na Internet, no estado hediondo, Na virada do Ano Novo Chinês, alguns budistas pegam uma menina, com o consentimento dos pais dela, lavam-na, limpam-na, amarram suas mãos por trás, e em seguida, esfaqueiam o seu pescoço como o fazem com os porcos, colocando uma bacia sob seu pescoço para que o sangue não caia fora do recipiente e depois cortam seu corpo em pedaços e a carne é distribuída aos pobres!!
Este foi apenas um resumo sobre a legislação absurda e doutrinas que não são sancionadas pela mente sã. E quase não há nenhuma civilização ou Estado isenta destas doutrinas criminosas e dogmas do sacrifício humano para agradar deus a partir do sangue humano. E quem quiser aprofundar mais, podem pesquisar sobre a história da doutrina do sacrifício humano em todo o mundo, para ver por si mesmo, como é que a prática se difundiu nas Américas, Europa, Austrália, África e Ásia.
O Antigo Testamento menciona e condena tais terríveis hábitos abomináveis, onde determina a pena de morte por apedrejamento como faziam geralmente os Cananeus, sacrificavam seus filhos ao deus Moloque. De acordo com Levítico 20:1-2 (Disse mais o SENHOR a Moisés. Também dirás aos filhos de Israel: Qualquer dos filhos de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam em Israel, que der de seus filhos a Moloque será morto; o povo da terra o apedrejará). Estes eram hábitos dos Cananeus, que oferendavam o sacrifício de seus filhos ao deus Moloque.
E pela misericórdia de Deus Todo-Poderoso para com Sua criatura, revelou a legislação divina para fazer face todas as legislações levianas que foram estabelecidas com base em humilhação e sacrifício humano. Uma prática conhecida por várias civilizações em todo o mundo. Deus diz: “Dize: Vinde, eu recitarei o que vosso Senhor vos proibiu: Nada Lhe associeis; e tende benevolência para com os pais; e não mateis vossos filhos, com receio da indigência: Nós vos damos sustento, e a eles, e não vos aproximeis das obscenidades, aparentes e latentes, e não mateis a alma, o que Allah proibiu matar, exceto se com justa razão. Eis o que Ele vos recomenda, para razoardes ”.
Em verdade, Deus disse sobre o Seu Mensageiro Muhammad (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele), que o enviou com a religião verdadeira que contempla todas as necessidades do ser humano, neste mundo e na vida pós-morte. Porém, o feliz é aquele que nele acreditou e cumpriu seus mandamentos. Deus diz: “E não te enviamos senão como misericórdia para os mundos ”
De acordo com Ibn Abbas, exegeta do Alcorão, Deus enviou o Profeta Muhammad (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele) como misericórdia para todo o mundo, tanto para os incrédulos como para os crentes. Em relação ao crente Deus o guiou através dele, introduziu nele a fé e o cumprimento da sua mensagem, enquanto que ao descrente foi salvo, através do Profeta Muhammad, contra o flagelo que dantes assolava os povos incrédulos que descriam os Mensageiros de Deus.
Deus o enviou para o mundo, para chamá-lo para a adoração de Allah, o Único, sem parceiro e para apagar as antigas práticas de ignorância, costumes e tradições politeístas de barbárie absurdos.

Legalização de crimes pela Lei Positiva

Há uma série de crimes ou atos análogos ao crime que são permissíveis por algumas Leis positivas, como o crime do aborto e o extermínio do feto!! E quem não sabe como exterminar o feto, pode assistir pela Internet o processo de aborto, onde os médicos mais experientes e especialistas são assistidos por enfermeiras como forma de misericórdia a paciente!! O admirável, é que o crime é praticado com o consentimento da mãe ou da mãe e pai junto ao médico para matar o feto, por razões banais, o que indica o nível de decadência humana, porque eles não estão prontos para receber a criança por causa de seus desejos de desfrutar viagens e da liberdade de não prestar qualquer obrigação na atenção do bebê, ou por causa de impedimentos físicos ou sociais!!!
Esta reação generalizada em muitos países desenvolvidos, e pior, em alguns países pobres da Ásia e da África, principalmente se o feto é do sexo feminino, por representar um encargo econômico sobre a família, contrariamente quando é um menino, concebido como elemento construtivo e produtivo da família, porque carrega o fardo do pai e ajuda na provisão de recursos financeiros para a família. Vimos fotos dos pais em alguns países pobres, da Ásia Oriental, matando suas filhas vivas, tal como era a prática dos infiéis de Meca antes do advento do Islão. Deus revela a historia deles no Alcorão. Deus diz: “E, quando a um deles se lhe alvissara o nascimento de uma filha, torna-se-lhe a face enegrecida, enquanto fica angustiado. Esconde-se do povo, por causa do mal que se lhe alvissarou. Retê-lo-á, com humilhação, ou soterrá-lo-á no pó? Ora, que vil o que julgam ”.
Tais crimes foram legalizados em algumas antigas legislações, como o direito romano, no seu artigo nº. IV que rege "que seja morta qualquer criança deficiente ". Os mesmo crimes eram cometidos na antiga civilização grega, onde a mãe, após o nascimento, expunha o bebê ao pai, caso este o aceitasse, então vivia, caso não fosse do seu agrado, eliminavam-no, de acordo com a referência arqueológica de um dos papiros romeno descobertos na cidade de Bahnasa (antiga cidade de Oxyrhynchus) no Estado de Minya, no Egito. O que demonstra a propagação do hábito entre os romanos, pois, os papiros revelaram a carta do marido à sua esposa, dizendo: "se o bebê for do sexo masculino, conceda-lhe a vida, e se for do sexo feminino, mate-o ”.
A legislação islâmica é de benevolência e compaixão, condena veementemente os crimes hediondos, o Profeta Muhammad (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele) disse: “Deus tornou ilícito a ingratidão as mães, o infanticídio feminino, a avareza e o acúmulo (de bens), abomina as fofocas,  os demasiados pedidos e o desperdício de bens”. Compilado por Bukhari e Muslim.
A legislação islâmica garantiu os direitos do feto, enquanto no útero da mãe, e dentre o mais importante desses direitos, é o direito à vida!! Deus diz: “e não mateis vossos filhos, com receio da indigência: Nós vos damos sustento, e a eles” .
Cortou todas as formas de discriminação e segregação no tratamento dos filhos, homens ou mulheres, o Profeta (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele) disse: "tratai vossos filhos de maneira justa ao dá-los presentes". Compilado por Bukhari.

 

 

 

 

 

 

 

 
Capitulo II
A Lei islâmica, seus propósitos e penalidades
A Lei islâmica

1.    Propósitos da Lei islâmica
2.    Preservação da Religião
3.    Preservação da alma
4.    Preservação da mente
5.    Preservação de bens
6.    Preservação da genealogia  
Os limites da Lei islâmica
A exigência da aplicabilidade da Lei islâmica em países não-muçulmanos
1.    Tribunais islâmicas em países não-muçulmanos
2.    Deve-se exigir a aplicação da Lei islâmica em países não-muçulmanos?

 

 


 
A Lei islâmica

Como definimos anteriormente, de que Deus Todo-Poderoso, prescreveu as Leis que organiza o relacionamento das pessoas para com Deus, assim como estabelece as relações humanas, e com o que lhe rodeia, de animal e ambiente, são Leis que regulam a vida das pessoas. Há as que regulam as relações econômicas, comerciais, sociais, pessoais e outras Leis regem a estrutura fundamental do Estado e regulam o funcionamento do poder legislativo, judiciário e executivo.

Propósitos da Lei islâmica
São os objetivos que o Islão veio para alcançá-los; é todo o conjunto que a Lei islâmica tem como propósito. Através desses propósitos, foram estabelecidas regras e limites. No entanto, são entre os propósitos gerais da lei islâmica, os seguintes:
1.    Preservação da Religião
Um dos mais importantes propósitos da Lei islâmica é a preservação da religião. Deus Todo-Poderoso diz: “E teu Senhor decretou que não adoreis senão a Ele; e decretou benevolência para com os pais ”.
A lei estipula uma grande recompensa para aqueles que ajudam as pessoas a preservarem a sua religião, ou mesmo, ensinando-lhes a religião. O Mensageiro de Deus (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele): disse "O melhor entre vocês é aquele que aprendeu e ensinou o Alcorão". Compilado por Bukhari.
Ou construiu um complexo ou lugar de encontros para ensinar as pessoas a sua religião, como a construção de mesquitas para adoração e aprendizado. O Mensageiro de Deus (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele) disse: "Aquele que construir para Deus, uma mesquita, mesmo que seja como a busca  do pássaro para a construção do seu ninho, Deus edifica para ele uma casa no paraíso". Compilado por Ibn Hibbaan.
E a preservação da religião constitui uma das obrigações da Lei islâmica, por isso, preservou a partir do seguinte:
    Institui a legalidade de repelir qualquer agressão externa que pretenda ofender a religião.
    Peleja e proíbe qualquer abuso contra a religião dentro do Estado, por exemplo, aquele que quer ofender a religião através de desenho gráfico e caricaturas ou denigrir a dignidade do Profeta do Islão (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele), sob o pretexto de liberdade de expressão e etc., porém, liberdade de expressão nunca significou liberdade de calúnia, abuso, difamação e discriminação racial.
    Combate e inibe a inovação na religião, porque ela está completa. Deus Todo-Poderoso diz: “Hoje, Eu inteirei vossa religião, para vós, e completei Minha graça para convosco e agradei-Me do Islão como religião para vós ”.
No entanto, quem forjar algo na religião, certamente adicionou nela o que não foi prescrito e, a inovação é um meio que visa destruir a religião. Deus Todo-Poderoso diz: “Então, quem mais injusto que aquele que forja mentiras, acerca de Allah, para desencaminhar, sem ciência, os homens? Por certo Allah não guia o povo injusto ”.
2.    Preservação da alma
Deus Todo-Poderoso criou a alma humana e proibiu agredi-la, tanto por suicídio, porque Deus diz: "E não vos mateis. Por certo, Allah, para convosco, é Misercordiador ", assim como proibiu a qualquer um agredir outras pessoas, sejam elas crentes ou descrentes. Deus Todo-Poderoso diz: “E não mateis o ser humano, que Allah proibiu matar, exceto se com justa razão ”.
E quem praticar homicídio, intencionalmente, é condenado a pena capital como talião, condenação feita pelo juiz, mas a porta da anistia está aberta nas mãos dos responsáveis da vitima, podendo eles renunciar o talião. Deus Todo-Poderoso diz: “Ó vós que credes! É-vos prescrito o talião para o homicídio: o livre pelo livre e o escravo pelo escravo e a mulher pela mulher; e aquele, a quem se isenta de algo do sangue de seu irmão, deverá seguir, convenientemente, o acordo e ressarci-lo, com benevolência. Isso é alívio e misericórdia de vosso Senhor. E quem comete agressão, depois disso, terá doloroso castigo ”.
3.    Preservação da mente
Deus distinguiu o ser humano de outros animais, pela graça da mente, e impôs uma legislação que preserva essa bênção, proibindo tudo que pode causar nela dano ou alteração, como o álcool e outras drogas que alteram, corrompem e molestam a mente. Deus Todo-Poderoso diz: “Ó vós que credes! O vinho e o jogo de azar e as pedras levantadas com nome dos ídolos e as varinhas da sorte não são senão abominação: ações de Satã. Então evitai-as na esperança de serdes bem-aventurados ”.
No Islão, são denominados como mãe dos males, devido à grandeza de seus perigos contra o próprio indivíduo ou sua comunidade, pois, eles representam a cabeça de toda maldade e o primórdio de todo crime.
4.    Preservação dos bens
A riqueza é o vinculo da vida que Deus tornou através dela, o principal meio para preservar a vida. Através da riqueza são estabelecidos os interesses e é aplicada como meio para atrair a subsistência. Ela proporciona a alimentação, vestuário, educação, habitação e etc,. porém, Deus estabeleceu procedimentos legais para ganhar riqueza, colocou caminhos para seu desenvolvimento e maneiras de gastar. Por isso, proibiu toda ação que leva a destruição da riqueza, sua perdição de forma ilegal, proibiu a exploração de pessoas, se apropriar de bens delas ilicitamente através de usura, suborno, roubo, jogos e apostas. Deus Todo-Poderoso diz: “Ó vós que credes! Não devoreis, ilicitamente, vossas riquezas, entre vós ”.
Proibiu gastar em auto detrimento ou contra outros, ou extravagância e desperdício desnecessário, prescreveu na riqueza os direitos dos parentes através de relações de parentesco e obediência, de tal maneira prescreveu para com todos os necessitados por meio de caridade e bondade. Deus Todo-Poderoso diz: “E concede ao parente seu direito, e ao necessitado e ao filho do caminho. E não dissipes teus bens exageradamente”. “Por certo, dissipadores são irmãos dos demônios. E o demônio é ingrato a seu Senhor ”.
5.    Preservação da genealogia
A Lei islâmica proíbe todas as formas que podem causar a bastardia, como a pratica do adultério. Deus Todo-Poderoso diz: “E não vos aproximeis do adultério. Por certo, ele é obscenidade; e que vil caminho !”.
Proibiu igualmente, todas as formas que podem causar a destruição e descontinuidade da reprodução genealógica, como a homossexualidade e lesbianismo. Deus Todo-Poderoso diz: “E, dentre os homens, há aquele cujo dito, acerca da vida terrena, te admira, Muhammad, e toma a Allah por testemunha do que há em seu coração, enquanto é o mais veemente inimigo”. “E, quando volta as costas, esforça-se, na terra, em semear nela corrupção e em aniquilar os campos lavrados e os rebanhos. E Allah não ama a corrupção ”.

As penalidades da Lei islâmica

A legislação das penalidades, no islã, visa preservar as Leis divinas que servem para regulamentar a vida dos seres humanos, assegurar sua aplicação e o respeito dos indivíduos, para tal, tornou-se necessário a existência de Leis que regulamentam as sanções disciplinares e punição aos que violam tais Leis. Por isso Deus estabeleceu Limites que são (Código penal). A Lei islâmica não estabeleceu penalidades senão para proteger um direito. Muitas vezes, os não-muçulmanos confundem entre o conceito de Limites (penalidades) e a própria legislação islâmica, achando que a legislação islâmica se resume somente em penalidades disciplinares e sanções punitivas como a amputação  das mãos dos ladrões e a aplicação da pena capital ao assassino. Esta concepção é mesmo errada porque as penalidades são punições que são aplicadas a quem viola a legislação islâmica e como forma de sua preservação e garantia da sua inviolabilidade. Na aplicação dos Limites (Código Penal) se garante a vida das pessoas, se protege suas almas, propriedades, honra, e suas mentes, para além de que garantem a proteção da entidade humana, são como a muralha externa que protege a cidade, ou seja, (a Lei islâmica) protege seus moradores contra os ladrões que querem invadir e agredi-los. Deus Todo-Poderoso diz: “E, no talião, há vida para vós, ó dotados de discernimento, para serdes piedosos ”.
Vale lembrar que a punição não é uma questão nova na Lei islâmica, mas sim Deus  estabeleceu em todas as religiões celestiais. Deus ordenou a aplicação de pena no Torá, revelado a Moisés (que a paz esteja com ele). Deus Todo-Poderoso diz: “Por certo, fizemos descer a Tora; nela, há orientação e luz. Com ela, os profetas, que se islamizaram, julgavam aos que praticavam o judaísmo e, assim também, os rabis e os sacerdotes, porque custodiavam o Livro de Allah, e eram testemunhas dele. Então, não receeis os homens, e receai-Me. E não vendais Meus sinais por ínfimo preço. E quem não julga conforme o que Allah fez descer, esses são os renegadores da fé”. “E nela proscrevemos-lhes que se pague a vida pela vida e o olho pelo olho e o nariz pelo nariz e a orelha pela orelha e o dente pelo dente, e, também, para as feridas, o talião. Então, a quem, por caridade, o dispensa, isso lhe servirá de expiação. E quem não julgar conforme o que Allah fez descer, esses são os injustos ”.
E Deus estabeleceu igualmente na Bíblia, revelada a Jesus (que a paz esteja com ele), a aplicabilidade de punição. Deus Todo-Poderoso diz: “E, na pegada daqueles, fizemos seguir Jesus, filho de Maria, para confirmar a Tora, que havia antes dele. E concedêramos-lhe o Evangelho; nele, há orientação e luz e confirmação da Tora, que havia antes dele, e orientação e exortação para os piedosos”. “E que os seguidores do Evangelho julguem conforme o que Allah fez descer nele. E quem não julga conforme o que Allah fez descer, esses são os perversos ”.

Quem deve aplicar as penalidades

A aplicação e execução da pena, para quem viola a Lei islâmica, por cometer um pecado que exige a aplicação da pena, são responsabilidades exclusivos do governante muçulmano ou do seu representante, sendo que os membros da comunidade não tem o direito de execução, porque o Islão é um sistema organizado e não é uma religião desorganizada e bárbara, por isso, na época do Mensageiro de Deus (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele) não se aplicava uma penalidade senão com sua permissão, pois ele era o responsável pela implementação das disposições, e uma vez que ele tinha a responsabilidade de aplica-la por estar no comando do governo, então, é obrigação de todo governante sucessor que governa segundo a legislação islâmica, seguir o mesmo. Deus Todo-Poderoso diz: “E que julgues, entre eles, conforme o que Allah fez descer, e não sigas suas paixões, e precata-te de que eles te desviem de algo do que Allah fez descer, para ti. Então, se voltam as costas, sabe que Allah deseja que sejam alcançados por alguns de seus delitos. E, por certo, muitos dos homens são perversos ”.

1.    Isenção penal
 Revogação da confissão: de acordo com as escolas teológicas (Abu Hanifah, Shaafiyi e Ahmad) não se aplica a pena a àquele que revoga sua confissão ou foge, quiçá ele volte . No entanto, Máizi Ibn Malik, que era órfão na tutela de Hizaal (que Deus esteja satisfeito com ele) cometeu adultério com uma mulher do bairro. Hizaal o aconselhou a confessar sua prática diante do Profeta de Deus (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele), e quando Máizi reconheceu quatro vezes, o Profeta de Deus ordenou que fosse aplicado a pena para ele, mas durante a punição, Máizi não suportou e fugiu, até quando foi parado por Abdullah Ibn Anísse que lhe submeteu a pena. Quando a cena foi relatada ao Profeta (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele), este disse: “Teriam deixado, porventura se arrependeria, e Deus o perdoaria, ó Hizaal se cobrir (corpo dele) com sua vestimenta, melhor para você do que sua prática”. Compilado por Ahmad, Abu Dawud e Hákim, e confirmado por Al-Albani. E o Hizaal é quem incentivou Máizi para se apresentar diante do Profeta de Deus (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele), confessando seu pecado. E o dito profético, “se cobrir (corpo dele) com sua vestimenta”, É uma metáfora que repela a ação da confissão que levou a punição de Máizi. Segundo Albaji “a ação de cobrir o corpo dele foi no sentido de ordenar (Hizaal) a se arrepender e o ocultar a falha de Máizi, e a menção do mento é uma forma de exagero”.

2.    A suspeita
Não se aplica a penalidade por suspeita, portanto, as suspeitas impedem a aplicabilidade da punição. O segundo Califa do profeta Muhammad (que a paz e bênção de Deus estejam com ele), Omar Ibn Al-Khattab (que Deus esteja satisfeito com ele) disse: “conceder a impunidade por suspeita, é preferível para mim do que aplicar a pena por suspeita”. Compilado por Ibn Abi Shaibah. Por isso, àquele que roubar algo pensando que nele tem direito, torna-se impune.

3.    O arrependimento
Se o infrator arrepender-se antes de se tomar posse dele, torna-se impune. Mas se o arrependimento acontecer depois de ele ser tomado posse, então incorre a aplicação da pena, de acordo com o decreto de Deus Todo-Poderoso: “Exceto os que se voltam arrependidos, antes que deles vos aposseis. Então, sabei que Allah é Perdoador, Misericordiador ”. Porém, o arrependimento referenciado neste caso, relativo a impunidade do infrator que se arrependeu antes de se tomar posse dele, é aquele ligado a pena aplicada aos bandidos assaltantes da rua, aos resignantes da religião, segundo o consenso dos peritos. Mas em relação ao resto das penalidades, como o adultério e o roubo, há duas opiniões distintas. A primeira: concede impunidade ao infrator que se arrependeu antes de se tomar posse dele. E a segunda opinião: vê a penalidade ao infrator que se arrependeu mesmo antes de se tomar posse dele. Em relação ao arrependimento relativo à pena aplicada por acusação (da fornicação), os peritos estão unanimes que a pena é aplicada ao infrator, em ambas as situações anteriores. Há mais detalhes sobre este assunto, e quem desejar aprofunda-lo recomendamos a consulta dos livros da jurisprudência islâmica.

4.    Revogação do depoimento
A revogação do depoimento por parte das testemunhas, depois da sentença e antes da sua execução, implica impunidade ao infrator.

5.    A interferência
 Se forem registradas, várias infrações da mesma natureza, antes da aplicação da pena, a sentença de todas elas corresponde somente a uma única punição.

Condições a aplicação da penalidade

1-    Incumbência (sanidade mental e puberdade): a penalidade não é aplicável às seguintes categorias: a criança, o insano, o desanimado e, o bêbado. Segundo o profeta Muhammad (que a paz e bênção de Deus estejam com ele), "A caneta  não registra (as ações) de três (tipos de pessoas): o insano, até que se recupere; quem está dormindo, até que acorde; e a criança até que atinge a puberdade". Narrado por Ahmad, Abu Dawood, e Al-Haakim. Confirmado por Al-Albani.
2-    A livre escolha sem compulsório: Deus, Todo-Poderoso, diz “Quem renega a Allah, após haver crido, será abominado, exceto quem for compelido a isto, enquanto seu coração estiver firme na fe. Mas quem dilata o peito para a renegação da fe, sobre eles sera uma ira de Allah, e terão formidável castigo ”
3-    A sanidade e a capacidade: é inaplicável a penalidade a um doente e a um fraco inato (na estrutura e no corpo) até que melhore.
4-    O conhecimento do ilícito:
Recomendação para revestir um muçulmano
Quem observar o pecado de um muçulmano tem a liberdade de prestar seu testemunho ou encobrir seu irmão muçulmano, sendo melhor o encobrimento, (e para mais detalhes consulte os livros da jurisprudência islâmica). O profeta Muhammad (que a paz e bênção de Deus estejam com ele) disse “Aquele que encobrir (as faltas) de um muçulmano, Deus o encobrirá no mundo e na Vida pós-a-morte ”. Narrado por Muslim.

Suspeita de crueldade na penalidade
Circula nos meios de comunicação social, no ocidente, que a penalidade estabelecida pela legislação Islâmica para alguns crimes (assassinato, amputação e apedrejamento) é uma brutalidade cruel e bárbara, inadequada a atualidade!!

Respondendo as suspeitas

Todos os indivíduos concordam que estes crimes têm efeitos nocivos que são bem conhecidos pela comunidade, e que tem de ser combatidos, através de sanções. Porém, a diferença é no tipo de sanções! Que cada de nós se questione: Será que as sanções definidas pelo Islã são mais eficazes e mais bem sucedidas na eliminação ou redução da criminalidade, ou as que foram elaboradas e legisladas pelo homem? Que contrariamente promovem o crime!? A amputação do membro corrupto salvaguarda o resto do corpo!
•    Sabe-se que toda punição tem de constituir a crueldade para estancar e censurar os criminosos e, caso contrário, é uma punição que perdeu a validade.
•    Se abandonar a aplicação da penalidade por alegação que ela é brutal ao nível que representa injustiça para a comunidade, como a sociedade (sentirá a segurança e tranquilidade) física, assim como da sua propriedade e honra? A aplicação da pena constitui misericórdia tanto para a sociedade como ao infrator. Por exemplo, um médico que faz uma cirurgia, excisando  alguma parte do corpo do paciente, com a finalidade de cura-lo, aparentemente a ação do medico constitui uma crueldade em relação aos direitos da parte excisada, mas, na realidade, o ato representa misericórdia para com o resto do corpo, conduzindo-o a sanidade. Desta forma, as penalidades excisam a parte corrompida da sociedade.

A relação da Lei islâmica com a Lei positiva

Na Lei islâmica, as coisas são originalmente licitas e permissíveis. Deus Todo-Poderoso, diz “Não vistes que Allah vos submeteu o que há nos céus e o que há na terra, e vos colmou de Suas graças, aparentes e latentes ?”. Exceto as que a própria Lei islâmica tornou ilícito. O profeta Muhammad (que a paz e bênção de Deus estejam com ele) disse, “o que Deus proibiu no Seu livro, tornou ilícito; o que permitiu tornou licito; e o que não se pronunciou a respeito, é para o bem-estar, voltem-se a Deus pelo bem-estar, na verdade Deus nunca esquece”, em seguida o profeta leu o seguinte versículo do Alcorão “E teu Senhor nada esquece ”. Narrado por Al-Haakim e Al-Bayhaqi, e confirmado por Al-Albani .
Por tanto, a Lei islâmica não proíbe a aplicação da Lei Positiva, que tem como objetivo organizar a vida social, desde que esta não contrarie a islâmica, como por exemplo, o Direito marítimo ou Direito trabalhista e etc, em contraste, ela proíbe aquelas Leis Positivas que legislam a criminalidade ou o ilícito, que produzem evidentemente resultados negativos a sociedade, tanto em nível psicológico, material, social, moral, como em nível de saúde. Pois, a proibição visa preservar os benefícios do próprio ser humano, sendo que Deus é o Absoluto, não Lhe prejudica a desobediência do seres humanos e nem Lhe beneficia a obediência deles. Deus Todo-Poderoso diz “Dize: apenas, meu Senhor proibiu as obscenidades, aparentes e latentes, e o pecado e a agressão desarrazoada, e que associeis a Allah aquilo de que Ele não fez descer, sobre vós, comprovação alguma, e que digais a cerca de Allah o que não sabeis ”.

A exigência de aplicação da Lei islâmica nos países não islâmicos

 Tribunais islâmicos nos países não islâmicos
Há campanhas pela mídia e imprensa que denunciam a existência de conselhos ou tribunais que apliquem a Lei islâmica em alguns países ocidentais, apesar a sua legalidade, mas na verdade, não são tribunais no sentido convencional, mas sim, conselhos que auxiliam os muçulmanos em assuntos como casamento, divórcio, herança e etc. Por exemplo, quem comete homicídio - estes conselhos ou tribunais - não o condenam a pena capital, apenas transferem o assassino a um tribunal normal. É obvio que os meios de comunicação social almejam criar medo na sociedade em relação a existência dos conselhos ou tribunais referidos, alegadamente, por constituir invasão a países do ocidente, o que é absurdo e infundado, baseado em ignorância e nítido ódio contra o islã e seus seguidores. Estes meios de comunicação induzem a sociedade a crer que tais tribunais ou conselhos aplicam integralmente a Lei islâmica dentro da tribuna e longe da observação policial. Na verdade são instituições que se baseiam na Lei do estatuto pessoal aos não-muçulmanos, Lei aplicada nos países islâmicos, porque a tolerância da lei islâmica permite, aos não-muçulmanos, que moram em países islâmicos, sejam submetidos as Leis Positivas em diversos assuntos, tais como, casamento, divórcio e etc, e não são submetidos a Leis islâmicas aplicáveis aos muçulmanos nestes assuntos, a menos que eles desejem ser submetidos a tribunais e Leis islâmicas para o julgamento dos seus assuntos. E em alguns casos, onde a Lei islâmica prevê a interdição e a criminalização, os não-muçulmanos não são privados, como beber álcool e comer carne de porco, porque eles não creem na proibição do consumo destes produtos apesar de a doutrina deles referenciar a proibição.
Para elucidar, a título de exemplo, a escória destas campanhas na mídia e imprensa, politizada e dirigida. Um apresentador de um programa televisivo questiona os muçulmanos que vivem no país: O que primeiro vocês preferem? A Lei islâmica ou a Lei deste país? Os muçulmanos responderam abertamente e claramente, "A Lei islâmica em primeiro lugar". Esta é obviamente uma resposta naturalmente coerente porque a pergunta foi colocada no lugar inadequado e ela expressa claramente o ódio e descriminação do apresentador contra o islã. No entanto, a resposta dos muçulmanos visou demonstrar que a Palavra de Deus está em primeiro lugar e, não significou que eles não respeitam a palavra do homem. Porque a Lei islâmica ordena-lhe a não roubar ou matar ou enganar as pessoas, e a mesma ordem ele encontra na Lei humana, por isso não há contradição. Com esta resposta, os muçulmanos querem afirmar, que, se a Lei positiva deste país permite o namoro, o álcool, o aborto e o consumo da carne de porco, os muçulmanos nunca seguirão esse estilo de vida, mas sim se submeterão a Lei de Deus. Isso não significar que estão violando a legislação a Lei do pais.
Em relação a outras penalidades, como a punição de roubo ou de homicídio, previstas na Lei islâmica, não se aplicam a um muçulmano expatriado por causa da ausência de requisitos, porque a aplicação da Lei islâmica incumbe apenas ao governante muçulmano, e ele se encontra num pais (não islâmico) em conformidade com os regulamentos e Leis. O muçulmano tem a obrigação de cumprir o regimento interno. Neste ponto, estamos nos referindo, entretanto, a um muçulmano que mora num país não islâmico.
O muçulmano expatriado, que mora num país não islâmico, deve respeitar e cumprir a legislação do país, desde que estes dispositivos não lhe ordenem a desobediência de Deus Todo-Poderoso, e caso sim, ele deve migrar do país que não respeita as liberdades religiosas e os direitos pessoais. Por exemplo, se as Leis ordenam as mulheres muçulmanas a tirarem o véu, elas então devem migrar imediatamente, a fim de salvar-se destas Leis absurdas, não sendo cabível a ela resistir às autoridades usando a violência ou outro meio. Mas se a Lei do país viola os direitos dos muçulmanos residentes, apesar de não submete-los a desobediência de Deus, nesta situação eles tem direito a enfrentar a Lei através de meios pacíficos, acionando parlamentos ou imprensa ou qualquer outro meio pacífico, para manifestar sua oposição a Lei!! Por exemplo, se uma Lei proíbe a construção de mesquitas que possibilitam os muçulmanos realizarem suas orações, ou proíbe a poligamia para os muçulmanos, permitindo, por outro lado, a multiplicidade de amantes nas famílias legalmente constituídas. Neste tipo de caso, o muçulmano pode acionar o judiciário ou o conselho legislativo como o Parlamento ou a imprensa, de modo que ele consiga seus direitos religiosos instituídos obrigatoriamente por Deus Todo-Poderoso, como direito a prática da oração ou ao opcional, como a poligamia.

Será que é permitido exigir os países do ocidente a aplicação da Lei islâmica

Alguns muçulmanos expatriados ou novos muçulmanos, em alguns países ocidentais, carregam bandeiras negras estampadas com as palavras do Testemunho, e bandeiras estampadas com as palavras “Lei islâmica na Inglaterra”, por exemplo. Será que esta ação é certa ou errada?
Para saber a resposta desta questão é preciso tomar as seguintes considerações:
•    Em primeiro lugar, os que exigem a institucionalização da Lei islâmica nesses países, não introduziram o conhecimento da Lei islâmica para os cidadãos do país, e exigem simplesmente sua aplicação duma forma direta, apesar de que eles estão cientes de que tudo que está no imaginário desses cidadãos, a respeito da Lei islâmica, são as penalidades previstas na Lei, como cortar a mão do ladrão e etc. Como é possível imaginar que tais cidadãos vão aceitar a ideia de aplicação da Lei islâmica a eles?!! Pelo contrario, estas ações para além de promover a consciência desses cidadãos sobre a Lei islâmica, criam mais medo neles!!
•    Na verdade, a maior parte deles (muçulmanos) confunde o conceito de direito com o da religião islâmica, ou seja, eles estão convidando as pessoas para abraçar o islã, mas desta forma as pessoas acham que o objetivo é submete-las a Lei islâmica, ou noutras palavras, as pessoas pensam que eles (muçulmanos) querem aplicar as penalidades previstas na Lei islâmica sobre elas.
•    A Lei islâmica é valida apenas nos países islâmico, por isso não se deve exigir sua aplicação nos países não islâmicos. Porém, vale lembrar que em toda a história islâmica, desde a época do Mensageiro de Deus (que a paz e bênção de Deus estejam com ele) e de seus califas, não se registrou que eles exigiram países não islâmicos a aplicarem a Lei islâmica!! Como pode, um Estado com uma população majoritariamente cristã ou judaica, governado por um cristão ou judeu,  aplicar uma Lei alheia?!
•    A exigência na aplicação da Lei islâmica, como código penal, deve ser feita a partir dos quadros legais; que o pedido seja submetido ao parlamento, porque é o único órgão competente para aprovar Leis, mas levantar bandeiras nas ruas, seria levantar a ira dos cidadãos e o impacto será inverso e vai causar danos aos esforços da própria pregação do islã.

 

 

 

 


CAPITULO III

•    A Lei islâmica, Lei Positiva e o alcance dos objetivos
•    A punição por roubo: entre amputação da mão e prisão
•    A punição por roubo na bíblia
•    A autodefesa na Lei islâmica
•    A autodefesa na bíblia
•    A autodefesa na Lei Positiva

 

 

 

 

 

 

 
A Lei islâmica, Lei Positiva e o alcance dos objetivos

Todo Código penal não é instituído se não por dois objetivos essenciais.
Dissuasão penal: impedir um infrator de voltar a perpetrar o crime, e desencorajar as pessoas de cometer o mesmo crime.
Compaixão pelo individuo e humanidade: a compaixão pelo indivíduo consiste no seu impedimento de agir com violência contra os direitos dos outros. A compaixão é concretizada pelo indivíduo quando não comete infracção para evitar a punição, e a compaixão dos homens é concretizada pela proteção dos seus direitos contra qualquer violação!! Aqui surge uma questão, qual entre ambas as Leis consegue dissuadir e ao mesmo tempo, é compassiva para as pessoas, a Lei islâmica ou a Positiva?! Podemos elucidar alguns exemplos, o crime de roubo e a sua punição na Lei islâmica e na Positiva, para vermos qual delas é mais bem sucedida em alcançar o propósito acima indicado!!

A punição por roubo: entre amputação da mão e prisão

Em primeiro lugar, devemos saber que as sanções não são uma virtude ou algo bom, e se fossem não seriam assim denominadas e perderiam sua função principal, que é a dissuasão, e assim, quando comparamos a punição do ladrão pela amputação da mão e a prisão, estamos comparando dois casos malfazejos porque ambos, na verdade, são sanções, mas nós elegemos o melhor entre ambos e o de menor gravidade.
Partindo do raciocínio logico, do intelecto e duma perspectivas longe da emoção, fica evidente, que a amputação da mão consegue dissuadir o crime do que a prisão e é mais exemplar para erradicar o crime, porque o ladrão quando sabe que será amputada a mão, não faz sentido roubar para levar mão dele a amputação. Desta maneira, tanto a mão dele como as propriedades das pessoas ficam salvas e protegidas, ao passo que, a sentença de prisão, apesar de ser punição, não impede o ladrão de cometer o crime de roubo, porque ela é uma punição temporária. Quando ele cumpre a pena e é liberto, volta a cometer outros crimes, devido à subestimação do infrator à pena que lhe foi submetido!!. Deus Todo-Poderoso diz, “E ao ladrão e à ladra, cortai-lhes, a ambas, a mão, como castigo do que cometeram, e como exemplar tormento de Allah. E Allah é Todo-Poderoso, Sábio ”.
Deus disse: "e como exemplar tormento de Allah", ou seja, como castigo de Deus, para que seja aplicado para ele (o ladrão), por ordem de Deus e não da criação, e a criação deve obedecê-Lo, porque Deus sabe mais da realidade dos homens e o que é bom para eles na vida mundana. Com o fato, a pena de amputação da mão de um ladrão é que conduz a dissuasão do crime mais do que a prisão, para além de constituir, tanto para ele como para todas as pessoas, uma misericórdia!! Desta forma, ao dissuadir o ladrão, prevalece à segurança no seio das pessoas, seguindo uma vida de tranquilidade, onde seus corações se sentem seguros, sem ninguém ter medo de perder sua propriedade e posses, e por outro lado, constitui compaixão ao próprio ladrão por salva-lo dos danos e da maldade da prisão, sabe-se que as comunidades prisioneiras reúnem criminosos de diferentes categorias e os danos resultantes da punição destroem o infrator e destruir a sociedade no seu todo, e em seguida apresentamos alguns desses danos.

1.    Multiplicação da criminalização do infrator
Um dos danos resultantes da prisão, é o fato de que, para ser preso não importa quão pequeno erro é, e em um ambiente criminal, ele aprende as formas de arte de criminalidade, a prisão se tornou uma universidade onde os criminosos trocam experiências. O criminoso mais novo se mistura com os mais profissionais aprendendo deles novos métodos criminosos ainda mais perigosos. Depois da sua soltura, o mais novo volta a se integrar na sociedade como um criminosos mais perigoso, para além de que os criminosos, estabelecem amizades, enquanto presos, que dão continuidade depois da soltura. Assim, são formadas novas redes criminosas constituídas por assassino, promotor (editor e proprietário de propaganda) de drogas, farmacêutico, programador de computação e cientista nuclear, a prisão os uniu, simplesmente para cumprir as penalidades por vários e diferentes crimes em tamanho e qualidade!. Esta é uma das razões, seriamente perigosas, que levou muitos legisladores legais a inventar a teoria de isolamento entre os prisioneiros dentro das prisões. Naturalmente, a teoria fracassou à primeira, por causa da impossibilidade de sua aplicação na prática, porque o isolamento entre os prisioneiros produz problemas psicológicos e neurológicos, e o seu elevado custo financeiro implicará alocar os impostos de cidadãos honestos, para a construção de grandes prisões e proporcionar condições necessárias para o isolamento entre prisioneiros!!!
2.    A morte psicológica e moralmente lenta do infrator
A prisão destrói o estado psicológico e termina a vida moral dos prisioneiros, muitas vezes, pelo fato de apenas entrar na prisão, porque ficam presos como os animais ferozes e isolados totalmente da sociedade. Quando ganha a liberdade depois de ter cumprido a pena, sua inserção na sociedade é caracterizada por mais isolamento e ameaça, tornando difícil para ele se adaptar e conviver novamente com uma sociedade civilizada, contando ainda, que ele sai do cárcere com problemas psicológicos e neurológicos evidentemente prejudiciais!!
3.    A morte economicamente lenta do infrator
A prisão destrói a vida económica do prisioneiro, desde o momento que entra na cadeia. Se for funcionário fica afastado definitivamente do emprego; se for comerciante o negócio dele ira a falência e perde sua fortuna, o que resulta na crise econômica para manter a família e todos dependentes dele economicamente. Os que trabalham para ele perdem seus empregos sem culpa, o que impacta negativamente nas famílias e na sociedade em geral!!
4.    A morte socialmente lenta do infrator
A pena de prisão acaba com a vida social do preso, o que será a vida social de uma pessoa que foi presa e isolada longe de sua esposa, filhos e seus parentes e amigos!!
5.    A punição coletiva para toda família do infrator
A família do criminoso preso sofrerá o tormento psicossocial, por encarceramento e ausência dele no meio deles. Para a esposa, levaram o marido; para a mãe, ficou longe de seu filho; e as crianças foram privadas do seu pai, sem qualquer culpa!! Como poderá um prisioneiro tomar conta das necessidades de sua esposa, psicológica, econômica, sexual, socialmente; e como poderá educar seus filhos e dar-lhes a compaixão e o cuidado; e como ele pode cuidar de sua mãe e seu pai se eles estiverem doentes ou deficientes? Na verdade, a prisão dele constitui igulamente prisão de todos eles!! Isto é, no caso de um preso do gênero masculino. E que será no caso de uma mulher que está amamentando seus bebês sem ninguém para cuidar deles! Que crueldade por manter a mãe longe de seus bebés para colocá-los numa instituição do Estado para cuidar deles!! E que tipo de cuidado será proporcionado pela instituição para crianças que foram afastadas da mãe; sim, elas terão comida, bebida e roupa, mas a instituição será incapaz de proporciona-las o carinho, ternura e calor da maternidade e, a boa educação. Indubitavelmente que esta situação produzirá uma nova geração com efeitos psicológicos e morais, onde suas implicações negativas se revelarão no futuro e que jamais a sociedade se tornará firme com elas!!
6.    A morte politicamente lenta do infrator
A pena de prisão é a morte lenta e muito rápida para um criminoso, que às vezes pode ser inocente. Num dos países desenvolvidos, um político da oposição mais proeminente no país foi acusado, de forma infundada, por corrupção financeira. Muitos países desenvolvidos descrevem este tipo de acusação sendo Falsa por razões políticas, para afastar totalmente o opositor influente da cena política. É claro que o governo (deste opositor) teve na sua frente duas opções: assassina-lo e ocultar o corpo dele ou assassina-lo politicamente, encarcerando-o e isolando-o da sociedade e das massas.
7.    Responsabilizar o orçamento do Estado e aos nobres cidadãos os enormes encargos económicos
Os custos da construção de prisões, da sua manutenção e dos seus recursos humanos e, o pagamento de salários dos trabalhadores, entre oficiais e guardas; os custos das armas e dos meios de transporte especial para a transferência de prisioneiros, dum departamento a um tribunal e vice-versa; assim como o custo da mobilidade dos oficiais das suas casas ao local de trabalho, de alimentação e estabelecimento dos prisioneiros dentro das cadeias, são encargos pagos pelo nobre cidadão que já foi vitima do roubo, porque o Estado aumenta os impostos da renda dos cidadãos honestos, para que possa manter os prisioneiros. Em outras palavras, o ladrão tinha roubado, anteriormente, o cidadão, e depois de entrar na cadeira rouba dele novamente, mas de forma indireta!! Desta forma, o nobre cidadão pode tornar-se um ladrão devido a pressão fiscal dos impostos sobre ele. Ele custeia a manutenção de um ladrão que roubou dele mesmo ao invés de gastar para melhorar a educação dos filhos e das suas condições de vida!!
Em contrapartida, se o dinheiro gasto pelo Estado para a manutenção dos prisioneiros, seus serviços, pagamento de salários dos agentes e do pessoal dentro da prisão fosse gasto na melhoria das condições de baixa renda, não se teria nenhum ladrão na sociedade!! Por isso, acrescendo dizendo que, as Leis Positivas criaram um exército de prisioneiros e para guarnecê-los, criou outro exército de oficiais e guardas militares, e depois transformou ambos os exércitos em grandes consumidores, em vez de torna-los uma potência produtiva que contribuía para o desenvolvimento da sociedade.
Estas são algumas das desvantagens da aplicação da pena de prisão no indivíduo e na sociedade, no entanto, se for proposto a um ladrão, entre a pena de amputação da mão e de prisão por vários anos, escolheria a amputação da mão, ao invés de ter toda sua vida social, econômica, psicológica, moral e política destruídas. E se a mesma proposta for colocada ao politico da oposição, optará por amputação da mão dele do que ser preso, tornando-se, desta forma, a pena de amputação da mão, uma misericórdia para ele e pena sobre aqueles que o acusaram falsamente. Porque ele não vai desaparecer da cena política e continuará defendendo e lutando contra a corrupção financeira e moral.
E eu, como advogado e ativista no campo dos Direitos Humanos, convido as Organizações dos Direitos Humanos e das Nações Unidas para tomar uma posição determinante contra os castigos hediondos, terríveis e destrutivos - a pena de prisão do ladrão.

A aplicação concreta da pena de amputação da mão

Sheikh Saleh Fawzaan – que Deus o tutele - em uma de suas aulas, afirma que dentro de dez anos, tinha ouvido falar de apenas dois ou três casos de amputação de mão (do ladrão) no Reino da Arábia Saudita. Claro, se compararmos essa percentagem com a dos milhares que são jogados nas prisões a cada ano, em muitos países desenvolvidos, veremos a dimensão da misericórdia da pena de amputação da mão, tanto ao ladrão como á toda sociedade, é uma punição que mantém a segurança da sociedade e a segurança do ladrão, por ter lhe impedido de roubar e por isso não cairá sobre ele qualquer punição.

As condições para a amputação da mão
O processo não é como pensam algumas pessoas, que, uma vez que o individuo roubou terá a mão amputada. A aplicação desta punição não tem como proposito prejudica-lo por causa do dinheiro que roubou, mas sim, impedi-lo de aterrorizar pessoas inocentes, invadir suas casas e rouba-las, isto porque esta punição não se aplica a todo individuo que rouba, mas sim em casos muito específicos, e para que a punição seja aplicada é obrigatório observar e reunir certas condições, a saber:
1.    Tomar algo do tesouro ou estabelecimento – que é o lugar onde as pessoas armazenam seus bens, como o cofre e similares. Simplesmente tomar, não é considerado um roubo que deve ser aplicada a pena de amputação da mão de acordo com a unanimidade dos peritos, somente aplica-se, se por acaso romper as fechaduras para entrar, ou quebrar a porta ou a janela ou perfurar o teto ou a parede, ou introduzir a mão no bolso para tirar o que neles existe.
2.    Tirar o bem do tesouro ou estabelecimento; se o ladrão for encontrado dentro dele antes de sair com o objeto, não fica sujeito a pena de amputação da mão, sendo então submetido a outra natureza de penalidade, dependendo do juiz. Nisto há misericórdia e remoção de suspeita, pois, o proprietário pode achar que qualquer um que entrar no seu estabelecimento (loja ou armazém) vai roubá-lo, enquanto o individuo entrou por outra finalidade que não é o roubo.
3.    Que haja exigência por parte da vítima do roubo, se ele não reclamar, a pena não será aplicada. O Profeta Muhammad (que a paz e bênção de Deus estejam com ele) disse: “perdoai  entre vocês as penalidades, certamente o que for apresentada para mim, será aplicada”. Narrado por Abi Dawood. Ou seja, concedem a anistia, uma renúncia de culpa, ou seja, revoguem as penalidades entre vocês e não as denunciei diante mim, porque assim que eu for notificado as aplicarei. Safwan ibn Umayya pegou um ladrão que lhe roubou na mesquita e depois levou-o ao Mensageiro de Deus (que a paz e bênção de Deus estejam com ele) e queria perdoá-lo, o Profeta disse-lhe “você deveria ter concedido o perdão para ele antes de traze-lo para mim” narrado por Abi Dawoud.
4.    É necessário que o bem roubado atinja uma quantidade considerável, se for pouquíssimo não se aplica a pena de amputação.
5.    Que duas pessoas justas sejam testemunhos oculares do roubo ou se por acaso o próprio ladrão declarar duas vezes, confirmando o roubo.
6.    Se o ladrão extorquir o bem ocultamente. Se o roubo não for oculto, então a aplicação da pena é revogada, como por exemplo, se ele usar a força para assaltar e dominar a vitima na frente das pessoas, e a vítima tiver oportunidade de pedir socorro e evitar o assalto, ou se o roubo acontecer por meio de traição. Alguém confiou em algo ou encarregou a guarda de um bem e a pessoa confiada se apoderar do bem alegando ter perdido. O pretexto disso, é que o bem estava na responsabilidade dela e aceitou guarda-lo, o Mensageiro de Deus (que a paz e bênção de Deus estejam com ele) disse “não é mutilada a mão de um traidor, nem daquele se apossou abertamente e nem de assaltante” narrador por Tirmidhi. O assaltante que toma o bem doutrem, em frente das pessoas e sai correndo, confiando na velocidade para escapar.
Uma vez o Mensageiro de Deus (que a paz e bênção de Deus estejam com ele) perguntou sobre a tâmara pendurada e disse “quem comeu por necessidade e não a levou na sua vestimenta, nada contra ele e, quem pegou e saiu com ela, lhe será aplicada o dobro da multa e punição; e quem roubar depois de ter sido armazenada (no local onde a tâmara é posta a secar), até a quantia do preço do escudo, terá a mão amputada”. Narrado por Abi Dawoud. Neste dito profético, observamos que a amputação da mão é a pena máxima para o roubo, precedida por outras sanções, como multas e outras.
7.    O ladrão teve gozar da sanidade psicológica e atingir a puberdade. Portanto, não é amputada a mão de criança ou maluco, pela condição de irresponsabilidade.
8.    O roubo teve ser voluntário. Porque não é amputada a mão de quem roubar por imposição.
9.    Ter ciência da proibição. Não é amputada a mão de quem roubar por ignorância, o que difere no caso da Lei positiva que afirma "a inadmissibilidade da desculpa pela ignorância". Se uma pessoa cometer algum crime por ignorância, a Lei Positiva não admite a inocência, sendo que a pessoa é punida, e nesta armadilha, caiu um grande número de viajantes que visitam países estrangeiros para turismo ou tratamento médico, estudo e etc, por causa de sua ignorância das Leis do país.
10.    O ladrão não suspeitar o bem que roubou, pois a punição de amputação não é aplicada com a suspeição. Por exemplo, roubar um bem que ele tem um direito nele. Se um pai roubar um bem do seu filho não terá a mão amputada, bem como os avós não sofrem esta penalidade caso roubarem um bem de quem tem relação consanguínea, e a mesma regra se aplica a um filho que rouba do pai, porque normalmente o filho se sustenta dos bens dos seus pais. A regra abrange também os cônjuges, se um roubar o outro não se amputa a sua mão. Outro exemplo, que está na mesma condição, é sobre um muçulmano que roubar do tesouro islâmico, porque ele tem algum direito neste bem. E se um credor roubar do devedor a quantia exata do credito devido – porque o devedor ignora a dívida ou relega ou atrasa – não lhe igualmente, aplicada a pena. Outro exemplo é sobre aquela pessoa que roubar para se salvar, ou seja, roubou para matar a fome ou a forte sede, também não sofre a pena, mas com a condição da quantidade roubada não exceder o necessário que impede a destruição por fome ou sede.
11.    Não revogar, o próprio ladrão, sua declaração do reconhecimento do roubo. Se a única prova do roubo é baseada no depoimento do próprio ladrão e em seguida, antes de amputação da mão, ele contrariar a confissão, revoga-se a amputação, porque o ato representa a suspeição.
Suspeita: Alguém pode questionar, porque se aplica a pena de amputação da mão para uma pessoa que roubou certa quantidade excedida, e não se aplica a um ladrão de avultadas somas de bens?. Ibn al-Qayyim - que Deus tenha misericórdia dele – disse a respeito desta questão, o seguinte: Esta é exatamente a sabedoria da jurisprudência islâmica; é que não tem como precaver um ladrão. Ele escava e quebra o bloqueio, e o proprietário não pude proteger seus bens mais que isso, por isso se não institucionalizar as penalidades de amputação, as pessoas roubarão umas das outras, os prejuízos serão graves e se intensificará a prática de roubo. Contrariamente do apossador e assaltante. O apossador é aquele que toma o bem doutrem, em frente das pessoas e estas podem impedi-lo e devolverem o direito da vítima ou podem denunciar e testemunhar contra o apossador diante o juiz. Enquanto que o assaltante aproveita o momento do descuido do proprietário ou de outras pessoas. É a negligencia que cria oportunidade para ele roubar, em contrapartida, ele não roubaria se o bem fosse protegido e vigiado.

O modo da execução da amputação da mão

todos os peritos estão em unanime de que deve-se observar beneficência durante a amputação da mão. O ladrão é conduzido ao local da execução, tranquilamente, sem violência, difamação ou injúrias, segundo o dito do profeta Muhammad (que a paz e bênção de Deus estejam com ele), “não se auxiliem com diabo contra o irmão de vocês”.
O juiz deve escolher um clima adequado para a execução, de modo que não seja num calor ou frio intensos. E não se aplica a pena para um ladrão doente que há esperança na cura dele, assim como não se aplica a mulher gravida ou durante a hemorragia de pós-parto ou a qualquer pessoa que se for aplicada a pena, poderá levar a sua morte. Ao chegar no local da execução, ele é colocado sentado e bem firme para não se mover, e sobre o pulso é aplicada uma faca afiada, com uma força suficiente de mutilar duma vez só e se existir outro meio mais rápido pode ser usado.
Suspeita: alguém pode questionar que assistiu o processo de amputação em uma das comunidades islâmicas, num dos países árabes que está mergulhado numa guerra, e o cena era inadequada, eles amputação a mão do ladrão usando uma faca fria, ou seja, não afiada, aplicação no ladrão varias vezes até conseguirem amputar. E as pessoas manifestavam alegria por esta prática entoando “Allaah Akbar” (Deus é Maior).
Resposta: certamente é uma prática pessoal que contraria os ensinamentos da Lei islâmica. A Lei islâmica proíbe o procedimento que eles seguiram para amputação da mão, além de que esta prática revela a ignorância deles a respeito da matéria. No entanto, esta prática denigre a imagem da Lei islâmica, e isso é devido ao seguinte:
1.    As penalidades não podem ser executadas num pais em guerra. O profeta Muhammad (que a paz e bênção de Deus estejam com ele) disse “não se mutila as mãos durante a batalha ”.
Ibn al-Quiyam afirma que “esta é uma das penalidades de Deus que é proibida sua execução no período de batalha, devido ao receio de transcender ao que Deus não gosta como a revogação ou relegação, ou para que não seja aplicada aos politeístas por rancor deles como afirmam Omar, Abu Darda, Huzaifa e entre outros.
2.    Não manifestar alegria pela execução da pena aos pecadores: o Mensageiro de Deus (que a paz e bênção de Deus estejam com ele) não se alegrava com isso, e pelo contrario, ele não gostava, mas a execução das punições e o cumprimento das ordens de Deus é obrigatório, por ser forma de obedecer à ordem divina. Abdullah Ibn Massoud disse: lembro do primeiro homem que o Mensageiro de Deus (que a paz e bênção de Deus estejam com ele) amputou a mão dele. Ele trouxe o ladrão e ordenou a aplicação da pena, mas o rosto do Mensageiro de Deus (que a paz e bênção de Deus estejam com ele) revelava a lamentação. Eles (os companheiros) disseram: ó Mensageiro de Deus, parece que você odiou a mutilação da mão dele? O Mensageiro respondeu “e o que me impede!? não se auxiliem com diabo contra o irmão de vocês, na verdade não convém ao líder recusar a execução da punição, mas Deus é perdoador e ama o perdão. E que eles os indultem e os tolerem. Não amaríeis que Deus vos perdoasse? E Deus é Perdoador, Mesericordiador ”.
Esta é a penalidade para o ladrão na Lei islâmica, na qual observamos que, em nível psicológico, lógico e futurista é mais útil para a manutenção e proteção da sociedade. Que observemos em seguida, esta punição em outras religiões.

A punição por roubo na bíblia

1.    O apedrejamento e incineração do ladrão e da sua família: lê-se na escritura de Josué. “Prevaricaram os filhos de Israel nas coisas condenadas; porque Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zera, da tribo de Judá, tomou das coisas condenadas. A ira do SENHOR se acendeu contra os filhos de Israel”. Josué, Cap. 7. V. 1.
“Então, disse o SENHOR a Josué: Levanta-te! Por que estás prostrado assim sobre o rosto?”. “Israel pecou, e violaram a minha aliança, aquilo que eu lhes ordenara, pois tomaram das coisas condenadas, e furtaram, e dissimularam, e até debaixo da sua bagagem o puseram”. “Pelo que os filhos de Israel não puderam resistir aos seus inimigos; viraram as costas diante deles, porquanto Israel se fizera condenado; já não serei convosco, se não eliminardes do vosso meio a coisa roubada”. Josué, Cap. 7. V. 10, 11 e 12.
“Então, disse Josué a Acã: Filho meu, dá glória ao SENHOR, Deus de Israel, e a ele rende louvores; e declara-me, agora, o que fizeste; não mo ocultes”. “Respondeu Acã a Josué e disse: Verdadeiramente, pequei contra o SENHOR, Deus de Israel, e fiz assim e assim”. “Quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma barra de ouro do peso de cinqüenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata, por baixo”. “Então, Josué enviou mensageiros que foram correndo à tenda; e eis que tudo estava escondido nela, e a prata, por baixo”. “Tomaram, pois, aquelas coisas do meio da tenda, e as trouxeram a Josué e a todos os filhos de Israel, e as colocaram perante o SENHOR”. “Então, Josué e todo o Israel com ele tomaram Acã, filho de Zera, e a prata, e a capa, e a barra de ouro, e seus filhos, e suas filhas, e seus bois, e seus jumentos, e suas ovelhas, e sua tenda, e tudo quanto tinha e levaram-nos ao vale de Acor”. “Disse Josué: Por que nos conturbaste? O SENHOR, hoje, te conturbará. E todo o Israel o apedrejou; e, depois de apedrejá-los, queimou-os”. “E levantaram sobre ele um montão de pedras, que permanece até ao dia de hoje; assim, o SENHOR apagou o furor da sua ira; pelo que aquele lugar se chama o vale de Acor até ao dia de hoje”. Josué, Cap. 7. V. 19/26. Almeida Revista e Atualizada.
2.    Crucificação até a morte: lê-se no livro de Mateus, “Por cima da sua cabeça puseram escrita a sua acusação: este é Jesus, o rei dos judeus”. “E foram crucificados com ele dois ladrões, um à sua direita, e outro à sua esquerda”. Mateus cap. 27. V. 37/38.
3.    A morte: lê-se no livro de Deuteronômio “Se se achar alguém que, tendo roubado um dentre os seus irmãos, dos filhos de Israel, o trata como escravo ou o vende, esse ladrão morrerá. Assim, eliminarás o mal do meio de ti”. Deuteronômio cap. 24. V. 7.
4.    A escravidão: no livro de êxodo lemos o seguinte “Se alguém furtar boi ou ovelha e o abater ou vender, por um boi pagará cinco bois, e quatro ovelhas por uma ovelha”. “Se um ladrão for achado arrombando uma casa e, sendo ferido, morrer, quem o feriu não será culpado do sangue”. “Se, porém, já havia sol quando tal se deu, quem o feriu será culpado do sangue; neste caso, o ladrão fará restituição total. Se não tiver com que pagar, será vendido por seu furto”. Êxodo cap. 22. V. 1/3.
No islã cada alma é responsável das suas infrações e é punida de acordo o pecado e a punição não abrange os outros membros da família. Deus Todo-Poderoso disse: “E cada alma não comete o pecado senão contra si mesma. E nenhuma alma pecadora arca com o pecado de outra. Em seguida, a vosso Senhor  será vosso retorno: então, Ele vos informara daquilo de que discrepáveis ”.

A defesa contra o agressor e a autodefesa na Lei islâmica

A autodefesa na Lei islâmica

Se um homem agredir no outro ou na sua propriedade ou honra, ou atacar no outro para tomar seus bens ou mata-lo injustamente, ele e as pessoas devem proteger e responder contra o agressor na medida do necessário.
A defesa deve ser gradual, e se o uso das palavras for suficiente para dissuadir o agressor, então não pode recorrer ao golpe físico. E se puder dissuadir com a mão, não pode usar varra para golpear fisicamente o agressor. E se a defesa implicar a mutilação de um membro do corpo, portanto, é proibido mata-lo. E se a defesa implicar a morte do agressor, é permitido e não é responsabilizado. E se a vítima puder fugir é sua obrigação, pois o agressor tem a missão de elimina-lo a qualquer custo . Deus Todo-Poderoso diz: “...Então, a quem vos agredir, agredi-o de igual modo, como ele vos agrediu. E temei a Allah e sabei que Allah é com os piedosos ”.

Condições da defesa contra o agressor

1.    Presença de agressão: quer dizer, o agressor ataca a vítima injustamente.
2.    Agressão atual: quer dizer, agressão no tempo real e não no futuro. Se for por ameaça para uma ação que será executada no tempo futuro, não é permissível a autodefesa, porque ela não pode anteceder a agressão. Mas se a ameaça for por meio de instrumento que leva a prática de homicídio como uma arma, nesse caso, a vítima tem direito de autodefesa.
3.    Fornecer evidências (argumentos e provas) que prove a violência do agressor, porque, somente as palavras não servem como prova, e se assim fosse, se derramaria sangue sob o pretexto de autodefesa.
4.    Responder gradativamente contra o agressor: o que indica a observância do principio gradual na autodefesa segundo o dito do profeta Muhammad (que a paz e bênção de Deus estejam com ele) quando respondeu a um homem que lhe perguntou: “ó profeta de Deus, o que você me diz se agredirem minha propriedade? O profeta disse para o homem: conclame em nome de Deus e engrandece Deus diante deles (os agressores). O homem disse: e se (os agressores) resistirem? O profeta disse: conclame em nome de Deus e engrandece Deus diante deles (os agressores). O homem disse novamente: e se (os agressores) resistirem?, O profeta disse para o homem outra vez: conclame em nome de Deus e engrandece Deus diante deles (os agressores). O homem disse: e se (os agressores) resistirem?, o profeta disse, então combate, se você for morto terá o paraíso, e se você matar, a vítima terá finalidade no inferno”. Narrado por Ahmed, e autenticado por Al-Albani.

A autodefesa na bíblia

Segundo o livro de Êxodo “Se um ladrão for achado arrombando uma casa e, sendo ferido, morrer, quem o feriu não será culpado do sangue”. Êxodo. Cap. 22. V. 2.
Vale muito lembrar que a tradução grega, do verso acima mencionado, difere com a árabe onde lê-se o seguinte: “Se um ladrão for capturado roubando, deve ser morto no mesmo local e o matador não terá qualquer culpa”. Êxodo. Cap. 22. V. 2.
(Αν ο κλέφτης συλληφθεί επ’ αυτοφόρω να κλέβει, θα εκτελείται επί τόπου, κι εκείνος που θα τον σκοτώσει δεν θα φέρει ευθύνη για το φόνο του.)

A autodefesa na Lei Positiva

Como já foi mencionado anteriormente, vimos o nível da contradição das Leis Positivas para determinar o que é um crime e que é direito, bem como a contradição na determinação da punição adequada e uniforme que deve ser aplicada nos vários (todos) os países, que tenham o objetivo de manter a segurança e dissuadir os criminosos. Encontramos também esta contradição e lacuna no campo da autodefesa contra o arrombamento de casas. Por um lado, há leis que apoiam o criminoso por conta da vítima e há leis que apoiam a vítima por conta do criminoso. Por exemplo, nos EUA aplica-se a lei "defender seu território", que permite aos empregadores das casas o uso da força letal, assim que eles sentirem que estão em risco de roubo em suas casas. Esta lei tem causado conflitos e discórdias em nível politico e jurídico, e muitos já saíram as ruas protestando contra a lei. No estado de Connecticut, nos EUA, um professor americano entrou na sua casa e encontrou uma pessoa mascarada segurando uma faca na mão, imediatamente o professor atirou fogo contra a pessoa, baleando-a, mais tarde descobriu-se que era seu filho jovem mascarado.  
No Reino Unido, a questão de autodefesa tem testemunhada forte debate político e jurídico. Tanto que o primeiro-ministro David Cameron e o ministro da Justiça Chris Grayling , tentaram aprovar uma Lei mais rigorosa contra o arrombamento, mas o Conselho Nacional para as Liberdades Civis se opôs fortemente contra a Lei alegando que é uma politica de irresponsabilidade. Em tese, eis que apresentamos o discurso do primeiro-ministro David Cameron.
“Nenhum de nós, realmente sabe qual será sua reação se sofrer invasão da sua casa; nenhum de nós, realmente sabe como será o terror da situação ao enfrentar um roubo da sua casa no meio da noite, e até ponto é aterrorizante quando sentimos que nossa família está exposta a um perigo. A tensão da situação não te levar a pensar senão na proteção dos teus queridos, mas até esse momento tu não tens certeza se a Lei irá te favorecer, e eu acredito que os proprietários das casas reagem, diante essas situações, de maneira natural e automática. Na verdadeira é preciso que eles sejam tratados como vítimas e não como criminosos. E nós pretendemos mudar uma situação muito importante, chamada "dupla violência e estar fora", Se você cometer um assalto com violência ou estupro por duas vezes receberá automaticamente uma sentença de vida!! Após a última eleição, prometemos que íamos tomar medidas a respeito dos direitos humanos de quem está fora do controle, é uma loucura das aquelas pessoas que estão empenhadas em atacar nossa sociedade, eles são capazes de irem aos tribunais por varias vezes, e se deportarmos para os seus países de origem, seremos acusados por violação dos direitos humanos. Sabemos muito bem que não podemos lidar com esta situação de maneira que queremos, mas também não podemos continuar indo em direção que estamos agora. Você deve colocar-se no lugar do homem ou da mulher que agiu na diante um ladrão agressor, e sua reação foi misturada com raiva, ansiedade e medo, e não houve tempo para reagir tranquilamente”.
Aqui fica o discurso do primeiro-ministro David Cameron: "Você pode fazer qualquer coisa, desde que ela não seja descaradamente desproporcionada, por exemplo, você não pode recorrer contra o ladrão se ele estiver inconsciente, mas devemos manter a lei rigorosamente em defesa dos proprietários das casas, e dizer-lhes: Quando ladrão cruza os limites da sua casa e a rompe, ameaçando sua família, certamente o ladrão renunciou  todos os seus direitos".
Uma das jornalistas inglesa defensora à aplicação de penas mais duras contra os ladrões disse: "Eu acho que os juízes são mais tolerantes com os crimes graves, e acho que o público também pode ter falhado no apoio da tomada de decisão à aplicação de sanções mais dura contra ladrões. Porque você pode ter uma punição severa por cometer delitos menores, como irregularidades na velocidade de condução e similares, enquanto há crimes graves que não recebem penalidades duramente adequadas ".


 
Capitulo IV


•    A poligamia na Lei islâmica e na Positiva
•    A poligamia, multiplicidade de amantes e troca de esposas
•    A diferença entre a segunda esposa e segunda amante
•    Troca de esposas na Lei Positiva
•    A poligamia no judaísmo e cristianismo
•    A poligamia no islam

 

 

 

 

 

 

 

 

 
A poligamia na Lei islâmica e na Positiva

A Lei islâmica instituiu legalmente a poligamia no âmbito da preservação da estabilidade da sociedade e da família, e a Lei positiva legaliza a multiplicidade de namoradas e amantes no âmbito de destruição da sociedade e da família, e demonstraremos – com a permissão de Deus Todo-Poderoso – uma analise comparada sobre a poligamia na Lei islâmica e na Positiva para observemos, qual das legislações, é consistente com a natureza humana e garante os direitos e a dignidade da mulher.
O islã é a única religião que determinou claramente os limites da poligamia. Deus Todo-Poderoso diz: “E, se temeis não ser equitativos para com os órfãos, esposai as que vos aprazam das mulheres: sejam duas, três ou quatro. E se temeis não ser justos, esposai uma só, ou contentai-vos com as escravas  que possuis. Isso é mais adequado, para que não cometais injustiça ”.
Noutras religiões, a poligamia é permitida sem restrições ou limites. Mas antes de entrarmos em detalhe sobre o posicionamento de outras religiões a respeito do assunto, vamos abordar os dispositivos da Lei Positiva.

A poligamia, multiplicidade de amantes e troca de esposas

A poligamia ou a multiplicidade de amantes tem geralmente o único significado, que é, o homem tem a necessidade de estar com mais de uma mulher, por motivos próprios, alguns dos quais mencionaremos em diante, mas o resultado final é o mesmo, ou seja, o homem tem duas esposas ou uma esposa e uma amante. Na lógica da Lei Positiva, ou de algumas Leis, criminaliza a poligamia afirmando que é uma prática que contraria a moral e ao mesmo tempo permite legalmente a multiplicidade de amantes e da prostituição. Em outras palavras, se um homem se casa com uma mulher e depois com a segunda, o homem é sujeito a julgamento por causa desta infracção, da sensualidade e decadência moral, do ponto de vista jurídica e será sujeito a prisão, mas se ele (casado) tiver alguma amante, fizer filhos bastardos, é algo normal que não implica qualquer punição porque na lógica da Lei Positiva, este tipo de relação extraconjugal não constitui crime ou sensualidade ou degeneração da moralidade, mas sim representa a liberdade do individuo e consciência moral. É preciso saber que a diferença entre a poligamia e a multiplicidade de amantes é apenas a existência de documento do casamento civil. Não é senão um documento que pode proteger e garantir os direitos contratuais da segunda esposa, em caso de casamento, e a ausência desse documento significa que a segunda mulher (amante) permanecerá sem algum direito legitimo. Será que os governos realmente combatem para que o homem não tenha a segunda esposa ou mesmo uma amante, ou combatem contra a concessão do documento civil e o contrato que o homem tem com a segunda mulher, que garante os direitos dela e as obrigações dele? Em outras palavras Será que o crime é o fato de ter relações extraconjugais como se fosse sua esposa ou segunda amante ou o crime consiste na assinatura do documento civil? Se a criminalização da poligamia visa impedir que um homem tenha relações conjugais com mais de uma mulher, é imperioso que se criminalize, igualmente, a multiplicidade de amantes. No ocidente, a maior parte de homens prefere se abster de casamento e seguir uma vida que lhe contrair relações com varias mulheres. E isso lhe possibilita mensalmente trocar uma amante no lugar de outra, contraindo com elas relações sexuais sem qualquer vinculo. Será que a Lei Positiva tem combatido e criminalizado esta realidade? Ou a coabitação do homem com várias mulheres, sem um limite máximo, representa liberdades individuais? O pior de tudo, é que as Leis Positivas regulamentam  a prostituição como profissão, sendo que o Estado autorizada os prostíbulos. Onde as mulheres são escravas sexuais e os homens compram o sexo para trair suas esposas.
Cada prostituta tem uma licença oficial do Estado para exercer profissionalmente a prostituição e anualmente paga o imposto, pois, sua profissão equivale a de qualquer cidadão. Esta prática se espalhou, sobretudo, em grande parte nos países onde a poligamia é criminalizada, e quase a cada avenida é possível encontrar um prostíbulo. E nós afirmamos que a poligamia é também considerada uma das liberdades do individuo, caso o Ocidente queira aplica-la, especialmente, quando sabemos que  acontece apenas com o consentimento de ambas as partes, da mesma maneira que ter amantes e se prostituir, sucede somente com o consentimento de ambos. Mas na verdade é um repúdio de tudo que emana do islâmica, o que está confirmado na palavra de Deus “E nem os judeus e nem os cristãos se agradarão de ti, até que sigas sua crença. Dize: por certo, a Orientação de Allah é a verdadeira orientação. Mas, se seguisses suas paixões, após o que te chegou da ciência, não terias, de Allah, nem protetor nem socorredor ”.

A diferença entre a segunda esposa e segunda amante

Antes de tomar decisão para agregar uma segunda esposa, o homem analisa a responsabilidade e as consequências dessa união, tanto no que diz respeito as suas obrigações e os direitos dela, de natureza financeira ou jurídica. Ao passo que, no caso de amante, a decisão é mais simples pelo fato de que ela permanecerá apenas como amante, e ele não terá incumbência em obrigações e nem garantir os direitos dela ou dos seus filhos, caso tiver com ela. É uma situação que abre o caminho do mal e da corrupção na sociedade, porque o homem paga para se deslocar entre amantes objetivando o entretenimento e prazer. Por isso, sempre que ele satisfizer seu instinto e desejo sexual substitui-a com outra amante. Em outras palavras, substitui com outra vítima, ele vai brincando com os sentimentos delas e destruindo seu futuro. Normalmente, ele não hesita em mentir para a amante de que tem o desejo de se casar com ela se a Lei não impedisse a poligamia e que ele poderia se separar da esposa para se casar com ela, uma mentira e traição, mas o que lhe impediria de trair e enganar sua amante?
É preciso entender que a prática de constituir amantes tem seus prejuízos para o próprio homem, transforma sua vida em miséria e vive se escondendo como um criminoso, tentando não ser visto pela esposa ou ouvi-lo conversando com a amante, e este comportamento comprova o erro da ação, porque se fosse uma ação legitima não tentaria ocultar. A prática tem também impacto negativo a mulher, porque a mulher que consente ser amante de um homem casado nunca mais terá o mesmo valor que dá para sua primeira esposa, mas sim a amante permanecerá representando a segunda categoria, uma vez que ela tem a consciência que está envolvida com um homem casado, por isso, dificilmente ela poderá seguir uma vida natural, interna ou externamente.  Ela não pode desfrutar o tempo de passeio com ele por medo de serem vistos juntos, para além da falta de estabilidade psicológica e emocional por ser propensa ao abandono em qualquer momento que ele se enfartar dela.
Outro elemento negligenciado pela Lei Positiva ou tenta ignorar é que a poligamia tem impacto positivo nos interesses da mulher antes dos do homem e o número de mulher, em todo o mundo, excede o dos homens por várias razões, entre elas:
1.    Natalidade: as estatísticas internacionais revelam que o número de recém-nascidos do sexo feminino supera o do masculino.
2.    Taxa de mortalidade: a taxa de mortalidade entre os homens é muito alta por causa guerras, como a I e II Guerras Mundiais, guerras entre países, bem como acidentes de trânsito, que têm a maioria das vítimas os homens, ou devido a mortalidade na idade precoce que continua sendo alta nos homens que nas mulheres.
3.    Abstinência dos homens em casamento: por causa da falta de vontade de assumir a responsabilidade da vida conjugal e familiar, ou devido à homossexualidade que se verifica em muitos países desenvolvidos ou por causa do monarquismo, como acontece nas comunidades cristãs onde muitos homens preferem seguir a castidade.
4.    A prisão: o índice da taxa de presos é significativamente elevado aos homens que às mulheres.
Todas estas razões fazem com que seja difícil para uma mulher constituir família. As Leis Positivas, por criminalizarem a poligamia, forçaram muitas mulheres a aceitarem a permanência na condição de apenas amantes, para pelo menos terem relações com um homem, mesmo que este homem seja casado. Seria plausível que tais Leis legalizassem a poligamia, deixando a questão a escolha e ao critério da pessoa, porque o casamento é geralmente o consentimento mútuo entre as partes, e a criminalização da poligamia é efetivamente contrária às liberdades individuais preconizadas por esses mesmos países.
Se alguém disser para uma mulher, daquelas mulheres que não conseguem constituir família, mas que deseja se casar com um homem casado - tanto seja ela cristã ou judia ou muçulmana ou budista - que a poligamia é degeneração moral e é melhor para ela permanecer casta, sem marido, e privada de direito de seguir uma vida normal como qualquer outra mulher casada, ou o melhor para ela é se relacionar com um homem já casado, como amante e a qualquer momento ser abandonada, para em seguida ela procurar outro amante e assim sucessivamente? ela responderá a ele, dizendo: "qual é o seu problema? Se você nega a poligamia, ou considera-a imprópria, é seu problema e não imponha a sua opinião sobre os outros que vêm de outra forma, quem quiser que seja polígamo e quem não quiser que se limite a monogamia!!

Troca de esposas na Lei Positiva

Em muitos países desenvolvidos, a troca de esposas está se tornando cada vez mais prática comum . Dois homens trocam as esposas, cada homem mantem relações sexuais a esposa do outro ou um o primeiro contrai relações sexuais com ambas as mulheres (sua esposa junto com a esposa doutrem) ao mesmo tempo, e em seguida o segundo homem prática o mesmo com ambas, ao mesmo tempo. De acordo com os casais, a razão desta prática se resume na vontade de mudar a diversidade sexual e como um meio de aproximação entre amigos e consolidação das relações entre eles. Segundo o escritor Curtis Barjstrand em sua obra "troca de esposas na América" aponta que a prática vem se espalhando na América entre os primeiros pilotos de caça durante a Segunda Guerra Mundial, onde a taxa de mortalidade entre os pilotos era alta, e os pilotos tinham formado sua própria sociedade para melhorar as relações de parentesco. Eles prestavam todo cuidado às esposas dos outros pilotos, em caso de perda ou morte, e tais cuidados se estendiam aos emocionais e sexuais. Entre as formas de troca de esposas que começaram a emergir e se espalhar, entre os casais na sociedade americana, a denominada Clubes de Chaves, onde os homens jogam as chaves de suas casas no chão de forma aleatória e, em seguida, cada mulher pega qualquer chave de forma aleatória. Daí ela passa toda a noite contraindo as relações sexuais com o homem, o proprietário da chave que ela pegou . No dia 15 de setembro de 2011, a CNN noticiou que o número de famílias que trocam os casais atingiu aproximadamente 15 milhões. Existem hoje muitas organizações internacionais que estimulam o fenômeno da “troca de esposas” e organizam viagens, clubes e festas particulares para esta prática. Nestes espaços, é vetada a entrada de homens desacompanhados por suas esposas, enquanto as mulheres são permitidas à entrada, desacompanhadas. São preparados quartos especiais para a prática de sexo. um   homem pode contrair relações sexuais com a esposa de outro, e em seguida contrai-las novamente com esposa de outro homem, ainda na mesma noite.
A esposa do homem tem igualmente o mesmo direito, podendo se relacionar sexualmente com vários homens que ela quiser separadamente. Claro, a troca de esposas não é uma prática criminosa segundo a Lei Positiva, porque é considerada liberdade sexual e pessoal, assim como é considerada prática moral, os cuidados emocionais e sexuais prestados por pilotos às esposa de pilotos mortos ou desaparecidos. E se por caso, um piloto casado assumir uma relação matrimonial com a viúva para presta-la todos os cuidados, ele é condenado e preso por prática da poligamia! É naturalmente uma inversão.  

A poligamia no judaísmo e cristianismo

A maior parte dos Profetas mencionados na Bíblia praticava a poligamia, por exemplo, os profetas de Deus: Salomão, Davi, Abraão, Jacó e outros – que a paz esteja com eles – no caso do profeta Salomão - paz esteja com ele – é mencionado no Livro de 1 Reis, Cap. 11. V, 3, que “Tinha setecentas mulheres, princesas e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração”. No Livro de Deuteronômio lê-se: “Se um homem tiver duas mulheres, uma a quem ama e outra a quem aborrece...” e no Êxodo “Se ele der ao filho outra mulher, não diminuirá o mantimento da primeira, nem os seus vestidos, nem os seus direitos conjugais”.
Vale lembrar que, tanto o Antigo como o Novo Testamento não proíbem a poligamia e nem determinam o número máximo de esposas. Eis os textos que comprovam a poligamia no Novo Testamento:
1 Timóteo. Cap, 3. V, 1, 3 e 12. “Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja”. “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar”. “O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa”. Neste texto, vemos que a poligamia é permitida para todas as pessoas, exceto para aquelas que desejam se tornar bispo ou diácono. A escritora Matilda Joslyn afirma em seu livro “a Mulheres, a igreja e o Estado” as seguintes palavras “Esta não é uma indicação clara das palavras de Paulo, que para se tornar um bispo tem de observar a monogamia, porque a poligamia era permissível na primeira igreja, com o consentimento dos apóstolos de Jesus!? Se sim, então por que atualmente foram adoptadas normas diferentes dos padrões aprovados pelos próprios Apóstolos ?!
Alguns cristãos citam alguns textos do Novo Testamento para comprovar a proibição da poligamia:
“E, aproximando-se alguns fariseus, o experimentaram, perguntando-lhe: É lícito ao marido repudiar sua mulher?”. “Ele lhes respondeu: Que vos ordenou Moisés?”. “Tornaram eles: Moisés permitiu lavrar carta de divórcio e repudiar”. “Mas Jesus lhes disse: Por causa da dureza do vosso coração, ele vos deixou escrito esse mandamento”. “porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher”. “Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe [e unir-se-á a sua mulher]”, “e, com sua mulher, serão os dois uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne”. “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem”. “Em casa, voltaram os discípulos a interrogá-lo sobre este assunto”. “E ele lhes disse: Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela”. “E, se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério”. Marcos Cap. 10. V, 2/12.
E no Evangelho segundo Lucas. Cap, 16. V, 14/18 lemos o seguinte:  “Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isto e o ridiculizavam”. “Mas Jesus lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração; pois aquilo que é elevado entre homens é abominação diante de Deus”. “A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele”. “E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei”. “Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério”.
Já em Mateus lê-se: “Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio”. “Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério”. Mateus. Cap, 5. V, 31/32.
O que podemos observar nestes três versículos é que abordam do divórcio e não da poligamia, e o verso “porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher” refere-se ao Adão e Eva e não afirma que a poligamia foi proibida desde o principio da criação, porque essa afirmação contraria o que a Bíblia revela em relação a poligamia e sobretudo os profetas. Com base nisso, estes versículos não comprovam a proibição da poligamia, mas sim a interdição do divórcio, seja em situação da monogamia ou poligamia. E os versos apontam o adultério sendo a uma única prática onde o divórcio é permitido. Mas se o homem divorciar injustamente, sem ela ter cometido adultério e, em seguida, ela casar com outro, ambos são adúlteros (ou seja, ele traiu, é como se tivesse contraído relações com uma mulher doutrem, ilícita para ele), e em contrapartida, o texto não afirma que o homem que praticar a poligamia é adultero ou traidor. Observamos a mesma situação no versículo “E, se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério”. Relaciona o adultério com o divórcio do marido e não com a poligamia, mesmo se se referisse a poligamia, como seria poligamia numa situação em ela é que repudiou o marido e se casou com outro homem ou o homem repudiou sua esposa e se casou com outra (ato monogâmico)? Ou seja, se o problema fosse da poligamia, então o homem ao divorciar, tornaria o casamento dela com outro homem relação lícita. Por tanto, o verso refere a interdição do divórcio, mesmo se o homem tenha se casado com mais de uma mulher. E em relação ao verso, em Lucas, “e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério”, evidencia que aquele homem que se casa com a divorciada, mesmo sendo seu primeiro casamento, ele é considerado adultero, ou seja, ambos são adúlteros. Não é por causa da poligamia, mas sim pelo fato de ter casado com a divorciada. Daí observamos a contradição entre as citações de Marcos e Lucas. Ambos relatam a mesma história, mas o texto é muito diferente, o que significa invalidade em matéria de defesa; desconsideração como texto sagrado inspirado por Deus ou a perda de autoria de Jesus (que a paz esteja com ele).
Em no 1 Coríntios. Cap, 7. V, 1/2 e 8/9 a Bíblia diz o seguinte: “Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher”. “mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido”. [...] “E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo”. “Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado”.
Aqui, o autor afirma (para que cada um se case), o que não tem nada que ver com a interdição da poligamia, mas significa que o homem não pode tocar numa mulher que não seja sua esposa, ou seja, se abster do adultério. Neste contexto é o mesmo que afirmar que: cada de nós cuide de seu filho, ou proteja sua casa ou seu dinheiro ou a sua profissão. Tal como está mencionado no Livro de 1 Samuel. Cap, 15. V, 3, “Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, e nada lhe poupes; porém matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos”. Não significa matar um homem, uma mulher, uma criança e um burro, mas sim o que é do sexo de homens, mulheres, crianças, burros e etc., porém, quando afirma que (porque é melhor casar do que viver abrasado) não se refere à proibição da poligamia, ele afirma a liberdade em casamento ou abstinência.
E um grande número de padres cristãos, de diferentes segmentos religiosos, reconhecem que o cristianismo não proíbe a poligamia, e muitos deles já se casaram com mais de uma mulher. A título de exemplo, o rei Carlos Magno, imperador Valentiniano I, Lutero e outros. De acordo com Matilda Joslyn "É reconhecido historicamente, de forma inquestionável, que tanto a igreja cristã como o Estado cristão, ao longo de diferentes épocas, e sob muitas circunstâncias diferentes, influenciaram a favor da poligamia. O imperador Valentiniano I, no século IV d.C, concedeu aos cristãos o direito de se casar com duas mulheres. No século VIII, o rei Carlos Magno, líder da igreja e do Estado cristão, se casara com seis mulheres e alguns historiadores apontam que foram nove mulheres ... o próprio Lutero, grande praticante do Antigo e Novo Testamento afirma o seguinte: Eu reconheço por minha parte, que se um homem quiser se casar com duas mulheres ou mais, não posso proibi-lo, pois esta prática não viola os preceitos dos Livros sagrados ”. Segundo Santo Agostinho “na modernidade, depois de termos instituído o direito romano, um homem não pode mais casar com a segunda mulher enquanto a primeira em vida ”. Isto indica que a proibição da poligamia foi devido à adoção da Lei romana e não por causa de textos religiosos. Santo Agostinho diz ainda que: "Mais uma vez, Jacob, filho de Isaac foi acusado de um crime grave, porque ele se casou com quatro mulheres, mas não há nenhuma base para essa acusação, porque a poligamia não era um crime, porque era o costume, mas agora se tornou um crime, porque foi dessociável... e a única razão da criminalização da poligamia é porque o costume e a Lei, a proibiram ”.

A poligamia no islã

Para melhor entendermos a visão do islã sobre a poligamia precisamos perceber o seguinte:
1.    O Islã não é a única religião que instituiu a poligamia, mas é a única religião que limita a quantidade, o que não encontramos nas outras religiões. Harith bin Qais disse: (quando me reverti ao islã, eu tenha oito esposas, ao apresentar a questão diante o Profeta (que a paz e bênção de Deus estejam com ele) disse-me: "Escolha quatro delas"), narrado por Abu Dawood e confirmado por Al-Abani.
2.    A poligamia no Islã é uma prática opcional, sendo que o muçulmano não se torna pecador por não ter praticado e nada diminui da religião, portanto, é um ato facultativo, quem quiser pode optar pela monogamia ou poligamia. É igual a qualquer outra prática admissível que quem se abster não é pecador.
3.    É necessário perceber o contexto histórico dos versos Alcoranicos referentes a permissão da poligamia e os que limitam a quatro esposas. É preciso entender os  versos que os precedem e compreendê-los, e entender os fatores da sua revelação, daí perceberemos que foram revelados em defesa da mulher e dos seus direitos. Deus Todo-Poderoso diz: “Ó homens! Temei a vosso Senhor, que vos criou de uma só pessoa e desta criou sua mulher, e de ambos espalhou pela terra numerosos homens e mulheres. E temei a Allah, em nome de Quem vos solicitais mutuamente, respeitais os laços consanguíneos, por certo, Allah, de vós, é Observante”. “E concedeis aos órfãos suas riquezas e não troqueis o maligno pelo benigno, e não devoreis suas riquezas, junto com vossas riquezas. Por certo, isso é grande crueldade”. “E, se temeis não ser equitativos para com os órfãos, esposai as que vos aprazam das mulheres: sejam duas, três ou quatro. E se temeis não ser justos, esposai uma só, ou contentai-vos com as escravas que possuis. Isso é mais adequado, para que não cometais injustiça”. “E concedei às mulheres, no casamento, suas satuqat , como dádiva. E, se elas vos cedem, voluntariamente, algo destas, desfrutai-o, com deleite e proveito”. “E não concedais aos ineptos vossas riquezas, que Allah vos fez por arrimo, e dai-lhes sustento delas e vesti-os, e dizei-lhes palavras bondosas”. “E ponde à prova os órfãos, até que atinjam o matrimonio; então se percebeis neles maturidade, entregai-lhes suas riquezas e não as devoreis, com dissipação e presteza, antes de eles alcançarem a maioridade. E quem é rico, que se abstenha dessas riquezas. E quem é pobre, que delas desfrute algo convenientemente. E, quando lhes entregardes as riquezas, fazei-o perante testemunhas. E basta Allah por Ajustador de contas ”.
No início dos versos, Deus Todo-Poderoso ordena as pessoas guardiãs de bens dos órfãos a temerem Nele e a concederem seus bens ao atingirem à puberdade e ao observarem que eles são capazes de gerirem, e não consumirem injustamente os bens dos órfãos. Na época pré-islâmica, os árabes agregavam a herança dos órfão às suas propriedades e concediam a neles o que não prestava, como forma de frauda-los. De acordo com Al-Sadyu “um deles tomava as ovelhas mais gordas do rebanho do órfão, e no lugar, colocava uma ovelha magra fraca e afirmava “ovelha por ovelha”, tomava do órfão, o dinheiro verdadeiro e no lugar deixava o falso e dizia “dinheiro por dinheiro”, Deus Todo-Poderoso proibiu esta prática criminosa e diz “Por certo, isso é grande crueldade”, quer dizer, grande pecado.
E continua o cenário sobre a fraude e apossamento de bens de órfão, principalmente quando se trata do sexo feminino. Urwah Ibn Al-Zubayr, foi perguntar Aisha (que Allah esteja satisfeito com eles)  sobre o significado das palavras de Deus “E, se temeis não ser equitativos para com os órfãos”, ela disse: Ó filho de minha irmã, esta órfã, está no cuidado do seu tutor, ela é parceira dele na riqueza, ele fica atraído da beleza e riqueza dela. Seu tutor deseja casar com ela sem observar a justiça no dote, dando para ela do jeito que receberia de outro, então, foram proibidos casa-las caso não forem justos para com elas e concederem-nas o mais alto dote. Foram ordenados  a casarem com qualquer uma das mulheres invés delas”. Narrado por Bukhari.
Assim, o verso foi revelado devido um homem que consumia os direitos de órfãos que estivessem sob sua tutela, e quando quisesse casar com uma delas não lhe dava um dote como é habitual para outras mulheres, Deus Todo-Poderoso proibiu tudo isso e ordenou-lhe para dar-lhe o dote habitual como é dado a outras mulheres, ou se abster em casar com órfã e casar com outra mulher, ou mesmo com duas ou três ou quatro mulheres. Mas muitas vezes, os inimigos do Islã aparecem com suas tesouras mágicas, já conhecidos, recortam todo os versos que precedem a palavra de Deus  “esposai as que vos aprazam das mulheres: sejam duas, três ou quatro” e isolam os versos posteriores, que estabelecem a condição da poligamia, que é a justiça entre as esposas.

A condição da poligamia no Alcorão

O islã não obriga a poligamia, mas sim consente. Estabeleceu requisitos ao homem para que analise a responsabilidade antes de tomar a decisão de esposar a segunda, e entre tais requisitos: ser justo com elas em alimento, vestimenta, bebida e dormida, Deus Todo-Poderoso diz: “E se temeis não ser justos, esposai uma só ”. Proibiu a injustiça e a opressão contra as esposas, a inclinação para uma delas em detrimento das outras. Deus Todo-Poderoso diz: “E não podereis ser justos com vossas mulheres, ainda que sejais zelosos disso. E não vos desvieis, com total desviar, de nenhuma delas, então, a deixaríeis como que suspensa e, se vos emendais e sois piedosos, por certo, Allah é Perdoador, Misericordiador ”.
A este respeito, o profeta Muhammad “que a paz e bênção de Deus estejam com ele” disse “quem tiver duas esposas e inclinar para uma delas, virá no Dia de Juízo Final inclinado para lado”. Narrado por Ahmad, Abu Dawood, Al-Nassai, Tirmidhi e Ibn Majah.
E é necessário ter a consciência, meu caro leitor, que o Islã é uma religião mundial revelada para todas as pessoas, para todos os tempos e lugares, e não é somente uma religião para determinados indivíduos ou comunidades para que suas regras e rituais se adequem aos seus pensamentos e desejos. Por esta razão, o Islã permitiu para um homem se casar com mais de uma mulher, levando em consideração a realidade e as condições de vida. Não se pode pensar que, o que não se adequa a esta sociedade pode se encaixar em outra sociedade. E o que não cabe neste momento pode caber noutro. Para, além disso, a poligamia é uma mercê para as mulheres idosas. Portanto quem quiser usufruir da permissão, que o faça honrando todos os requisitos e quem não quiser esta livre.

 
Capitulo V

As leis que regulamentam as sociedades
•    A diferença entre a Lei islâmica e os sistemas humanos
•    A opinião da Bíblia à democracia
•    A Lei islâmica e a liberdade de expressão

 

 

 

 

 

 

 


 
A diferença entre a Lei islâmica e os sistemas humanos

Existem muitos sistemas organizacionais, mas os únicos sistemas prevalentemente conhecidos nas sociedades modernas são o democrático e o regime ditatorial. E ambos os sistemas demonstraram empiricamente, ao longo de séculos passados, seu fracasso na restauração da paz e da justiça internacional. E o estranho, o mundo busca encontrar sistemas que conduzam a estabilidade e segurança, enquanto tais sistemas estão à vista e próximo à sociedade, que é o sistema islâmico. Mas algumas das elites políticas, vampiros dos povos alegam que adotar o sistema islâmico perder-se-ão seus poderes e privilégios, desta forma a elite consegue ditar, aos legisladores e juristas, o que lhes convêm para dominar e subjugar seus povos.
Definição de democracia: democracia é um termo grego derivado de duas palavras, "Demo" que significa "povo", e "Kratos" que significa “regra ou um governo”, ou seja, o povo na governança, através do estabelecimento de um sistema parlamentar em que o povo elege os seus representantes no parlamento, onde discutem todas as Leis e aprova-las pelo voto da maioria dos membros. Quer dizer, o voto da maioria dos membros parlamentares é a válida e aplicável mesmo contra a opinião da minoria, no entanto, as Leis e os regulamentos não são fixos, porque o parlamento e seus membros não são fixos. Deus revela a veracidade no Alcorão, que os seres humanos alcançarão a tranquilidade somente ao se submeterem as regras de Deus. “E, se a verdade seguisse suas paixões, os céus e a terra e quem neles existe haver-se-iam corrompido. Ao contrario, chegamo-lhes com sua Mensagem, e estão dando de ombros a sua Mensagem .
 
Definição de ditadura

a ditadura é totalmente o oposto do sistema democrático, onde a opinião da minoria que governa ou da elite ou do ditador no poder, é a força válida, mesmo em oposição com a opinião da maioria da população. Deus disse a respeito de Faraó, o opressor, que havia corrompido a terra e escravizado o seu povo, “Faraó disse: não vos faço ver senão o que vejo, e não vos guio senão ao caminho da retidão ”.
Muitos de nós, quando ouvem o termo “democracia” imaginam boas referencias, como a garantia de liberdades individuais, respeito a opinião de outro, liberdade de culto das minorias, respeito pelos seus direitos e interesses e não à perseguição. Mas, na verdade, o regime democrático não deixar ser também ditatorial, ou melhor, um sistema autoritário, porque a maioria impõe uma série de Leis que estão em sintonia com os seus desejos e crenças sobre a minoria, mesmo que essas Leis entrem em conflito com os interesses e princípios ou crenças da minoria ou conduzem a prejuízos. Há casos reais contemporâneos que nos mostram o lado desagradável da democracia:
•    Em 2009, em nome da democracia, a Suíça lançou consulta popular visando a interdição da construção de minaretes das mesquitas, foi aprovada uma Lei com base na opinião da maioria contra a minoria muçulmana, o que levou a Anistia Internacional se manifestar e lamentar contra o resultado da votação, afirmando que a proibição de minaretes é uma violação do compromisso da Suíça de liberdade de expressão da fé.
•    Em nome da democracia, algumas capitais europeias, até hoje, proíbem a minoria muçulmana em construir mesquitas, e cada vez que esta minoria tenta obter autorização para construí-las, a maioria representativa parlamentar, desse Estado, vota contra a emissão de licença, e quando emitem a licença, colocam obstáculos suficientes para inviabilizar a construção.
•    Em nome da democracia, alguns países europeus aprovaram Leis que proíbem as mulheres muçulmanas de usarem o véu em espaços públicos, alegando uma série de razões, entre elas, a de que não é aceitável cobrir rosto em espaços públicos, e assim por diante, e apesar de que alguns acham ser uma justificativa lógica, mas por outro lado, vemos os mesmos governos impondo aos motociclistas o uso de capacetes, cobrindo seus rostos nas ruas. Não seria conveniente para os motociclistas revelarem também seus rostos!? Da mesma forma que observamos muitas pessoas, nos muitos países europeus e do Leste Asiático, como China, Tailândia e etc, que preferem usar uma capa médica no rosto, porque se sentem protegidas contra vírus e doenças. E nunca ninguém fala ou comenta sobre esta matéria, que não é adequado cobrir o rosto em espaços públicos. Portanto, proibir as mulheres de se vestirem como querem e desejam constitui o desrespeito por suas escolhas, restrição das liberdades individuais e das crenças religiosas. Isso não significa que o fato de crer no que outro acredita você tem de impor para ele renunciar, muitos indianos usam turbantes pretos em suas cabeças e deixam o cabelo crescer sem cortá-lo, circulam livremente na Europa, exercem suas atividades nos setores públicos sem tirar os turbantes, e ninguém tem o direito de força-los a retirar ou raspar a cabeça, por discordar o uso de turbantes ou da extensão do cabelo deles.
•    Em nome da democracia, num dos países desenvolvidos, um dos partidos da extrema direta venceu as eleições locais em várias cidades, e uma das suas primeiras decisões foi de impedir a prestação de serviços de comida Halal  aos alunos muçulmanos, em todas as escolas que se enquadram nas cidades onde o partido venceu, e obrigou as escolas a fornecer refeições que contêm carne de porco e de outros animais não abatidos de acordo com a Lei islâmica. Seria conveniente para eles se promulgassem Leis que combateriam a corrupção e garantiriam a liberdade.
•    Em nome da democracia, num dos países desenvolvidos, foi aprovada uma Lei que proíbe o abate em conformidade os princípios islâmicos, o que significa  indisposição de muçulmanos de comer carne que não foi abatido de acordo com a Lei islâmica, e o objetivo é reprimir os muçulmanos a migrar para países que respeitam suas crenças. Os muçulmanos não podem consumir a carne de todo animal que tenha sido eletrocutado ou atingido na cabeça com um ferro até a morte ou enforcado ou estrangulado ou afogado.
Estes são alguns exemplos sobre a violência dos direitos da minoria pela maioria, até mesmo o direito de praticar livremente seus rituais religiosos sem qualquer perseguição ou assédio, ou o direito de escolher o tipo de roupa ou mesmo tipo de alimentação que desejam. Destes e de outros exemplos, é evidente que o sistema democrático ou secular, na prática, não podem coexistir. Relativamente às minorias, são vítimas de diferentes argumentos para dar explicação sobre o motivo de sua perseguição, e são acusados de não podem coexistir com outros sistemas. Diferentemente da Lei islâmica que integra as pessoas de religiões diferentes, que concedeu os direitos das minorias, os quais, não permitiu que estivessem no domínio da maioria. A Lei islâmica obriga que maioria garante a proteção desses direitos e não sejam desviados, mesmo que a opinião da maioria seja contraria, em caso, a opinião da maioria não é válida, porque contraria a Lei islâmica divina que garante os direitos de todos. Quem quiser mais detalhes sobre este assunto, há muitos livros que tratam sobre os direitos dos não-muçulmanos em países muçulmanos, pode consultar. Deus Todo-Poderoso diz: “E, se obedeces à maioria dos que estão na terra, descaminhar-te-ão do caminho de Allah. Não seguem senão conjeturas e nada fazem senão imposturar ”.
Nenhum sistema humano consegue alcançar a coexistência pacífica entre os povos, bem como a convivência pacífica dentro da própria sociedade, como conseguiu a Lei Islâmica, isto porque se trata de Leis e regulamentos divinos revelados pelo Criador dos seres humanos que melhor sabe o que serve para eles. Deus Todo-Poderoso diz: “Não saberá Ele a quem criou? E Ele é O Sutil, O Conhecedor .

A opinião da Bíblia à democracia

A Bíblia revoga a democracia na totalidade, de acordo com a carta de Paulo aos Romanos. Cap, 13. V, 1/7. “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas”. “De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação”. “Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela”, “visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal”. “É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência”. “Por esse motivo, também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a este serviço”. “Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.

A Lei islâmica e a liberdade de expressão

A Lei islâmica instituiu a liberdade de expressão em conformidade com os regulamentos que organizam a sociedade e não a corrompem, que integram e estabelecem relações sociais entre os indivíduos, visando alcançar os objetivos comuns. Não uma liberdade desregrada, que destrói e não edifica, que corrompe e não beneficia, que cria hostilidade entre os membros da sociedade. É aquela liberdade que não infringe e nem viola os direitos dos outros. Deus Todo-Poderoso diz: “Ó vós que credes! Que um grupo não escarneça de outro grupo – quiçá, este seja melhor que aquele – nem mulheres de mulheres – quiçá, estas sejam melhores que aquelas – e não vos difameis, mutuamente, e não vos injurieis, com epítetos depreciativos. Que execrável a designação de ‘perversidade’, depois da fé! E os que se não arrependem, esses sãos os injustos ”.
Observamos, em muitos países que alegam a civilização, programas de crítica cômica repletos na mídia, humilhando seus críticos sem mínima consideração de seus sentimentos. A Lei Positiva considera essa maneira de escárnio, como liberdade de expressão. Em alguns países, tais programas, são politizados e nada tem que ver com a liberdade de expressão. Eles são financiados por entidades ou partidos políticos para enfraquecer seus adversários e causar a queda de sua popularidade.
Na Lei islâmica, a liberdade de opinião é regulada, se você ultrapassar os limites, significa infringir os direitos dos indivíduos ou da própria sociedade, por exemplo, a questão de escarniar Muhammad, o mensageiro de Deus, quais são os resultados desejados a partir disso ou quais são os ganhos que serão realizados a partir dessa prática? Isto não representa uma forma de promoção de ódio entre os povos e mesmo entre aqueles que professam o Islã e os que não o professam no seio da mesma sociedade? Será que ofender os mortos e desrespeita-los é um manifesto civilizador antes de ser religioso? Acho que quem passar por isso, e um dos seus pais ou filhos ou até mesmo seu jogador ou artista favorito for vítima de insulto não ficaria de braços cruzados, mas sim lutaria para defendê-los por todos os meios, lembrando que os países que escarniam os profetas de Deus, sob a égide da liberdade de expressão, tem legislação que proíbe escárnio do presidente do país através de caricaturas ou outras formas, também sob a égide da liberdade de expressão.
O Islã proíbe ofender as crenças de outros, para evitar o levante e o extremismo na sociedade, por isso, os sábios devem dissuadir as práticas dos que tentam criar sedição e animosidades entre as pessoas, o que pode resultar em guerras devastadoras. Deus Todo-Poderoso diz: “E não injurieis os que eles invocam além de Allah: pois, eles injuriariam a Allah, por agressão, sem ciência. Assim, aformoseamos, para cada comunidade, suas obras; em seguida, seu retorno será a seu Senhor; então, informá-los-á do que faziam ”.
Note-se que a questão de zombaria a profeta Muhammad “que a paz e bênção de Deus estejam com ele” não é uma prática nova ou que emerge da modernidade, ela começou desde o momento que anunciou o inicio do sua missão profética, seus inimigos acusavam-no de mentiroso, adivinho, poeta e louco. O Alcorão Sagrado sublinha o seguinte “E, em verdade, sabemos que teu peito se constrange com o que dizem”. “Então, glorifica, com louvor, a teu Senhor e se dos que se prosternam”. “E adora teu Senhor, até chegar-te a certeza ” (ou seja, a morte).
A restrição da liberdade de expressão não se observa apenas na Lei islâmica, outras sociedades a restringem também de acordo com suas crenças e interesses. Grã-Bretanha, por exemplo, proibiu a circulação de um filme sobre Jesus Cristo - que a paz de Deus esteja com ele -  sob o pretexto de que a religião cristã é um dos sistemas públicos  que deve ser respeitado. E vários países restringem a liberdade de expressão dos seus membros caso mexam com os judeus ou duvidem em Holocausto, quem assim se manifestar é acusado por antissemitismo e punível com prisão.
A Lei islâmica proporcionou um ambiente favorável à liberdade que ordena o bem e proíbe o mal, concedendo a cada indivíduo o direito de participar e expressar sua opinião sobre questões da sociedade. A orientação divina estabeleceu ambiente de negociação e conselho entre os muçulmanos, Deus Todo-Poderoso diz: “E, por uma misericórdia de Allah, tu, Muhammad, te tornaste dócil para eles. E, se houvesses sido ríspido e duro de coração, eles se haveriam debandado de teu redor. Então, indulta-os e implora perdão para eles. E, se decidires algo, confia em Allah. Por certo, Allah ama os confiantes nEle ”.
Exige que a liberdade de opinião seja responsável é uma subsidiária para ser capaz de distinguir entre o certo e o errado, de acordo com Abdullah Ibn Masoud - que Allah esteja satisfeito com ele – “Não sejam indiferentes (em opinião) dizendo, se as pessoas forem bondosas também seremos e se praticarem injustiça também seguiremos, mas pratiquei a bondade quanto as pessoas assim forem, e não sejam injustos quando elas forem corruptas", Sunan Tirmidhi.
Esta liberdade não é uma teoria ou um monopólio de uma categoria sobre outra categoria, mas sim é direito de todos, em conformidade com os regulamentos legais islâmicos, efetivados pelo mensageiro enviado como misericórdia para a humanidade e para que sua nação aplicasse depois dele. Abu Sa'id Al-Khudri conta que: “um beduíno árabe, credor  do Profeta – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – veio cobrar seu direito de uma forma coercitiva e disse para o Profeta: envergonhar-te-ei caso não me pague. Os companheiros do profeta repreenderam o beduíno e disseram: Ai de você, sabe com quem está falando? O beduíno respondeu: estou cobrando meu direito! O Profeta disse (para seus companheiros): espero que estejam ao lado de quem tem direito. Depois disse a Khaulat Qaisse, se você tem tâmaras, empreste-nos até que chegue a nossa para ressarcir. Ela respondeu: Sim, ó profeta de Deus. O profeta emprestou dela, pagou o beduíno e alimentou-o e este disse: você (profeta) foi honesto, que Deus observe Sua promessa para com você. O profeta disse: esses são as melhores pessoas, porém, certamente quando uma nação é santificada os fracos não conseguem seus direitos sem violência ”.
Os companheiros do profeta seguiram suas práticas exemplares. Quando Abu Bakr foi eleito para o califado - que Deus esteja satisfeito com ele – subiu no púlpito e fez um sermão que engendrava a competência geral da liderança no islã, o que nenhuma sociedade conseguiu alcançar à luz da legislação humana que está sujeita aos caprichos, das reformas políticas e econômicas. Abu Bakr disse: Ó povo, fui eleito para a liderança mas não o melhor que vocês, me ajudem caso eu estiver no caminho certo, e me corrigem caso eu seguir o caminho errado. Sigam-me enquanto eu estiver na obediência de Deus e caso eu desobedecer a Deus, vocês não têm direito de me seguirem. Certamente o mais fraco entre vocês, é o mais forte para mim, até que eu o faça honrar os direitos. E o mais fraco dentre vocês, é o mais forte para mim, até que eu garanta o direito dele. Assim profiro rogando a Deus o perdão para mim e para vocês .

Liberdade de expressão religiosa

A Lei islâmica instituiu garantias a liberdade religiosa para os não-muçulmanos, entre os judeus e cristãos, sem perseguição, ninguém é forçado a deixar sua religião e se converter ao Islã. Deus Todo-Poderoso disse “Não há compulsão na religião! Com efeito, distingue-se a retidão da depravação ”. Enquanto a história nos revela as perseguições praticadas por seitas cristãs, umas contra as outras por causa de diferenças de crença.

A liberdade de expressão científica

A Lei islâmica instituiu a liberdade de expressão na ciência e na aprendizagem. Prestigiou o lugar dos estudiosos, enquanto a história nos revela o conflito violento entre a Igreja, a ciência e cientistas, conduziu a inibição da liberdade de expressão científica.
A Lei islâmica tornou obrigatório, a todo muçulmano, a busca do conhecimento e aprendizagem. O profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “a busca do conhecimento é uma obrigação de todo muçulmano”. Narrado por Abu Dawoud e Ibn Maajah.
A Lei islâmica elevou o status dos peritos. Deus Todo-Poderoso diz: “Allah elevará, em escalões, os que crêem dentre vós, e àqueles aos quais é concedida a ciência. E Allah, do que fazeis, é Conhecedor .

A liberdade de expressão na Bíblia

Como vimos na carta de Paulo aos Romanos (13/1), sua carta aniquilou todos os significados da democracia e da liberdade de expressão, e estabeleceu normas de ditadura, autoritarismo e submissão absoluta à Sultanato.

 

 


 
Capitulo VI


•    A Jihad na Lei islâmica
•    O estado do mundo, época pré-islâmica e pós-surgimento do islã  
•    Povos submetidos à religião de seus reis
•    Impulsão ao cristianismo pela espada
•    A Jihad e a garantia da liberdade da religiosidade
•    Cartas do profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – em defesa de cristãos
•    A Jihad no islã e suas divisões
1.    Fases da Jihad Necessária
2.    Interdições da Jihad
3.    Objetivos da Jihad
4.    O alvo da Jihad
5.    Regras da Jihad
•    Será toda guerra protagonizada por muçulmanos é Jihad
•    A guerra santa
•    A diferença entre Jihad e guerra
•    A Jihad na Bíblia

 
A Jihad   na Lei islâmica

Não será suficiente abordar tudo sobre a definição de jihad, suas causas, seus objetivos e sua moralidade neste capítulo, mas vamos discutir de uma maneira sucinta, a fim de dar ao leitor uma breve ideia sobre o tema da jihad pela causa de Deus, no qual, os oponentes da Lei de Deus encontraram espaço para distorcer a Lei islâmica e intimidar as pessoas, o que será aclarado durante a nossa abordagem e que ela, certamente é a misericórdia para toda a humanidade.

O estado do mundo, na época pré-islâmica e pós-surgimento do islã

Quem lê a historia da humanidade e das civilizações, observa que a terra era uma massa queimada por guerras alimentadas por dinheiro e homens. Quantas cidades ficaram ruinadas, crise econômica, viúvas, órfãos e violência de direitos humanos de milhares de pessoas que são vítimas normalmente em todo lugar? No continente europeu, nenhum país tinha estabilidade das suas fronteiras num período curto de tempo. As fronteiras sofriam, geograficamente alterações por conta de batalhas que sucediam, tanto na parte norte, sul, oriente ou ocidental. A guerra entre países nunca tinha trégua pelo menos em um dia. Eram Estados dominados que pagavam tributo e dominadores que recebiam o tributo, e era sabido que a imposição de pagamento do tributo condicionava a existência ou inexistência do Estado dominado, sendo que o cancelamento do pagamento ao Estado dominante presumia declaração de guerra.

Povos submetidos à religião de seus reis

A situação religiosa dos povos, na época pré-islâmica, estava ligada a crença de seus reis, por exemplo, no Império Bizantino, nenhum cidadão se atrevia em abraçar a religião masdeísta do Império Persa, caso o fizesse, era considerado um traidor do imperador e condenado à morte e crucificação por ter abraçado a religião de inimigos, e vice-versa. Pior ainda, foram as guerras entre diversas seitas cristãs por causa das divergências de crença, e a titulo de exemplo, o Império Romano perseguiu os coptas egípcios por professarem o cristianismo, enquanto a religião oficial do Império era o paganismo. Depois de o Império Romano ter abraçado e oficializado a religião cristã, prosseguiu com as perseguições e massacres contra cristãos egípcios por causa de diferenças de identidade.

Impulsão ao cristianismo pela espada

No Império Romano, os cristãos constituíam um pequeno grupo oprimido, mas com conversão do Constantino I ao cristianismo, esta religião se fortaleceu e se tornou a oficial do Império Romano, em seguida, o cenário mudou, começa a perseguição contra todos os pagãos e a destruição de seus templos ou conversão a igrejas, mas também foram perseguidos os cristãos de outras seitas. Por exemplo:
•    Durante o reinado de Teodósio I, o cristianismo foi declarado a única religião aceita dentro do Império Romano. Foi incendiada a Biblioteca de Alexandria, sob o pretexto de conter livros da idolatria, e abolidos os Jogos Olímpicos na Grécia, com o argumento de que eram hábitos pagãos.
•    Em 772 d.C, o rei Carlos Magno combateu os Saxônios por 33 anos para impor o seu cristianismo pela espada, e dentre os crimes perpetrados por ele, o massacre de Verdun  e de 4.500 prisioneiros Saxônios, por terem se recusado a se converter ao cristianismo. Quando o exército de Carlos Magno se ausentou, os Saxônios se vingaram, queimando igrejas e matando padres. Em resposta, Carlos Magno promulgou uma lei que autorizava matar qualquer Saxônio que recusasse se converter ao cristianismo .
•    Entre 1929 e 1945, o movimento revolucionário croata  massacrou os sérvios ortodoxos e os forçou a se converter ao catolicismo, deixando centenas de milhares de vítimas sérvias.
•    Crianças roubadas ou gerações roubadas entre 1909 e 1970 - o governo australiano e a Igreja australiana usaram a força para tirar as crianças de seus pais indígenas, mantendo-as longe deles a fim de convertê-las forçosamente ao cristianismo.
•    Em 2007, o Papa pediu desculpas ao povo latino-americano pelos massacres, perseguição e sofrimento, perpetrados durante as campanhas de cristianização forçada pelos colonizadores espanhóis .
•    Entre os séculos XVI e XVII, os colonizadores Portugueses perseguiram, torturam e massacraram a povos indígenas de Goa (cidade indiana) que se recusavam a se converter ao cristianismo, o poder colonial destruiu mais de 300 templos hindus, bem como a proibição de padres para os hindus, para não ler seus livros sagrados budistas e a punição dos infratores. Forçavam as crianças com mais de 15 anos a ouvir as pregações cristas. Impuseram a língua Portuguesa na população hindu e proibiram o uso das línguas nativas.
Este é apenas um breve resumo sobre a imposição do cristianismo sobre as pessoas através da espada e sua perseguição contra professantes de outras religiões, além das guerras que eclodiram entre seitas cristãs, católicos, protestantes e ortodoxos devido à diferença nos credos e a perseguição de uns aos outros, são os exemplos que ilustram a extensão do ódio entre as denominações cristãs:
•    O massacre contra os católicos cátaros na região de Languedoc, no sul da França ,de 1209 a 1229, onde o Papa Inocêncio III declarou uma guerra cruzada contra a seita cátaro com objetivo de erradica-la, o que levou ao massacre de um milhão de vítimas durante os 20 anos de guerra contra eles. O primeiro destes massacres foi o de Béziers Cidade em 1209, onde foram mortos todos os habitantes daquela cidade e queimaram toda a cidade após um bloqueio a redor .
•    Massacre na cidade de Mirandul, em 1545 na França, onde milhares de cristãos da seita Waldensiana foram mortos nas mãos dos católicos .
•    Massacre de Toulouse, França, em 1562, onde 5.000 protestantes foram assassinados por católicos e expulsos da cidade .
•    Massacre de Vassi, França, em 1562 por católicos contra protestantes, oito guerras religiosas devastaram as cidades francesas contra os protestantes.
•    Massacre durante a celebração festival de Saint Michael em Nîmes, França em 1567 onde os protestantes massacraram os católicos da cidade, entre as vítimas 24 padres católicos, em resposta à perseguição dos católicos contra eles.
•    Massacre de Bartholomew, França em 1572, onde 30 mil protestantes foram assassinados pelos católicos.
•    Muitos massacres de protestantes contra católicos, e vice-versa, durante onze anos de guerra entre católicos irlandeses e os parlamentares britânicos e os protestantes escandinavos da Irlanda  (1641-1652).
•    Massacres e perseguições contra milhares da seita Renovação de batismo (anabatistas), por ambos, católicos e protestantes, entre 1525 e 1660 que levou à migração de um grande número de adeptos da seita ao continente norte-americano.
•    Em 1656 Makarios III, Patriarca de Antioquia escreveu sobre os massacres de católicos poloneses contra os cristãos, seguidores da Igreja Ortodoxa Grega, salientando que o número de pessoas mortas nesses massacres variou entre setenta e oitenta mil.
Esta é uma fracção do iceberg prolífico de guerras e conflitos, massacres e perseguições praticadas por seguidores da religião cristã contra o outro, depois desta abordagem, vamos apresentar sobre a Jihad no Islã, para que deixemos evidencias aos sensatos que ela constitui misericórdia para a humanidade e não como é imaginado por aqueles que beberam dos meios de comunicação tendenciosa e politizada.

A Jihad e a garantia da liberdade da religiosidade

A fim de sabermos o quanto o Islã garante a liberdade da religiosidade, devemos conhecer os verdadeiros objetivos da Jihad para aclararmos a imagem. Iniciamos a análise gradualmente do sentido da palavra Jihad. Ela tem dois sentidos: Jihad geral e particular.

1.    Jihad geral divide-se em duas partes:
    Jihad da alma: auto esforço para aprender a religião, pratica-la, divulga-la com paciência da violência externa, assim como esforçar-se na abstinência do ilícito e prática do bem de acordo com a capacidade e possibilidade na busca do prazer de Deus. O Mensageiro de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele - disse, “A verdadeira Jihad é o auto combate pela causa de Deus Todo-Poderoso ”.
    Jihad contra o diabo: lutar com confiança contra as tentações do diabo, quando joga dúvidas para minar a fé da pessoa. Ter paciência do que o diabo joga em tentações de desejos e corrupção. Deus Todo-Poderoso diz, “E, se, em verdade, alguma instigação de Satã te instiga, procura refugio em Allah. Por certo, Ele é O Oniouvinte, O Onisciente ”.
E a Jihad geral é a verdadeira Jihad, que exige do ser humano, permanentemente se esforçar contra si mesmo e contra o diabo. Esta é a obrigação do muçulmano durante toda sua vida. Assim como constitui Jihad todo tipo de boa prática de um muçulmano que visa agradar a Deus, incluindo:
    Peregrinação à Casa de Deus é Jihad, pois implica enfrentar dificuldades e pacientar o sofrimento e fazer dispêndio da fortuna pela causa de Deus. Segundo Aisha – que Deus esteja satisfeito com ela – disse: “Eu disse: Ó Mensageiro de Deus, vemos a Jihad sendo o melhor trabalho, podemos fazer?” Ele disse: "Mas a melhor Jihad é a peregrinação aceita". Narrado por Bukhari.
    Proferir verdade: disse o Profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele -  “A melhor jihad é a palavra da justiça diante um governante injusto ou emir injusto ”.
    Divulgar o Islã aos não-muçulmanos, convida-los ao Islã por meio de conhecimento, bom  argumento e Alcorão, com paciência aos que desmentem a palavra. Tudo isto constitui Jihad, Deus Todo-Poderoso diz: “E, se quiséssemos, haveríamos enviado a cada cidade um admoestador”. “então, não obedeças aos renegadores da fé, Muhammad, e, com ele , luta contra eles vigorosamente ”.
    Promoção da virtude e prevenção do abominável constitui Jihad e é o método dos Mensageiros de Deus e seus apóstolos depois deles, o Mensageiro de Deus– que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “Nenhum mensageiro enviado por Deus, antes de mim, que não tivera, da sua comunidade, apóstolos e companheiros que seguiam e aplicavam sua tradição. Então, depois deles, vieram outras gerações que falam o que não praticam e praticam o que não lhes foi ordenado, quem enfrenta-los com a mão é crente, quem enfrenta-los com a língua é crente, quem enfrenta-los com o coração é crente, e não tem menor grau de fé aquele que não abominar com seu coração”. Narrado por Muslim.
    Ser bondoso para com as pessoas, não causa-las danos, introduzi-las a felicidade e pacientar das suas moléstias constitui Jihad, o Mensageiro de Deus– que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “O tutelar da viúva e dos pobres é igual àquele que faz Jihad pela causa de Deus ou àquele que pernoita rezando ou àquele que  jejua o dia”. Narrado por Bukhari.
    Viajar na busca do conhecimento constitui Jihad, o Mensageiro de Deus– que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “Àquele que sair em busca da ciência permanece no caminho de Deus até que volte". Narrado por Tirmidhi.
    Transmitir conhecimento constitui também Jihad. o Mensageiro de Deus– que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “Quem chegar a esta minha mesquita com a intenção de aprender o bem e transmiti-lo (a outrem), está na categoria de quem faz Jihad pela causa de Deus, e quem chegar com outra intenção é como um homem que fica observando a fortuna alheia ”.
    A benevolência para com os pais constitui Jihad. Um homem foi ter com Profeta  de Deus - que a paz e bênção de Deus estejam com ele – pedindo sua autorização para ir fazer Jihad pela causa de Deus. O Profeta perguntou-o: Seus pais estão vivos? O homem respondeu: Sim. O Profeta disse: “cuide deles, é Jihad”. Compilado por Bukhari.
    A responsabilidade, a fidelidade e preservação da confiança na prestação de serviço às pessoas ou a comunidade constitui Jihad, o Profeta Muhammad - que a paz e bênção de Deus estejam com ele - disse: "O servidor que toma o seu direito e concede o direito de outrem, permanece na categoria de quem está fazendo Jihad pela causa de Deus até que ele retorne à sua casa", narrado por Tabarani e confirmado por Al-Albani.

2.    A Jihad particular (jihad por defesa e por necessidade). Deus Todo-Poderoso diz: “E por que razão não combateis no caminho de Allah e pela salvação dos indefesos, dentre os homens e as mulheres e as crianças, os quais dizem: Senhor nosso! Faze-nos sair desta cidade, cujo habitantes são injustos; e faze-nos de Tua parte, um protetor e faze-nos, de Tua parte, um socorredor ”.
A Jihad particular se divide em duas partes:
    Jihad por defesa (parte I): tem duas subdivisões
1.    Jihad externa: lutar contra a injustiça e combater qualquer agressor do território muçulmano, ou da sua honra, ou propriedade ou religião, e este é um direito legítimo para todos os povos. No entanto, o islã proíbe guerras que visam interesses mundanos como a prevalência de influências, uso da força para dominar e guerra de retaliação.
2.    Jihad interna: que são dois tipos:
    Jihad individual: implica autodefesa ou defesa a uma vítima contra um ladrão ou assassino ou agressor, o que exige o uso da mão ou afastamento e impedimento da ação do agressor. Em caso de incapacidade, recorre o uso da língua ou o coração, demonstrando sua denuncia contra a prática do agressor e este último é de extrema importância porque reaviva a rejeição da injustiça nos corações. O profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele disse: “Quem dentre vós presenciar uma má ação, que a mude com as suas mãos; se não puder, que o faça com suas palavras; se também não puder, que o faça com o coração, sendo que esta é a mostra mais débil da fé”. Compilado por Muslim.
    Jihad coletiva: consiste em combater contra grupo de muçulmanos transgressores até que voltem a verdade. Deus Todo-Poderoso diz: “E, se duas facções dos crentes pelejam, reconciliai-as. E, se uma delas comete transgressão contra a outra, combatei a que transgrede, até que ela volte para a ordem de Allah. Então, se ela volta, reconciliai-as, com a justiça, e sede equânimes. Por certo, Allah ama os equânimes ”.
Este é significado do dito do Profeta “socorra seu irmão injusto ou injustiçado” dissemos: ó Profeta de Deus, socorremos o injustiçado e como o faremos ao injusto? O Profeta respondeu: “impedir que ele não faça a injustiça é um socorro para ele”. Compilado por Bukhari, Ahmad e Tirmidhi.

    Jihad Necessária
A fim de percebermos o que é a Jihad Necessária vamos abordar sobre algumas cartas do Profeta – que a paz e bênção de Deus estejam com ele - endereçadas a Hercules, imperador bizantino e ao Cyrus, governador de Alexandria, para que possamos observar os fatos de maneira profunda e não somente como noticias.
 
Cartas do profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – em defesa de cristãos:
O profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – criticou a injustiça dos cristãos contra outros cristãos e a auto injustiça por associarem parceria a Deus, por isso escreveu carta a Hercules romano com o seguinte conteúdo: “Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso. De Muhammad mensageiro de Deus a Hercules imperador romano. Paz àquele que seguiu a orientação: Eu te endereço o convite do islã, abrace o islã e estarás salvo, segue o islã e Deus dobrará a tua recompensa, se tu rejeitares carregarás as iniquidades dos arianos . E Deus diz “Ó seguidores do Livro  vinde a uma palavra igual entre nós e vós, não adoremos senão a Allah, e nada Lhe associemos e não tomemos uns aos outros por senhores, além de Allah. E, se voltarem as costas, dizei: testemunhai que somos moslimes ”. Compilado por Muslim.
Escreveu também a Cyrus, governador de Alexandria com os seguintes dizeres: “Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso. De Muhammad mensageiro de Deus a Cyrus, grande copta. Paz àquele que seguiu a orientação: Eu te endereço o convite do islã, abrace o islã e estarás salvo, segue o islã e Deus dobrará a tua recompensa, se tu rejeitares carregarás as iniquidades dos coptas ”.
O Mensageiro de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele - apontou nas suas cartas e admoestou Hércules e Cyrus sobre os massacres perpetrados contra a comunidade dos arianos e dos coptas no Egito. Vale ressaltar que os arianos não representam apenas uma comunidade porque toda a Europa era dominada pelo arianismo. Segundo o pastor Jerome "o mundo acordou suspirando para se tornar ariano!!
Mas muitos tentam ocultar essas atrocidades cometidas contra arianos, e, talvez, querem deseja se informar mais pode consultar os livros que relatam algumas dessas atrocidades contra eles.
Como mencionamos anteriormente, que a regra aplicada na antiguidade, quase em todo mundo consistia em “o povo submisso à religião dos reis e não era permitido a ninguém seguir outra religião que achasse convincente”. Por isso, a Jihad Necessária é aquela em que os militantes muçulmanos saem para divulgar a mensagem do islã aos povos, defendendo a palavra de Deus e evitando que os governantes impõem sua religião nas pessoas para impedir que elas abracem o Islã. Sobre esta matéria, apresentaremos a baixo, mais detalhes. Este tipo de jihad difere com a mencionada anteriormente na sequencia. Não se começa com a mão e, em seguida, com a língua e o coração, mas sim com a lingueta e, em seguida, com a mão. Neste tipo de Jihad condiciona-se a autorização do líder dos muçulmanos. Sheikh Muhammad Ibn Uthaymeen - que Deus tenha misericórdia dele – disse “não é permissível a invasão do exército sem a autorização do líder, não importa o que for, porque a batalha e a jihad são responsabilidades das lideranças e não dos indivíduos, pois os membros da sociedade são seguidores dos que detêm a solução e o acordo. Não sendo permissível a ninguém batalhar sem autorização do líder exceto em casos de auto defesa, se forem surpreendidos por inimigo devem então se defenderem contra a morte. Não é permissível porque é uma questão restrita ao líder e qualquer invasão sem sua autorização é considerado atentado contra ele e transgressão das suas ordens, e se fosse permissível para as pessoas invadirem sem a permissão do líder, a questão conduziria a um caos, e qualquer que desejasse, montava seu cavalo e invadia. Por isso se as pessoas tivessem essas possibilidades haveria muita destruição ”.
Sheikh Muhammad Ibn Uthaymeen menciona ainda outro requisito importante para a demanda da Jihad, que é ter a capacidade “é preciso preencher uma condição, que é, os muçulmanos devem ter a capacidade e força que lhes possibilitem a enfrentar a batalha, na ausência dessa capacidade, se conduzirão a destruição. Por esta razão Deus não permitiu aos muçulmanos, a batalharem quando estavam na cidade da Meca, porque eles eram incapazes e fracos, mas quando emigraram para a cidade Mediana e formaram o Estado islâmico e se tornaram uma força, Deus ordenou-lhes a batalha, por isso deve ser observada esta condição, e sem ela, não há obrigatoriedade para eles, de tal forma acontece em relação a todas outras obrigações, porque são funções que exigem a capacidade ”

Fases da Jihad Necessária

esta Jihad compreende três fases que exigem a ordem corrente.  
1.    O Convite: o líder muçulmano envia carta de convite a um determinado rei para este abraçar o islã. E o rei tem o livre arbítrio em aceitar ou não.
2.    O Tributo: é um sistema global desde os tempos antigos até a atualidade, simboliza a dominação ou código de apaziguamento (conciliação e acordo) e a paz. Todos os países do mundo se encontravam numa das duas posições, Estado destinatário do tributo ou Estado contribuinte. O cancelamento do tributo por parte do Estado contribuinte significava rejeição da dominação ou rompimento de acordos e preparação para conduzir guerra contra o Estado dominador. O sistema de tributo continua até hoje, e o mundo está divido de acordo com diversas  alianças, onde cada uma das grandes potências está configurando alianças internacionais com os Estados menores oferecendo-os apoio politico ou militar. Em retorno, as grandes potências, recebem benefícios financeiros e os recursos privados, como por exemplo, a concessão de exploração de porto marítimo no território nacional para o estabelecimento de base militar de um dos países das grandes potências mundiais, ou esta potência obtém os produtos de outros países como o diamante ou urânio ou ferro ou petróleo a preços baixos, ou consegue concessão especial para o investimento econômico privado, e etc., tudo isso em nome de amizade, apoio político e militar. Se por caso qualquer outro pais provocar um dos países aliados as grandes potências mundiais, estas intervêm militarmente em defesa do aliado, o que é conhecido como sistema de tributo.
O rei convidado a abraçar o islã tem o direito de recusar o convite e manter o seu poder, não pode ser atacado ou deposto por ninguém, mas é requerido para que ele pague um tributo monetário em compensação da proteção que ele goza por parte do Estado islâmico, uma vez que as fronteiras do seu território separam do Estado islâmico, e esta é a aliança vigente no mundo como mencionamos anteriormente, o que garante a eles não atacar o Estado islâmico e no caso de eles forem atacados por inimigo, os muçulmanos devem apoia-los e lutar contra o agressor.
Deve estar alertado que a aceitação de um rei para prestar um tributo não significa a liberdade para ele fazer o que quiser com seu povo, escravizando-o, oprimindo-o e impondo sua religião no povo, alias, não deve combater o islã nem seus seguidores, assim como não colocar oposição entre os defensores de muçulmanos e seu povo, mas permitir que as pessoas sejam convidadas a religião, quem quiser ou não aceitar a mensagem, dentre os judeus e os cristãos, tem todo direito de permanecer com a sua religião. Deus Todo-Poderoso diz: “E dize: A verdade emana de vosso Senhor. Então, quem quiser que creia, e quem quiser que renegue a Fé. Por certo, preparamos para os injustos um Fogo, cujo paredão de labaredas os abarcará... ”.
3.    O Combate: em caso de o rei rejeitar o convite de abraçar o islã, pagar o tributo e subjugar seu povo, daí que se pode permitir a intervenção dos muçulmanos contra ele e seus militares combatentes, salvo o povo que não tem relação com o cenário, por isso, em caso de combate não se pode matar inocentes ou violar as mulheres ou crianças ou idosos ou monges (cristãos ou judeus) ou os pacifistas de um modo geral.

Interdições da Jihad
há aspectos que impedem a Jihad Necessária.
    Incapacidade dos muçulmanos para conduzir uma batalha por conta da fraqueza militar ou redução numérica.
    Na existência de um contrato ou tratado com infiéis, deve ser cumprido, e este é o cenário atual, a maioria dos países no mundo estabelecem este tipo de  aliança com outros.
    Se houver um interesse evidente mesmo com a capacidade para conduzir uma batalha como aconteceu na batalha de Al-hudaibyah.

Objetivos da Jihad

Muitas vezes, em alguns meios de comunicação, que só transmitem o tóxico e as mentiras visando atingir determinadas agendas políticas, reportam sempre que a jihad tem o proposito de conquistar o mundo sob um governo, o que não constitui verdade e contraria a palavra de Deus que diz: “E, se teu Senhor quisesse, haveria feito dos homens uma so comunidade. Mas eles não cessam de ser discrepantes”. “Exceto os de quem teu Senhor tem misericórdia. E, por isso, Ele os criou. E a palavra de teu Senhor completar-se-á; Em verdade, encherei a Geena de jinns e de homens, de todos eles ”.
Os verdadeiros objetivos da Jihad estão evidenciados na palavra de Deus Todo-Poderoso “É permitido o combate aos que são combatidos, porque sofreram injustiça. – E, por certo, Allah, sobre seu socorro, é Onipotente”. “Esses são os que, sem razão, foram expulsos de seus lares, apenas porque disseram: Nosso Senhor é Allah. E se Allah não detivesse os homens uns pelos outros, estariam demolidos eremitérios e igrejas e sinagogas e mesquitas, em que o nome de Allah é amiúde mencionado. E, em verdade, Allah socorre a quem O socorre. Por certo, Allah é Forte, Todo-Poderoso”. “esses são os que, se os empossamos na terra, cumprem a oração e concedem az-zakah, e ordenam o conveniente e coíbem o reprovável. E de Allah é o fim de todas as determinações ”.
Assim, observamos que o objetivo da jihad é defender a verdade, a religião e combater a injustiça onde os muçulmanos, cristãos e judeus sãos os beneficiados, e não apenas os muçulmanos. Se Deus não tivesse instituído o combate contra a injustiça e a falsidade, se exterminaria a verdade e se destruiria a terra, lugares de adoração dentre Silos, Igrejas, Sinagogas e Mesquitas. E observamos, nestes versículos, os resultados da Jihad ou o que se deve fazer depois dela, por parte daqueles que detêm a verdade em relação aos da falsidade e injustiça. O versículo indica que os militantes condutores da Jihad devem observar os objetivos que tem como foco estabelecer a justa reforma e não a corrupção, estabelecer a oração sem soberba na terra, tirarem da sua fortuna a caridade ajudando os necessitados entre os pobres, são impedidos de se apossarem das propriedades das pessoas e que devem ordenar a prática do bem e coibir o mal.

O grupo alvo da Jihad

Se a Jihad consiste em defender a verdade, proclamar a palavra de Deus e proteger os fracos, então, qual é o grupo alvo? Deus deixa bem claro sobre o grupo alvo da Jihad. Deus Todo-Poderoso diz: “Allah não vos coíbe de serdes blandiciosos e equânimes para com os que não vos combateram, na religião, e não vos fizeram sair de vossos lares. Por certo, Allah ama os equânimes”. “Apenas, Allah coíbe-vos de serdes aliados aos que vos combateram, na religião vos fizeram sair de vossos lares, e auxiliaram expulsar-vos. E quem se alia a eles, esses são os injustos .
Segundo Ibn Abbas, Os politeístas representavam duas posições diante do Profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele - e dos fiéis: primeiro, eles eram idolatras combatentes de guerra, que lutavam contra os fiéis e vice-versa, e, segundo, eram idolatras compromissados por um acordo, que nenhum de ambos combatia o outro. Narrado por Bukhari. O Profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “quem assassinar um promissor em Deus e em Seu Mensageiro, não sentirá o aroma do paraíso que a fragrância pode ser detectado a uma distância de setenta anos”. Compilado por Ibn Maajah. E disse também que “quem matar uma alma promissora em Deus e em Sem Mensageiro traiu, certamente, o pacto de Deus, por isso  não sentirá o aroma do paraíso que a fragrância pode ser detectado a uma distância de setenta anos”. Narrado por Tirmidhi. E num outro dito profético disse: “Certamente, vocês conquistarão o Egito, terra denominada quilate (nome de um tipo de moeda corrente no Egito), quando conquistarem-no sejam bondosos para seus habitantes, certamente, eles são compromissados e benevolentes”. Compilado por Muslim.
Vamos agora analisar o que revelam os próprios livros dos cristãos em relação à extensão da tolerância e de não-perseguição de muçulmanos contra eles. De acordo com o "Livro de Synaxarium ”, um dos mais importantes livros da igreja copta ortodoxa, uma serie de biografia abrangente dos profetas, mártires e santos cristãos, conta a historia de Amr Ibn A`sui – que Deus tenha misericórdia dele – e do Papa Benjamin I, através do qual, podemos observar qual é o grupo alvo da Jihad e como os muçulmanos lidam com os povos, e vamos analisar, dentro da história, quem realmente perseguia os povos. “Por causa dos massacres do Império Bizantino e da perseguição dos coptas egípcios, o Papa Benjamin I, de Alexandria, e seus bispos, foram forçados a fugir para as montanhas por 13 anos, e quando os muçulmanos liderados por Amr Ibn A`sui conquistaram Egito, Amr se dirigiu a Alexandria para liberta-la dos romanos, situação que causou distúrbios e desordem na segurança. Os bandidos queimaram igrejas e mosteiros, inclusive a Igreja de São Marcos roubando toda igreja. Um marinheiro entrou na igreja e introduziu a mão na escultura de São Marcos pensando que acharia nela algum dinheiro, como não havia nada, removeu a roupa e tirou a cabeça roubando-as e as escondeu no seu navio. Já Amr quando soube da fuga do Papa Benjamin I, comunicou todas as cidades egípcias com as seguintes palavras: “O lugar onde se encontra o Papa e os cristãos coptas, deve ser assegurado, protegido e tratado com a paz, que ele se apresente seguro e tranquilamente para gerir suas igrejas e seus seguidores. Depois de o Papa Benjamin I ter passado treze anos em fuga, foi chamado e recebido com grande honra por Amr, bem como este, ordenou que ele tomasse o posse de suas igrejas e propriedade”. Como Amr e seu exercito, inadvertidamente, quiseram deixar Alexandria, indo para outras cinco cidades, um dos navios parou e não se moveu do lugar, então o exército de Amr vou interrogar o capitão e fiscalizar o navio. Eles deflagraram a cabeça de São Marcos, chamaram o Papa Benjamin I e foi entregue a cabeça. Ele, os padres e as pessoas saíram felizes cantando até chegarem a igreja".

Subsequência da regra de Jihad, da interdição a obrigação

1.    A interdição do combate: a Jihad (batalha) foi proibida para os muçulmanos no começo da pregação do islã. Deus diz: “Não viste, Muhammad, aqueles aos quais foi dito: detende vossas mãos e cumpri a oração concedei a az-zakah ... ”.
2.    A autorização do combate: a Jihad (batalha) foi autorizado aos muçulmanos quando os idolatras começaram a oprimir os muçulmanos e obrigaram a abandonar seus lares. Deus diz: “É permitido o combate aos que são combatidos, porque sofreram injustiça. – E, por certo, Allah, sobre seu socorro, é Onipotente”. “Esses são os que, sem razão, foram expulsos de seus lares, apenas porque disseram: Nosso Senhor é Allah. E se Allah não detivesse os homens uns pelos outros, estariam demolidos eremitérios e igrejas e sinagogas e mesquitas, em que o nome de Allah é amiúde mencionado. E, em verdade, Allah socorre a quem O socorre. Por certo, Allah é Forte, Todo-Poderoso”. “esses são os que, se os empossamos na terra, cumprem a oração e concedem az-zakah, e ordenam o conveniente e coíbem o reprovável. E de Allah é o fim de todas as determinações ”
3.    A defesa: o comando para o combate acontece se por caso os idolatras iniciarem ataque contra os muçulmanos. Deus Todo-Poderoso diz: “E combatei, no caminho de Allah, os que vos combatem, e não cometais agressão. Por certo, Allah não ama os agressores ”.
4.    A ordem para o combate: quando o islã começou a ser pregado, as pessoas começaram a entrar no islã em massa, cresceu o numero dos inimigos do islã, dentre os países vizinhos que se sentiam ameaçados. Deus ordenou os muçulmanos a conjugarem esforços para expandir e divulgar a mensagem da unicidade em Deus para todos os povos, convidar os reis e os governantes a abraçarem o islã, com o objetivo de enaltecer a palavra da unicidade, estabelecer a justiça e não visavam a expansão territorial, dominação, influência, colonização, soberba na face da terra e nem a vingança que resulta em destruição. Deus Todo-Poderoso diz: “E não sejais como os que saíram de seus lares, com arrogância e ostentação, para serem vistos pelos outros, e afastaram os demais do caminho de Allah. E Allah está, sempre, abarcando o que fazem ”.
O Alcorão revela a perseguição dos idolatras contra os crentes cristãos, antes do advento do Islã e Deus imortaliza a história de sua perseguição no Alcorão  para mostrar que o verdadeiro objetivo é revogar a injustiça contra os crentes, sejam eles cristãos, judeus ou muçulmanos. Deus Todo-Poderoso diz: “Que morram os companheiros do fosso”. “do fogo, cheio de combustível”. “Quando estavam sentados a seu redor”. “E eram testemunhas do que faziam com os crentes”. “E não os censuravam senão por crerem em Allah, O Todo-Poderoso, O Louvável ”.
Estes versos foram revelados no Alcorão para imortalizar a historia de pessoas crentes entre os cristãos do Iêmen, antes do advento do islã, eram torturados pelos seus povos por conta da fé deles em Deus. Escavaram um grande fosso e atearam fogo, em seguida propuseram duas opções aos crentes cristãos: renegar a fé ou ser queimado. Eles preferiram permanecer firme na fé e por isso foram queimados. O povo se sentou ao lado para assisti-los queimando.

Regras da Jihad no islã

A Jihad no Islã tem suas regras e etiqueta que transcende a injustiça, a tirania e a violência. Nenhum inimigo pode ser morto exceto os que participam ou apoiam o combate, sendo que é proibido a matança de idosos, crianças, mulheres, doentes, zeladores dos doentes, feridos e prisioneiros, assim como é proibido matar àqueles que se dedicam integralmente a adoração. É proibido acabar com a vida de feridos de guerra, perseguir os fugitivos, matar os animais, destruir casas, destruir casas de adoração, não sujar agua e poços, não cortar e nem queimar arvores, e etc.
Estas foram as orientações do Profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele - e de seus sucessores que travaram batalhas. Abu Bakr – que Deus esteja satisfeito com ele – primeiro califa do Profeta, deu os seguintes conselhos: “Atenção, eu vos aconselho dez coisas, memorizem de mim: não traiam; não exagerem; não enganem; não finjam; não matem crianças; não matem idoso; não matem mulher; não arranquem e nem queimem arvore; não cortem arvore frutífera; não degolem ovelha e nem vaca e nem camelo senão para o consumo, vocês passarão por povos que abandonavam as trincheiras, não mexem com eles ”.
Em relação aos presos de guerras, o islã concede-os direitos: proíbe tortura-los, humilha-los, aterroriza-los ou submete-los a fome causando-lhe a morte, mas devem ser respeitados e tratados de boa maneira em cumprimento da palavra de Deus Todo-Poderoso: “E cedem o alimento – embora a ele apegados – a um necessitado e a um orfao e a um cativo”. “dizendo: apenas alimentamo-vos por amor de Allah. Não desejamos de vós nem recompensa nem agradecimento ”.
E o Estado islâmico tem o direito de lidar com os prisioneiros de guerra, conforme o interesse público e as convenções internacionais. Ou eles são liberados sem redenção ou pagam fiança pela sua libertação, ou são trocados com prisioneiros de muçulmanos. Deus Todo-Poderoso diz: “...até quando os dizimardes, então, acorrentai-os firmemente. Depois, ou fazer-lhes mercê, ou aceitar-lhes resgate, até que a guerra deponha seus fardos ”.
Em relação ao resto da população não muçulmana, dentro de um país que entrou o islã, a religião proíbe veementemente violar seus direitos ou oprimi-las de qualquer das formas. O profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele -  disse: “quem assassinar um promissor  em Deus e em Seu Mensageiro, não sentirá o aroma do paraíso que a fragrância pode ser detectado a uma distância de setenta anos”. Compilado por Ibn Maajah.
O islã proíbe abusar da honra da população não muçulmana ou despreza-la ou subjuga-la ou injuria-la ou persegui-la. Segundo o profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele -  “Ai daquele que for injusto para com um promissor ou subjuga-lo ou incumbi-lo acima de suas capacidades ou tirar dele algo sem seu consentimento, eu serei uma barreira contra ele (o agressor) no Dia de Juízo Final”. Compilado por Abu Dawoud.
O profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – aconselhava seus companheiros que conquistavam novas terras para que tratassem bem as pessoas e pautassem a melhor conduta. Ele disse: “Certamente, vocês conquistarão o Egito, terra denominada quilate (nome de um tipo de moeda corrente no Egito), quando conquistarem-no sejam bondosos para seus habitantes, certamente, eles são compromissados e benevolentes”. Compilado por Muslim.
Uma das evidencias da efetivação dos conselhos do profeta Muhammad é a promessa feita por Omar Ibn Al-Khattab quando conquistou a Jerusalém, para os habitantes ele disse: “Em nome de Deus, O Clemente, O Misericordioso. O servo de Deus, Omar Ibn Al-Khattab, califa dos crentes, concedeu a segurança e tranquilidade aos habitantes de Jerusalém, a suas propriedades, igrejas e crucifixos. Nunca serão obrigados a renegar sua religião e nenhum deles será prejudicado...”.
Será que na historia houve algo semelhante, de justiça e tolerância por parte de um conquistador sobre seus dominados? Sabendo que Omar poderia impor condições que quisesse sobre eles. Mas o que estava em jogo era a justiça e a pregação da palavra de Deus, o amor para com as pessoas, o que fica evidente de que a Jihad no islã nunca teve objetivos e interesses mundanos.

Será que toda guerra protagonizada por muçulmanos é Jihad

É necessário salientar que não é toda guerra conduzida por um país islâmico é considerada Jihad e nem todo muçulmano em combate é categoricamente sacrificado em nome da religião, porque a Jihad tem regras e nós, muçulmanos, diferenciamos as terminologias “Jihad” e “guerra”, mas muitos meios de comunicação social tentam na modernidade, denegrir a imagem do islã fazendo uso da palavra “Jihad” visando, sobretudo, objetivos políticos focalizados. Quando é um conflito militar entre cristãos, eles dizem “há guerra entre país X e país Y” e nunca relacionam a guerra com a religião dos guerrilheiros, em contrapartida, quando uma parte é constituída por muçulmanos, a mídia passa o seguinte “os muçulmanos extremistas jihadistas declararam guerra santa contra os cristãos”. A questão que colocamos é: o que levou a mídia em denominar esta guerra por “Jihad” e de seus combatentes por “jihadistas”? para que a mídia pudesse saber se é uma guerra da Jihad deveria analisar os objetivos da Jihad, a ética da Jihad e seus requisitos diante desses guerrilheiros e até que nível eles respeitam e implementam esses princípios durante a guerra. No entanto, é preciso saber que existe uma serie de normas politicas que regem o mundo assim como as relações internacionais entre os países longe do chamado Jihad, que são as guerras de interesses. A título de exemplo:
1.    A Guerra da Crimeia em 1853 entre o Império Russo e o Império Otomano. A Grã-Bretanha e a França entraram na guerra contra os russos, em apoio de seu aliado, o Império Otomano. Isto foi, naturalmente, por razões políticas e, não por motivos religiosos, porém, tanto a Rússia, a Inglaterra como a França são países cristãos, enquanto o Estado turco, é um país muçulmano.
2.    Grécia tornou-se independente em 1854, que estava sob o domínio otomano, durante esse período, houve guerra na Criméia entre os russos e os turcos. A Grécia conduziu a revolução de Epirus para expulsar os turcos. A França e a Grã-Bretanha conduziram a revolução, cercaram os principais portos da Grécia, impediram que fossem pontos de abastecimento e supriram os participantes da revolução para que a Grécia permanecesse sob governo turco, que é um pais muçulmano.

A guerra santa

Será que a Jihad no islã é sinônimo de guerra santa, da qual, as pessoas obrigadas a se reverterem ao islã, demolidas suas igrejas e templos?
A resposta é, obviamente, não, porque o Alcorão instituiu claramente a proibição de impor o islã sobre as pessoas e obriga-las a abandonar suas crenças. Deus Todo-Poderoso diz: “Não há compulsão na religião! Com efeito, distingue-se a retidão da depravação ”.
A Jihad no islã consiste em divulgação a palavra de Deus para as pessoas e não obriga-las a seguirem, de acordo com a palavra de Deus “Então, se se islamizarem, com efeito, guiar-se-ão; e, se voltarem as costas, impender-te-á, apenas a transmissão da mensagem. E Allah, dos servos, é Onividente ”.
A razão para a proibição de compulsão no islã, é que a orientação para a religião da verdade e do conhecimento, e para sua convicção representam uma concessão do Senhor, é exclusivo à Deus para com Seus servos e nunca é alcançada pela imposição e coerção, de acordo a palavra de Deus Todo-Poderoso: “Não te impende, Muhammad, guia-los para o bom caminho, mas Allah guia a quem quer ”.
É extremamente proibido obrigar os não muçulmanos, dentre os judeus e cristãos, a seguirem o islã e caso aconteça, a reversão é invalida, porque um dos requisitos para abraçar o islã é o livre arbítrio e a espontânea vontade, e não pela força ou compulsão. E  alguém pode afirmar, que nós vemos as notícia televisivas sobre ataques contra igrejas num país em guerra. Para tal, respondemos o seguinte: a noticia pode ser ou não verídica, e se for verídica, igualmente, quantas mesquitas foram destruídas nesse mesmo país em guerra? Se uma pessoa afirmar que cristãos estão sendo mortos, dizemos que também os muçulmanos estão sendo exterminados no mesmo espaço. Quando se fala de um país em guerra violenta, é natural que se fale de tais coisas que nada têm que ver com o Islã e seus ensinamentos. Estes atos não são Jihad nunca. É que a incoerência de classifica-los como Jihad justifica-se pelo fato de as pessoas terem migrado, massacradas e destruídos os lugares de culto, práticas condenadas pela Jihad.

A diferença entre Jihad e guerra

A diferença entre Jihad e guerra fica mais bem evidente quando aprofundamos a discussão de algumas guerras registradas pela historia. Que são:
•    Alexandre, o Grande : ganhou respeito pelos povos e nações do mundo, por ser uma figura influente no globo, conduziu muitas batalhas, a fim de expandir o seu reino, até que atingiu os limites do império grego a Índia.
•    Genghis Khan: fundador do maior império do mundo que se estendia da China após sua morte, até Polónia Europa Oriental, tem muitas estátuas em vários países e ganhou respeito de muitos povos do mundo.
•    Hitler: destruiu a Europa, até anexar as fronteiras de muitos países europeus ao seu império.
•    Império Britânico (império que o sol nunca se põe): colônias se estendiam desde o Extremo Oriente até o extremo oeste e por isso foi denominado por império onde o sol nunca se põe.
•    As colônias Francesas, Espanhóis, Portuguesas, Italianas e Japonesas: se estendiam de leste a oeste para expandir seu poder e influência.
Em suma: a participação desses imperadores nas guerras e todos os conflitos conduzidos por eles objetivavam a exploração de riquezas, colonização de outros países, expansão de poder e influência no mundo. Eles visavam, também, a destruir de civilizações, massacres, escravidão de povos causando milhares de vítimas mortais. Estes são os registros que a história nos revela. Genghis Khan é considerado o herói nacional em seu país, mas em contraste, ele e o seu neto Hulagu, são considerados pelos países que haviam ocupados, como criminosos de guerra, que esmagaram as pessoas, causaram estragos e destruições. Relativamente a Hulagu, destruiu a chamada “casa da sabedoria”, livros científicos e inestimáveis manuscritos. Com base nisso, e já conhecendo a diferença entre essas guerras e a Jihad, devemos comparar os objetivos dessas guerras, suas consequências, sua moralidade com os regulamentos da Jihad, em epígrafe. Por tanto, a Jihad acabou com a tirania, protegeu os civis muçulmanos e não muçulmanos.

A Jihad na Bíblia

Antes de mencionar alguns textos do Antigo Testamento sobre a Jihad, vamos recapitular as palavras de Paulo no Novo Testamento, onde elogiou a Jihad mencionada no Antigo Testamento, e louvou muito, por tudo que foi feito durante as guerras contra os civis desarmados.
“Pela fé, ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete dias”. “Pela fé, Raabe, a meretriz, não foi destruída com os desobedientes, porque acolheu com paz aos espias”. “E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas”. “os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões”. “extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros”. Hebreus cap. 11. V, 30/34.
Vamos então, abordar os acontecimentos apresentados no Velho Testamento, depois da queda dos muros de Jericó, situação mencionada e elogiada bastante por Paulo na sua Carta.
“E sucedeu que, na sétima vez, quando os sacerdotes tocavam as trombetas, disse Josué ao povo: Gritai, porque o SENHOR vos entregou a cidade”. “Porém a cidade será condenada, ela e tudo quanto nela houver; somente viverá Raabe, a prostituta, e todos os que estiverem com ela em casa, porquanto escondeu os mensageiros que enviamos”. “Tão-somente guardai-vos das coisas condenadas, para que, tendo-as vós condenado, não as tomeis; e assim torneis maldito o arraial de Israel e o confundais”. “Porém toda prata, e ouro, e utensílios de bronze e de ferro são consagrados ao SENHOR; irão para o seu tesouro”. “Gritou, pois, o povo, e os sacerdotes tocaram as trombetas. Tendo ouvido o povo o sonido da trombeta e levantado grande grito, ruíram as muralhas, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e a tomaram”. “Tudo quanto na cidade havia destruíram totalmente a fio de espada, tanto homens como mulheres, tanto meninos como velhos, também bois, ovelhas e jumentos”. “Então, disse Josué aos dois homens que espiaram a terra: Entrai na casa da mulher prostituta e tirai-a de lá com tudo quanto tiver, como lhe jurastes”. “Então, entraram os jovens, os espias, e tiraram Raabe, e seu pai, e sua mãe, e seus irmãos, e tudo quanto tinha; tiraram também toda a sua parentela e os acamparam fora do arraial de Israel”. “Porém a cidade e tudo quanto havia nela, queimaram-no; tão-somente a prata, o ouro e os utensílios de bronze e de ferro deram para o tesouro da Casa do SENHOR”. Josué. Cap, 6. V, 16/24.
Não se limitaram em matar apenas todo que tivesse espírito, dentre homens, mulheres, crianças e até animais, mas também queimaram toda a cidade.
Segundo I Samuel Cap. 15. V, 3. “Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, e nada lhe poupes; porém matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos”.
Oséias. Cap, 13. V, 16. Lê-se “Samaria levará sobre si a sua culpa, porque se rebelou contra o seu Deus; cairá à espada, seus filhos serão despedaçados, e as suas mulheres grávidas serão abertas pelo meio”.
E no evangelho de Isaías Cap, 13. V, 15/16, lemos “Quem for achado será traspassado; e aquele que for apanhado cairá à espada”. “Suas crianças serão esmagadas perante eles; a sua casa será saqueada, e sua mulher, violada”.
II Samuel. Cap, 4. V, 12 “Deu Davi ordem aos seus moços; eles, pois, os mataram e, tendo-lhes cortado as mãos e os pés, os penduraram junto ao açude em Hebrom; tomaram, porém, a cabeça de Isbosete, e a enterraram na sepultura de Abner, em Hebrom”.

 

 

 

 

 

 
Capitulo VII
O extremismo entre a Lei islâmica e a Lei positiva

•    A Lei islâmica e o combate contra o extremismo
•    O  monasticismo no cristianismo
1.    O celibato é melhor que o matrimonio
2.    A eternidade matrimonial
3.    A decapitação
•    O islã e o combate contra a escravidão
•    O sistema da escravidão na Bíblia dos judeus e cristãos
•    O islã e o combate contra a descriminação
•    A Lei islâmica, a permissão do gozo mundano e a promoção para sua edificação.

 

 

 

 

 
A Lei islâmica e o combate contra o extremismo

Deus Todo-Poderoso enviou o Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – e lhe revelou a Lei misericordiosa para a humanidade. Deus Todo-Poderoso diz: “E não te enviamos senão como misericórdia para os mundos ”.
Misericórdia para todos os aspectos da vida. Misericórdia para seus corações e espíritos que anteriormente adoravam ídolos que não lhes proporcionavam benefícios ou malefícios e tomavam criaturas como deus, no entanto, Muhammad orientou-os a adoração em único Deus sem parceiros. Representa misericórdia para seus corpos porque  privou-lhes de comida e bebida que causam danos. Deus Todo-Poderoso diz: “Dize: Não encontro, no que se me revelou, nada de proibido para quem queira alimentar-se, a não ser que seja animal encontrado morto, ou sangue fluido, ou carne de porco – pois é, por certo, abominação – ou perversidade: o animal imolado com a invocação de outro nome que Allah. E aquele que é impelido a alimentar-se disso, não sendo transgressor nem agressor, por certo, teu Senhor é Perdoador, Misericordiador ”.
E misericórdia para eles nas questões econômicas, porque lhes privou da fortuna tomada injustamente, interditou qualquer renda proveniente de trapaça e consumo de riqueza das pessoas ilegalmente. Deus Todo-Poderoso diz: “E não devoreis, ilicitamente, vossas riquezas, entre vós, e não as entregueis, em suborno, aos juízes, para devorardes, pecaminosamente, parte das riquezas das pessoas, enquanto sabeis ”.
Estabeleceu sistemas para que eles possam gerir a vida dentro de um padrão que coaduna com a natureza humana, sem intransigência e nem negligência. Deus Todo-Poderoso diz: “Da religião, Ele legislou, para vós, o que recomendara a Noé, e o que te revelamos, e o que recomendáramos a Abraão e a Moises e a Jesus: Observai a religião e, nela, não vos separeis. É grave para os idolatras aquilo a que os convocas. Allah atrai, para Ele, quem Ele quer, e guia, para Ele, quem se Lhe volta contrito ”.
Deus enviou o Muhammad com a legislação da misericórdia. Deus Todo-Poderoso diz: “E, por uma misericórdia de Allah, tu, Muhammad, te tornaste dócil para eles, e, se houvesses sido ríspido e duro de coração, eles se haveriam debandado de teu redor. Então, indulta-os e implora perdão para eles e consulta-os sobre a decisão. E, se decidires algo, confia em Allah. Por certo, Allah ama os confiantes nEle ”.
Deus o enviou com a Lei da bondade e gentileza. Deus parabeniza o Muhammad como Seu mensageiro para a humanidade dizendo: “Com efeito, um Mensageiro vindo de vós chegou-vos; é-lhe penoso o que vos embaraça; é zeloso de guiar-vos, é compassivo e misericordiador para com os crentes ”.
Das qualidades desta Lei, a tolerância e a conveniência, o que não significa ausência de dificuldades. Deus: “Allah não impõe a alma alguma senão o que é de sua capacidade. A ela, o que logrou de bom e, contra ela, o que cometeu de mau ”.
Segundo o Profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “Se algo vos proibi, então, abstenham-se, e se algo vos ordenei, cumpram dentro da vossa capacidade”. Compilado por Bukhari. Aisha, esposa do profeta, mãe dos crentes – que Deus esteja satisfeito com ela – relata sobre ele: “Quando o Mensageiro de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – lhe fosse colocado duas opções a disposição, optava pela mais fácil. Sobretudo, quando não se tratasse de opção pecaminosa, e em caso de pecado, ele era a pessoa que mais se abstinha”. Compilado por Muslim.
Deus o enviou com a Lei que condena todas as formas de extremismo e fanatismo, o que é evidenciado pelos códigos legislativos que admoestam contra a compulsão na religião, tal como procederam as religiões anteriores. Deus Todo-Poderoso diz: “Dize: ó seguidores do Livro! Não vos excedais, inveridicamente, em vossa religião, e não sigais as paixões de um povo que, com efeito, se descaminhou, antes, e descaminhou a muitos, e se tem descaminhado do caminho certo ”.
•    Por tanto, Deus proibiu o extremismo e o fanatismo na religião. E o Mensageiro de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse, advertidamente: “Cuidado com o extremismo na religião, certamente, os povos que vos precederam, foram destruídos por causa do extremismo”. Compilado por Ahmad, Al-Nassái e Ibn Maajah.
•    O Profeta proibiu ainda o extremismo na adoração. Anas Ibn Málik - que Deus esteja satisfeito com ele - relatou que três homens foram à casa do Profeta – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – inquerindo pelos atos dele quanto ao culto. E, uma vez informados, aquilo lhes pareceu insuficiente, e disseram: “Não estamos em condição de compararmo-nos ao Profeta, pois que lhe foram perdoadas as faltas, tanto anteriores como posteriores.” Um deles disse: “O que farei será levantar-me durante a noite, em oração, durante toda a vida.” O segundo disse: “E eu jejuarei durante o dia pelo resto da minha vida.” O terceiro disse: “Eu privar-me-ei de relacionar-me com as mulheres, e jamais me casarei.” Mais tarde, o Mensageiro de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “Foram vocês que disseram isto e aquilo? Se for assim, juro por Deus que sou o que mais teme a Deus e o mais devoto; mesmo assim, observo o jejum e o quebro (nos dias em que o jejum não é obrigatório), e me levanto para orar à noite, mas também me deito, e também me caso com as mulheres. Então, quem se recusar a seguir o meu exemplo não será dos meus”. Compilado por Bukhari.
•    Proibiu, igualmente, a intransigência nas relações sociais. O Mensageiro de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “Certamente, a religião é facilidade, e qualquer fanático, será derrotado”.
•    Proibiu a intransigência e o extremismo quanto à pregação do islã. Ele disse: “Entregai as boas noticias e sede moderados; facilitai e não dificulteis”. Compilado por Muslim.

O monasticismo no cristianismo

Segundo I Coríntios, Cap. 7. V, 1 e 8: “Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher”; “E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo”. Quer dizer - solteiros.
São, obviamente, ensinamentos de próprio Paulo e não de Jesus – que a paz de Deus esteja com ele – porque contrariam a natureza humana da criação divina, aliás, o matrimonio é uma das tradições dos profetas de Deus. Deus Todo-Poderoso diz: “E, com efeito, enviamos Mensageiros antes de ti, e fizemo-lhes mulheres e descendência. E não é admissível que um Mensageiro chegue com um sinal senão com a permissão de Allah. Para cada termo há uma prescrição ”.
Será que as sociedades civilizadas concordam com o discurso do celibato e a não procriação que resultará na eliminação da raça humana? Será que Deus quer o nosso finado ou quer que edifiquemos e desenvolvemos o mundo? Está visão contraria a ordem divina, quando Deus diz: “E Ele é Quem vos fez sucessores, na terra, e elevou, em escalões, alguns de vós acima de outros, para pôr-vos à prova, com o que vos concedeu. Por certo, teu Senhor é Destro na punição e, por certo, Ele é Perdoador, Misericordiador ”.
Quando invocamos as pessoas a aderir o celibato, nós acabamos causando colisão no instinto interno delas. Evidentemente, é uma concupiscência humana, como a necessidade de comer e beber.  A Lei islâmica estabeleceu um sistema legal que perpassa pelo casamento para a construção de amor, compaixão e estabilidade psicológica para ambos os cônjuges e ao alcance do desenvolvimento humano. Deus Todo-Poderoso diz: “E, dentre Seus sinais, está que Ele criou, para vós, mulheres, de vós mesmos, para vos tranquilizardes junto delas, e fez, entre vós, afeição e misericórdia. Por certo, há nisso sinais para um povo que reflete ”.
O profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – ordenava e promovia o casamento, proibindo veementemente o celibato. Ele dizia “Casai com as amorosas, as férteis, certamente, dentre os profetas, virei com mais multidão no Dia do Juízo Final”. Compilado por Ibn Habban, Abu Dawoud, e confirmado por Al-Albani. 1789.
O Profeta incentivou o casamente principalmente a juventude, por conta da intensidade do instinto sexual nela, desta forma, ele cortou as possibilidades da formicação. E disse “Ó jovens, quem de vocês tiver a capacidade de sustentar uma esposa, deve casar, pois isso é o melhor para preservar o olhar e a castidade. Quem não puder, deve jejuar que lhe será proteção (contra o adultério)”. Compilado por Bukhari e Muslim.
Mais do que isto, tornou o acasalamento como meio para aquisição de recompensa e parte de caridade.  O profeta – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “E a relação sexual do indivíduo é uma caridade também.” Disseram-lhe: “Ó Mensageiro de Deus, o fato de que um satisfaça o seu desejo, isso também é merecedor de recompensa?” Respondeu o Profeta: “Porventura, se o tivesse satisfeito de modo ilícito, não teria cometido uma falta? Desse mesmo modo, será recompensado quando o satisfizer de modo lícito”. Compilado por Muslim.

A eternidade matrimonial

Segundo o Evangelho de Mateus Cap, 5. V. 31/32. “Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio”. “Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério”
Será que as sociedades civilizadas aprovam a inadmissibilidade do divórcio ou maior parte dos países desenvolvidos apresentam as maiores taxas de divórcio? Será que os cristãos seguem estes ensinamentos ou os consideram fanáticas e intransigentes? A realidade prática é que existem muitas mulheres que não mais conseguem continuar com o matrimonio e a continuidade delas implica prejuízos que a única solução deve ser o divorcio. Por outro lado, lemos nas manchetes, casos de mulheres que matam seus maridos cristãos, como único meio para se livrarem deles, uma vez que ela está desprovida do direito de divórcio. Enquanto o islã permitiu o divórcio facilitando a vida de cônjuge, em casos de esgotamento de condições da manutenção do casamento. A separação acontece de maneira normal e civilizada, ambos os divorciados podem se casar novamente, caso desejarem. Deus Todo-Poderoso diz: “Retende-as, convenientemente, ou separai-vos delas, convenientemente ”.
Nesta matéria, todas as nações civilizadas têm acomodado a Lei islâmica, permitindo  legalmente o divórcio civil longe da igreja, que rejeita o divórcio.

A decapitação

A decapitação de cabeça do inimigo e a exposição de seu corpo é uma prática proibida pelo islã e adverte quem comete. Uquba relata que Amr Ibn Al-Ássui e Churahabil Ibn Hassanah enviaram um mensageiro com a cabeça de Yanaque da Siria para Abu Bakr e este repreendeu-o, disse Uquba, ó amir de Mensageiro de Deus, eles nos decapitam. Abu Bakr respondeu: minhas condolências ou condolências para Pérsia e Roma, não me apresentem senão notas e noticias. Compilado por Ibn Hajar Al-Ascalani.
Na modernidade, alguns apresentadores de programas de informação dos meios de comunicação social, sempre associam os muçulmanos a prática de decapitações. Mas se esses apresentadores tivessem lido a historia, encontrariam o contrario do que eles afirmam. Logicamente houve atos de decapitação nesses países até há poucos tempos, por exemplo, ao lado do muro da igreja de Milano tem uma estatua de um cavaleiro, segurando na sua mão uma enorme espada e cabeça de homem. Alguma vez vimos este tipo de arte nos muros das mesquitas? No entanto, o que alguns muçulmanos praticam, como decapitações são crimes individuais e casos isolados que não tem que ver com a Lei islâmica e nem ligados a religião. Deus Todo-Poderoso diz: “E, se punis o inimigo, puni-o de igual modo, com que fostes punidos. E, em verdade, se pacientais, isso é melhor para os perseverantes ”.

O islã e o combate contra a escravidão

O islã combate contra todas as formas do sistema escravocrata. Ordenou o abolicionismo, instituiu pagamento e recompensa para quem libertar um escravo, tornou uma das práticas simbólicas que conduz o libertador ao Paraíso. O profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “Quem liberar um escravo, Deus libera cada membro (do corpo) do libertador do fogo infernal, correspondente a cada membro do escravo, o que levará a liberação total (do fogo)”. Compilado por Muslim.
Mas o Islã não proibiu duma só vez o sistema de escravidão, para não entrar em colisão grave com a prática corrente na época.  Era um sistema global, todos os países lidavam com esse sistema econômico e financeiro presente em “todas” as sociedades. Por outro lado, não vimos Jesus Cristo proibindo o sistema de escravidão, mas o islã interditou todas as formas de escravidão aplicadas por ser humano, exceto uma das formas, que é, quando se trata de presos de guerra, mas ainda com a autorização do líder dos muçulmanos. Em todo caso, o islã, estreitou as fontes da prática de escravidão e ampliou as formas de libertação tornando-as medidas para a expiação de pecados. Como por exemplo:
•    O homicídio culposo: Deus Todo-Poderoso diz: “E quem mata um crente por engano, então, que ele se alforrie um escravo crente e entregue indenização a sua família a menos que esta a dispense, por caridade. E, se a vítima é de um povo inimigo de vós, e é crente, que se alforrie um escravo crente. E, se é de um povo, entre o qual e vós exista aliança, que se entregue à sua família indenização e se alforrie um escravo crente ”.
•    O perjúrio: Deus Todo-Poderoso diz: “Allah não vos culpa pela frivolidade em vossos juramentos, mas vos culpa pelos julgamentos intencionais não cumpridos. Então, sua expiação é alimentar dez necessitados, no meio-termo com que alimentais vossas famílias; ou vesti-los ou alforriar um escravo. E quem não encontra recursos, deve jejuar três dias. Essa é a expiação de vossos juramentos, quando perjurardes. E custodiai vossos juramentos. Assim, Allah torna evidentes, para vós, Seus sinais, para serdes agradecidos ”.
•    Repudiar a mulher através de Zihar : “E aqueles que repudiam suas mulheres com az-zihar, em seguida voltaram atrás no que disseram, então, que alforriem um escravo, antes que ambos se toquem ”.
•    Ato sexual no pleno dia de jejum no mês de ramadã: Abu Hurairah – que Deus esteja satisfeito com ele – narrou que um homem praticou ato sexual com a esposa no pleno dia de jejum do mês do ramadã, e foi consultar o Profeta de Deus, este disse: “você poderia achar um escravo (para libertar)?” o homem disse: “Não”, o Profeta perguntou: “você consegue jejuar 60 dias?”, o homem respondeu: “não”. O Profeta disse: “alimente 60 necessitados”. Compilado por Muslim.
•    A expiação de pecados por violentar escravo. O Profeta – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “quem violentar fisicamente seu escravo (cometeu pecado) que para sua expiação deve liberta-lo”. Compilado por Muslim
E reiterando ainda o esforço do islã no combate contra a escravidão, o seguinte:
1.    Escritura: uma espécie de contrato entre o servo e o seu senhor, onde deve se estipular um determinado valor que este deve ressarcir ao senhor para ganhar sua liberdade. Alguns teólogos determinam a obrigatoriedade da escritura caso o escravo faça alguma solicitação. Eles defendem esta regra com base na palavra de Deus, onde diz: “E àqueles de vossos escravos, que buscam a alforria, mediante pagamento de uma soma, então, ajudai-os, se reconheceis neles algum bem. E concedei-lhes das riquezas de Allah, que Ele vos concedeu ”.
2.    Do processo de escravidão, instituiu a caridade que consiste em libertar todos os escravos, de acordo com a palavra de Deus Todo-Poderoso: “As sadaqats, as ajudas caridosas, são, apenas, para os pobres e os necessitados e os encarregados de arrecada-las e aqueles, cujos corações estão prestes a harmonizar-se com o islã e os escravos, para se alforriarem, e os endividados e os combatentes no caminho de Allah e o filho do caminho, o viajante em dificuldades, é preceito de Allah. E Allah é Onisciente, Sábio ”.

O sistema da escravidão na Bíblia dos judeus e cristãos

Segundo Deuteronômio. Cap, 20. V, 10/16. “Quando te aproximares de alguma cidade para pelejar contra ela, oferecer-lhe-ás a paz”. “Se a sua resposta é de paz, e te abrir as portas, todo o povo que nela se achar será sujeito a trabalhos forçados e te servirá”. “Porém, se ela não fizer paz contigo, mas te fizer guerra, então, a sitiarás”. “E o SENHOR, teu Deus, a dará na tua mão; e todos os do sexo masculino que houver nela passarás a fio de espada”. “mas as mulheres, e as crianças, e os animais, e tudo o que houver na cidade, todo o seu despojo, tomarás para ti; e desfrutarás o despojo dos inimigos que o SENHOR, teu Deus, te deu”. “Assim farás a todas as cidades que estiverem mui longe de ti, que não forem das cidades destes povos”. “Porém, das cidades destas nações que o SENHOR, teu Deus, te dá em herança, não deixarás com vida tudo o que tem fôlego”.
E segundo Êxodo. Cap, 21. V, 7/8. “Se um homem vender sua filha para ser escrava, esta não lhe sairá como saem os escravos”. “Se ela não agradar ao seu senhor, que se comprometeu a desposá-la, ele terá de permitir-lhe o resgate; não poderá vendê-la a um povo estranho, pois será isso deslealdade para com ela”.
Ainda segundo Êxodo. Cap, 21. V, 5/6. “Porém, se o escravo expressamente disser: Eu amo meu senhor, minha mulher e meus filhos, não quero sair forro”. “Então, o seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta ou à ombreira, e o seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre”.
Continuando segundo Êxodo. Cap, 22. V, 1/3. “Se alguém furtar boi ou ovelha e o abater ou vender, por um boi pagará cinco bois, e quatro ovelhas por uma ovelha”. “Se um ladrão for achado arrombando uma casa e, sendo ferido, morrer, quem o feriu não será culpado do sangue”. “Se, porém, já havia sol quando tal se deu, quem o feriu será culpado do sangue; neste caso, o ladrão fará restituição total. Se não tiver com que pagar, será vendido por seu furto”. Em seguida vamos ler o que afirma Evangelho de Mateus a respeito de Jesus – que a paz de Deus esteja com ele.

O islã e o combate contra a descriminação

O Isla aboliu todas as formas de discriminação entre os seres humanos através de legislação que condena o racismo, a hierarquização e divisão étnica entre os indivíduos e, estabeleceu a diferença baseada em níveis de proximidade ou longitude no cumprimento da Lei de Deus. Deus Todo-Poderoso diz: “Ó humanos! Por certo, nós vos criamos de um varão e de uma varoa, e vos fizemos como nações e tribos, para que vos conheçais uns aos outros. Por certo, o mais honrado de vós, perante Allah é o mais piedoso. Por certo, Allah é Onisciente, Conhecedor ”.
O profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “Ó humanos, certamente vosso Senhor é somente Um, vosso pai é um só, não há superioridade de árabe ao não árabe, nem de não árabe ao árabe, nem de vermelho ao negro ou de negro ao vermelho, exceto quem tem temor a Deus, certamente, o mais honrado dentre vós é quem teme a Deus. Será fiz chegar a mensagem? Responderam: Sim, ó Profeta de Deus. E este disse: que o presente transmita ao ausente”.
Em relação à Bíblia, encontramos nela as seguintes referencias:
No Evangelho de Mateus. Cap, 15. V, 24, lê-se. “Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel”. “Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me!”. “Então, ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”. “Ela, contudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos”. “Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã”.
Este texto responde franca e duramente àqueles que alegam que Jesus – que a paz esteja com ele – veio para salvar o mundo através da cruz, da redenção e etc. ele afirma claramente, que não fui enviado a ti e nem te conheço, mas sim fui enviado somente ao povo judeu!
Segundo Deuteronômio. Cap, 23. V, 19/20. “A teu irmão não emprestarás com juros, seja dinheiro, seja comida ou qualquer coisa que é costume se emprestar com juros”. “Ao estrangeiro emprestarás com juros, porém a teu irmão não emprestarás com juros, para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em todos os teus empreendimentos na terra a qual passas a possuir”.

A Lei islâmica e sua permissão ao deleite mundano

A vestimenta e higiene:
A Lei islâmica ordena ao muçulmano para que esteja belo em todos os momentos, tanto sua vestimenta, aparência, odor como nas palavras, de acordo com dito profético: “Certamente, Deus é Belo e ama a beleza”. Compilado por Muslim.
Jabir Ibn Abdullah disse: “O Profeta de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele -  chegou diante de nós, viu um homem despenteado, e disse: não poderia achar algo que pudesse ordenar o cabelo dele!. E depois, viu outro homem com roupa suja. O profeta disse: não poderia achar água que pudesse lavar a roupa dele”. Compilado por Abu Dawoud, confirmado por Al-Albani.
Abu Al-Aha`uas conta que segundo o pai, disse: “me apresentei diante do Profeta vestido de uma roupa inadequada. O Profeta me perguntou: você tem dinheiro?. Eu respondi: sim. Ele perguntou-me: de que proveniência? Eu disse: Deus me agraciou camelos, ovelhas, cavalos e servos. O Profeta disse: se Deus conceder para você alguma riqueza, que a bênção e honra de Deus para com você sejam visíveis”. Compilado por Abu Dawoud, confirmado por Al-Albani.
Jaber Ibn Samra disse: “Vi o Mensageiro de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – na noite clara (de lua cheia) vestido de vermelho, comecei a olhar para e para a lua, vi que ele era mais lindo que a lua”. Compilado por Tirmidhi.
Segundo Barrai Ibn Ázif: “O Mensageiro de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – era um homem de estatura média, ombros largos, cabelo comprido até a orelha. Estava vestido de vermelho, nunca vi algo mais lindo que o Profeta de Deus”. Compilado por Muslim.
Abu Zumail narrou que Abdullah Ibn Abbas disse: “quando emergiram os Khauárij – Al-Harouriyah , fui ter com Ali – que Deus esteja satisfeito com ele – e ele disse: você pertence a essa comunidade, por isso sua vestimenta é a mais linda da roupa proveniente de Iêmen? - Abu Zumail afirma que: Ibn Abbas era um homem de boa estatura - Ibn Abbas respondeu: fui ter com eles, e disseram, seja bem ó Ibn Abbas, que vestimenta é essa? Em que vocês acham defeituoso em mim? Na verdade, eu vi no Mensageiro de Deus, a melhor vestimenta”. Compilado por Abu Dawoud.
O islã considera que o gasto para completar a elegância do muçulmano em todas as circunstâncias, mas sem ostentação, exagero e nem soberba, e disso é recompensado, segundo a palavra de Deus Todo-Poderoso: “Ó filhos de Adão! Tomai vossos ornamentos, em cada mesquita. E comei e bebei, não vos entregueis a excessos. Por certo, Ele não ama os entregues a excessos ”.
Por tanto, não há na Lei islâmica o que pode ser chamado de vestimenta islâmica, tal como fazem alguns Sufistas e xiitas que se identificam com uma determinada vestimenta colorida de verde ou preta e etc. O tem na Lei islâmica é a descrição do tipo de vestimenta que um muçulmano ou uma muçulmana deve observar. Por exemplo:
•    Que não seja uma vestimenta que representa os não-muçulmanos, como o traje de budistas, ou cristãos ou judeus, ou mesmo a vestimenta especial de monges, de acordo com o dito do Profeta: “Quem se espelha num povo (grupo) se torna parte dele”. Compilado por Ibn Habban.
•    Que seja uma roupa que cobre a nudez, que são as partes proibidas na Lei islâmica de transparecer porque a roupa é curta ou transparente.
•    Tem de ser uma roupa limpa, elegante e de boa aparência. O Profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele -  viu um homem com roupa suja. disse: não poderia achar água que pudesse lavar a roupa dele”. Compilado por Abu Dawoud, confirmado por Al-Albani.
•    Que seja uma roupa bem aromatizada de modo que os outras não se sintam incomodados com o cheiro. O Profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele -  proibiu o consumo de cebola e alho para quem vai orar, devido ao forte cheiro que pode incomodar quem estiver ao lado. Ele disse: “quem consumir alho, cebola e chalota, que não se aproxime da nossa mesquita, certamente, os anjos se incomodam do que incomoda também o ser humano”. Compilado por Muslim.
•    Que não seja um traje de celebridade, estranho para a sociedade em que vive, quando usa, chama atenção das pessoas por sua beleza, induzindo o orgulho na pessoa. Ou ser um traje de design inadequado com os hábitos e contraditória a moral. O Profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele -  disse: “quem trajar a celebridade no mundo, Deus o fará vestir de roupa humilhante no Dia de Julgamento”. Compilado por Ahmad, confirmado por Al-Albani.
•    Que seja, no homem, um traje que não lhe assemelha com mulher e, na mulher, que não lhe assemelha com homem. O Profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele - “amaldiçoou o homem que se veste de mulher, e a mulher que se veste de homem”. Compilado por Ibn Habban.
Há mais outros ditos proféticos que comprovam que o muçulmano deve dar importância a sua aparência externa e quem quiser mais detalhes, pode recorrer aos livros que tratam de vestimenta no islã. Em suma, a Lei islâmica dá grande importância à limpeza do muçulmano e a sua boa aparência. As pessoas não podem se distanciar dele por causa da sua má aparência, falta de limpeza e elegância.
Eis um ponto muito importante que tem provocado suspeição por parte dos não muçulmanos, por causa da vestimenta, principalmente no ocidente. Nós observamos alguns estrangeiros muçulmanos ou alguns dos novos muçulmanos, em alguns países ocidentais, vestindo roupa que pode ser estranha, visando com isso, se destacar que ele é um muçulmano diante dos olhos das pessoas. Por exemplo, vestir uma túnica cinza escura (um tipo de traje egípcio, de cristãos e muçulmanos, moradores do campo – na verdade ele não está se identificando como muçulmano mas como um campesino egípcio) ou ele usa junto a túnica com um casaco ocidental ou militar (a pesar de ele não ser militar e nem estar  autorizado para usa-la). O que ele deve fazer é trajar algo que deixa as pessoas à vontade, tranquilas e alegres. Não deve trajar algo que mete medo nas pessoas e que seja motivo de preocupação e queixa das pessoas. O Mensageiro de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – era a pessoa que tinha uma aparecia muito linda, bem cheirosa, as pessoas se sentiam alegres e tranquilas quando olhassem para ele.
Por tanto, é necessário diferenciar entre um traje especial que demarca os associados de um determinado lugar bem conhecido e um traje de uma determinada comunidade ou grupo, que representam intencionalmente uma doutrina ou uma religião como fazem os sufistas e xiitas. Os uniformes escolares, universitários, e das organizações internacionais e locais são vestimentas de definição sem base sectária ou comunitária, eles se identificam como associados a essa entidade.

A comida e bebida
Deus Todo-Poderoso diz: “dize: Quem proibiu os ornamentos que Allah criou para Seus servos e as causas benignas do sustento? Dize: estas são, nesta vida, para os que creem, e serão a eles consagradas no Dia da Ressurreição. Assim, aclaramos os sinais a um povo que sabe ”.
A Lei islâmica autorizou desfrutar e saborear todos os alimentos e bebidas exceto que foram determinados ilícitos pela ordem divina. Deus Todo-Poderoso diz: “É-vos proibido o animal encontrado morto e o sangue e a carne de porco e o que é imolado com a invocação de outro nome que o de Allah; e o animal estrangulado e o que é morto por espancamento e por queda e por chifradas e o que a fera devora, parcialmente – exceto se o imolais – e o que é imolado sobre as pedras levantadas, em nome dos ídolos; e é-vos proibido que adivinheis o destino por meio de varinhas da sorte. Isso é perversidade ”.
Noutro versículo Deus diz: “Perguntam-te pelo vinho e pelo jogo de azar. Dize: Há em ambos grande pecado e beneficio para os homens, e seu pecado é maior que seu beneficio. E perguntam-te o que devem despender. Dize: o sobejo. Assim, Allah torna evidentes, para vós, os sinais, para refletirdes ”.
E exige a não exagerar. Deus Todo-Poderoso diz: “E comei e bebei, e não vos entregueis a excessos. Por certo, Ele não ama os entregues a excessos ”.
E demonstrou a maneira correta de comer e beber, que garante – com a vontade de Deus -, a ausência de doenças dentro do corpo. O profeta de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “Que o ser humano não preencha a barriga de maleficio, cabe ao filho de Adão quantidade de comida que mantem sua força, se for imperioso comer mais que a quantidade (normal), que um terço seja o seu alimento, e um terço para a sua bebida e (outro) um terço para a sua respiração”. Compilado por Tirmidhi.

A diversão permitida
No islã, a vida não é como alguns pensam que está longe de diversão e entretenimento. Handhualah Al-Assadi narra que: Abu Bakr se encontrou com ele e disse: ó Handhualah como tu estás? Eu disse: o Handhualah se tornou hipócrita. Abu Bakr respondeu: Glorificado seja Deus! O que houve? Eu disse: quando estamos diante do Mensageiro de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – lembra-nos do inferno e do paraíso ao ponto vermo-los do imaginário, e quando nos separamos do Profeta, nos envolvemos nas esposas e filhos e nas perdições e acabamos esquecendo muito. Abu Bakr disse: juro em Deus, nós também passamos por mesmo. Então fui junto com Abu Bakr ao encontro do Mensageiro de Deus. Eu disse: ó Mensageiro de Deus! o Handhualah se tornou hipócrita! O Mensageiro de Deus respondeu: que é isso? Eu disse: ó Mensageiro de Deus, quando estamos juntos, você nos recorda do inferno e do paraíso, ate parecer que estamos vendo. Mas quando ausentamos do seu meio, envolvemo-nos nas esposas e filhos e nas perdições e acabamos esquecendo muito. O Mensageiro de Deus disse: juro Àquele que minha alma está entre Suas Mãos! Se vocês permanecerem no estado que ficam quando estão comigo e na recordação de Deus, os Anjos acompanhar-vos-ão na dormida e no caminho, porém, que seja período para período, ó Handhualah!”. O profeta repetiu a expressão três vezes .
Neste dito, o Mensageiro de Deus deixou claro que o divertimento permitido e o conforto espiritual são necessários para restaurar a força e a atividade espiritual. O Mensageiro de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – explicou para seus companheiros a ética de divertimento e de brincadeira quando foi perguntado: Ó Mensageiro de Deus! Você brinca com agente! Ele respondeu: sim, mas eu não falo senão a verdade .
A brincadeira pode ser verbal ou por ação. Anas Ibn Malik – que Deus esteja satisfeito com ele – disse: Um homem do campo chamado Zaher, enviava do campo presentes para o Mensageiro de Deus. Quando Zaher voltasse ao campo, o Profeta preparava para ele o que precisasse no campo. O Profeta de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: Zaher é nosso campesino e nós seu urbano (ou seja, o recepcionamos na cidade com amor). Um dia o Profeta de Deus chegou a ele quando vendia seus produtos, o Profeta o abraçou no colo sem que este o visse (o Profeta). Zaher disse: quem é! Me deixa! Quando soube que era o Profeta de Deus, fez suas costas colar no peito do Profeta e o Profeta de Deus - que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “quem pode comprar este servo (de Deus)? Zaher respondeu: ó Profeta de Deus, eu sou depreciado. O Profeta de Deus disse: você é muito caro perante Deus”. Compilado por Ibn Habban.
Na Lei islâmica existe etiqueta, que consiste por seguinte:
•    Que a brincadeira não constitua ofensa ou dor ao muçulmano, conforme o dito do Profeta de Deus - que a paz e bênção de Deus estejam com ele: "Não é admissível que um muçulmano assuste outro muçulmano". Compilado por Ahmad.
•    Que a brincadeira não revogue a fidelidade, mentindo para ganhar a gargalhada das pessoas. Porque o Profeta de Deus - que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “Ai daquele que fala mentiras para fazer rir as pessoas! Ai dele, ai dele!. Compilado por Abu Dawoud.
O islã permite igualmente a recreação e o divertimento, mas com a condição de ser dentro do que licito. Por exemplo, jogos de arco, flecha e hipismo. O Profeta de Deus - que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “tudo que leva o muçulmano ao divertimento é falso exceto jogo de arco, educação de cavalo e brincadeiras com sua esposa”. Narrado por Tirmidhi e confirmado por Al-Albani. E tudo que envolve a construção do corpo e  preservação da saúde entre os tipos de esportes como a natação, esgrima e luta livre. O Profeta Muhammad, numa luta livre, enfrentou um homem conhecido como mais forte chamado Rukaanah, o Profeta saiu vencedor. O homem disse: aposto ovelha por ovelha, o Profeta venceu novamente. O homem pediu de novo enfrentar o Profeta, até a terceira vez perdendo todas elas. Em seguida disse: o que vou falar ao proprietário das ovelhas! Direi a ele que uma foi vítima de Lobo, outra se perdeu, e o que direi sobre a terceira? O Profeta de Deus - que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “Não quisemos te dominar e nem te enfrentar na luta livre para te penalizar, toma teu rebanho”. Confirmado por Al-Albani.

 
Capitulo VIII

Desvendando as verdades
Modelos da Lei crista e judaica a partir da bíblia


1.    Punição de amputação de mão na Bíblia
2.    Punição por formicação na Bíblia
3.    A pena capital na Bíblia
4.    A liberdade de crença na Bíblia (a renuncia)
5.    A Lei de ciúme na Bíblia

 

 

 

 

 

 

 
Modelos da Lei crista e judaica a partir da bíblia

A maioria parte dos países do mundo ocidental propaga, intencionalmente, informação distorcida sobre a religião islâmica, com objetivo de comercializar alegadamente a barbárie das punições que são realizadas no Islã. E presenta o atraso que resiste o desenvolvimento conquistado pelo mundo e etc, contudo, visando impedir as pessoas de conhecer a religião islâmica, que certamente, se as pessoas observarem o islã sem preconceito e intolerância concluirão que é a verdadeira religião que precisam seguir. Mas é o medo que se tem de chegar o islã  aos corações das pessoas, mas que saibam que o islã vai sim chegar às pessoas querendo como não, em cumprimento da promessa de Deus que diz: “Desejam apagar com o sopro das bocas a luz de Allah, e Allah não permitirá senão que seja completa Sua luz, ainda que o odeiem os renegadores da Fé ”.
A aplicação de penalidade de acordo a Lei islâmica é a efetivação da Lei divina e não algo que emana de nós como muçulmanos e demonstramos nos capítulos anteriores que ela constitui misericórdia para o individuo e para sociedade. Veremos ao percorrer a Bíblia, no Antigo e Novo Testamentos, a aplicação de penalidades naquilo que os muçulmanos são criticado, que é ainda mais grave. A pesar de os meios de comunicação, no ocidente, analisarem com dois pesos e tentarem atrair, usando todos os meios desesperados para distorcer a imagem do islã, o que causa seu crescimento por ser a voz da verdade impossível de ser apagada. Em confirmação da Deus “Ele é Quem enviou Seu Mensageiro com a orientação e a religião da verdade, para faze-la prevalecer sobre todas as religiões, ainda que o odeiem os idolatras ”.

O Antigo Testamento é o livro sagrado dos cristãos e judeus, também?!
Antes de apresentarmos a narrativa de algumas das disposições (penalidades) da Lei do cristianismo e do judaísmo, precisamos saber se o Antigo Testamento é a Bíblia para os cristãos e judeus também ou não? Durante minhas conversas com alguns cristãos observei que eles inicialmente parecem muito entusiasmados que certamente a Bíblia - o Antigo e Novo Testamentos – é palavra de Deus, nunca foi falsificada e jamais poderá se perder ou modificar. Mas depois de ler alguns dos textos do Antigo Testamento, para um dos cristãos, para ele esclarecer, logo recua e pede para perguntar os teólogos afirmando que ele não é judeu, aliás, alguns chegam ao ponto de rejeitar o Antigo Testamento por totalidade. E dizem, tudo isso foi antes da vinda de Jesus Cristo, mas depois que ele veio tudo mudou. É claro que esta interpretação é inaceitável logicamente. Um cristão só se torna verdadeiramente cristão se crer em ambos os Testamentos e esta questão é bem clara para os cristãos. Com base nisso, se um cristão afirmar sua descrença do Antigo Testamento se torna renegador do cristianismo, e quem quiser confirmar sobre esta verdade que pergunte os próprios cleros da igreja! Segundo o Evangelho de Mateus Cap. 5. V, 17/19. Jesus disse: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir”. “Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra”. “Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus”.
Vamos abordar, agora, alguns textos bíblicos referentes as penalidades

Punição de amputação de mão na Bíblia

Deuteronômio Cap. 25. V, 11/12 “Quando brigarem dois homens, um contra o outro, e a mulher de um chegar para livrar o marido da mão do que o fere, e ela estender a mão, e o pegar pelas suas vergonhas”. “cortar-lhe-ás a mão; não a olharás com piedade”.

Punição por formicação na Bíblia

Segundo o Evangelho de Mateus Cap. 5. V, 27/31 “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás”. “Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela”. “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno”. “E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno”.
E no Levítico Cap, 21. V, 9. “Se a filha de um sacerdote se desonra, prostituindo-se, profana a seu pai; será queimada”.
Deuteronômio Cap. 22. V, 20/21 “Porém, se isto for verdade, que se não achou na moça a virgindade”. “então, a levarão à porta da casa de seu pai, e os homens de sua cidade a apedrejarão até que morra, pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim, eliminarás o mal do meio de ti”.
Deuteronômio Cap. 22. V, 22. “Se um homem for achado deitado com uma mulher que tem marido, então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim, eliminarás o mal de Israel”.
Deuteronômio Cap. 22. V, 23/24. “Se houver moça virgem, desposada, e um homem a achar na cidade e se deitar com ela”. “então, trareis ambos à porta daquela cidade e os apedrejareis até que morram...”.
Levítico Cap, 20. V, 10/15. “Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera”. “O homem que se deitar com a mulher de seu pai terá descoberto a nudez de seu pai; ambos serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles”. “Se um homem se deitar com a nora, ambos serão mortos; fizeram confusão; o seu sangue cairá sobre eles”. “Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles”. “Se um homem tomar uma mulher e sua mãe, maldade é; a ele e a elas queimarão, para que não haja maldade no meio de vós”. “Se também um homem se ajuntar com um animal, será morto; e matarás o animal”.
Os textos bíblicos continuam mencionando a pena capital a mulher que praticar ato sexual com animal ou a um homem que vir a nudez de sua irmã, ou praticar sexo com mulher menstruada ou que vir a nudez de suas tias ou praticar ato sexual com mulher do tio ou irmão. E se alguém retorquir que Jesus aboliu a pena da morte contra o adultero, segundo o Evangelho de João “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra”? Respondemos-lhe, que, os teólogos cristãos têm por unanimidade que essa história não é verdadeira, ela foi adicionado na Bíblia, no século X d.C . Por isso, não serve como referência. Acrescento ainda as palavras do próprio Jesus Cristo, que se recusa a revogar a Lei ou a Lei de Moisés. Segundo Mateus Cap. 5. V, 17/19. Jesus disse: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir”. “Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra”. “Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus”. Ou seja, se Jesus estivesse fisicamente entre nós aplicaria a pena de apedrejamento a adultera, de acordo com a Lei de Moises.

A pena capital na Bíblia

Segundo Hebreus. Cap, 10. V, 28. “Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés”.
E no Êxodo. Cap, 21. V, 12 “Quem ferir a outro, de modo que este morra, também será morto”. E nos V, 14/17, “Se alguém vier maliciosamente contra o próximo, matando-o à traição, tirá-lo-ás até mesmo do meu altar, para que morra”. “Quem ferir seu pai ou sua mãe será morto”. “O que raptar alguém e o vender, ou for achado na sua mão, será morto”. “Quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe será morto”. E ainda nos v.22/25 “Se homens brigarem, e ferirem mulher grávida, e forem causa de que aborte, porém sem maior dano, aquele que feriu será obrigado a indenizar segundo o que lhe exigir o marido da mulher; e pagará como os juízes lhe determinarem”. “Mas, se houver dano grave, então, darás vida por vida”, “olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé”, “queimadura por queimadura, ferimento por ferimento, golpe por golpe”.
Continuando no Êxodo. Cap, 22. V, 18/20, “A feiticeira não deixarás viver”. “Quem tiver coito com animal será morto”. “Quem sacrificar aos deuses e não somente ao SENHOR será destruído”.
Já segundo Gênesis Cap, 9. V, 6, “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem”.
E no Livro de números Cap, 35. V, 31/33, “Não aceitareis resgate pela vida do homicida que é culpado de morte; antes, será ele morto”. “Também não aceitareis resgate por aquele que se acolher à sua cidade de refúgio, para tornar a habitar na sua terra, antes da morte do sumo sacerdote”. “Assim, não profanareis a terra em que estais; porque o sangue profana a terra; nenhuma expiação se fará pela terra por causa do sangue que nela for derramado, senão com o sangue daquele que o derramou”.
Êxodo. Cap, 32. V, 26/28, “pôs-se em pé à entrada do arraial e disse: Quem é do SENHOR venha até mim. Então, se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi”, “aos quais disse: Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Cada um cinja a espada sobre o lado, passai e tornai a passar pelo arraial de porta em porta, e mate cada um a seu irmão, cada um, a seu amigo, e cada um, a seu vizinho”, “E fizeram os filhos de Levi segundo a palavra de Moisés; e caíram do povo, naquele dia, uns três mil homens”.
Deuteronômio, Cap, 21. V, 18/21, “Se alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedece à voz de seu pai e à de sua mãe e, ainda castigado, não lhes dá ouvidos”, “seu pai e sua mãe o pegarão, e o levarão aos anciãos da cidade, à sua porta”. “e lhes dirão: Este nosso filho é rebelde e contumaz, não dá ouvidos à nossa voz, é dissoluto e beberrão”. “Então, todos os homens da sua cidade o apedrejarão até que morra; assim, eliminarás o mal do meio de ti; todo o Israel ouvirá e temerá”.

A liberdade de crença na Bíblia (a renúncia)

Segundo Lucas Cap, 19. V, 27, Jesus Cristo – que a paz esteja com ele – disse: “Quanto, porém, a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e executai-os na minha presença”.
Deuteronômio, Cap, 13. V, 12/16, “Quando em alguma das tuas cidades que o SENHOR, teu Deus, te dá, para ali habitares, ouvires dizer”, “que homens malignos saíram do meio de ti e incitaram os moradores da sua cidade, dizendo: Vamos e sirvamos a outros deuses, que não conheceste”, “então, inquirirás, investigarás e, com diligência, perguntarás; e eis que, se for verdade e certo que tal abominação se cometeu no meio de ti”, “então, certamente, ferirás a fio de espada os moradores daquela cidade, destruindo-a completamente e tudo o que nela houver, até os animais”, “Ajuntarás todo o seu despojo no meio da sua praça e a cidade e todo o seu despojo queimarás por oferta total ao SENHOR, teu Deus, e será montão perpétuo de ruínas; nunca mais se edificará”.
Deuteronômio, Cap, 7. V, 1/3, “Quando o SENHOR, teu Deus, te introduzir na terra a qual passas a possuir, e tiver lançado muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu” ; “e o SENHOR, teu Deus, as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; “nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos”;
Ezequiel, Cap, 9. V, 4/7, “e lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela”. “Aos outros disse, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele; e, sem que os vossos olhos poupem e sem que vos compadeçais, matai”; “matai a velhos, a moços e a virgens, a crianças e a mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis; começai pelo meu santuário”. “Então, começaram pelos anciãos que estavam diante da casa. E ele lhes disse: Contaminai a casa, enchei de mortos os átrios e saí. Saíram e mataram na cidade.

A Lei de ciúme na Bíblia

De acordo com Números, Cap, 5. V, 11/28, “Disse mais o SENHOR a Moisés”: “Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Se a mulher de alguém se desviar e lhe for infiel”, “de maneira que algum homem se tenha deitado com ela, e for oculto aos olhos de seu marido, e ela o tiver ocultado, havendo-se ela contaminado, e contra ela não houver testemunha, e não for surpreendida em flagrante”, “e o espírito de ciúmes vier sobre ele, e de sua mulher tiver ciúmes, por ela se haver contaminado, ou o tiver, não se havendo ela contaminado”. “então, esse homem trará a sua mulher perante o sacerdote e juntamente trará a sua oferta por ela: uma décima de efa de farinha de cevada, sobre a qual não deitará azeite, nem sobre ela porá incenso, porquanto é oferta de manjares de ciúmes, oferta memorativa, que traz a iniqüidade à memória”. “O sacerdote a fará chegar e a colocará perante o SENHOR”. “O sacerdote tomará água santa num vaso de barro; também tomará do pó que houver no chão do tabernáculo e o deitará na água”. “Apresentará a mulher perante o SENHOR e soltará a cabeleira dela; e lhe porá nas mãos a oferta memorativa de manjares, que é a oferta de manjares dos ciúmes. A água amarga, que traz consigo a maldição, estará na mão do sacerdote”. “O sacerdote a conjurará e lhe dirá: Se ninguém contigo se deitou, e se não te desviaste para a imundícia, estando sob o domínio de teu marido, destas águas amargas, amaldiçoantes, serás livre”. “Mas, se te desviaste, quando sob o domínio de teu marido, e te contaminaste, e algum homem, que não é o teu marido, se deitou contigo (então, o sacerdote fará que a mulher tome o juramento de maldição e lhe dirá), o SENHOR te ponha por maldição e por praga no meio do teu povo, fazendo-te o SENHOR descair a coxa e inchar o ventre”; “e esta água amaldiçoante penetre nas tuas entranhas, para te fazer inchar o ventre e te fazer descair a coxa. Então, a mulher dirá: Amém! Amém!”, “O sacerdote escreverá estas maldições num livro e, com a água amarga, as apagará”. “E fará que a mulher beba a água amarga, que traz consigo a maldição; e, sendo bebida, lhe causará amargura”. “Da mão da mulher tomará o sacerdote a oferta de manjares de ciúmes e a moverá perante o SENHOR; e a trará ao altar”. “Tomará um punhado da oferta de manjares, da oferta memorativa, e sobre o altar o queimará; e, depois, dará a beber a água à mulher”. “E, havendo-lhe dado a beber a água, será que, se ela se tiver contaminado, e a seu marido tenha sido infiel, a água amaldiçoante entrará nela para amargura, e o seu ventre se inchará, e a sua coxa descairá; a mulher será por maldição no meio do seu povo”. “Se a mulher se não tiver contaminado, mas estiver limpa, então, será livre e conceberá”.

 
Conclusão

Para terminar, gostaria de lembrar que tudo que mencionamos a partir da Bíblia visa simplesmente reduzir alguma assiduidade daqueles que acusam a Lei islâmica e o islã por muitas questões injuriosas esquecendo, antes de tudo, as afirmações do livro sagrado deles (a Bíblia). A Lei islâmica é a única, em nível internacional, que combate todas as formas de racismo e descriminação entre os humanos; condena a usurpação de propriedades doutrem ilicitamente ou roubar ou saquear ou violar a honra deles.
 Enquanto lemos na Bíblia no livro de Deuteronômio. Cap, 23. V, 19/20, “A teu irmão não emprestarás com juros, seja dinheiro, seja comida ou qualquer coisa que é costume se emprestar com juros”. “Ao estrangeiro emprestarás com juros, porém a teu irmão não emprestarás com juros, para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em todos os teus empreendimentos na terra a qual passas a possuir”.
E no livro de Exodo. Cap, 3. V, 22, “Cada mulher pedirá à sua vizinha e à sua hóspeda jóias de prata, e jóias de ouro, e vestimentas; as quais poreis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas; e despojareis os egípcios”.
Onde está a mídia ocidental, aquela que acusa falsamente o islã dia e noite, para criticar o que lemos agora sobre a clara violência dos Direitos Humanos?! Porém, no fundo, eles  sabem que o islã é a verdadeira religião e ódio externo deles os levaram a dedicarem ataque cruel para afastar as pessoas, especialmente depois que viram o alto crescimento de número de reversões ao islã. Mas infelizmente, é como quem tenta tapar o sol com as mãos para impedir que sua luz chegue a terra. Deus Todo-Poderoso diz: “E, quando lhes chegou um Livro da parte de Allah, confirmando o que estava com eles –e eles, antes buscavam a vitória sobre os que renegavam a Fé -, quando, pois, lhes chegou o que já conheciam, renegaram-no. Então, que a maldição de Allah seja sobre os renegadores da Fé!”. “Que execrável o preço pelo qual venderam suas almas, ao renegarem o que Allah fez descer, movidos pela revolta de que Allah fizesse descer algo de Seu favor sobre quem Ele quisesse, dentre Seus servos. Então, incorreram em ira sobre ira. E haverá, para os renegadores da Fé, aviltante castigo”. “E, quando se lhes diz: Crede no que Allah fez descer, dizem: Cremos no que fora descido sobre nós. E renegam o que depois disso, enquanto isso é a Verdade que confirma o que está com eles. Dize: por que, então, matastes, antes, os profetas de Allah, se sois crentes?. “E, com efeito, Moises chegou-vos com as evidencias, em seguida, depois dele, tomastes o bezerro por divindade, enquanto injustos ”.
E afirmo com toda confiança que nada salvará as sociedades do mundo moderno de destruição em massa, no qual estão mergulhadas, em todos os campos, morais, sociais, econômicos e políticos por causa da tirania do sistema capitalista; do comunismo ateísta; do socialismo reducionista, exploradores do trabalho e esforço dos indivíduos; da ditadura malevolente esmagadora da criatividade humana; do domínio da linguagem da violência e da discriminação racial por motivos étnicos e sectários. Da mesma forma que não há salvador de vidas humanas desnorteadas e do vazio mortífero que vivem dentro de si, da ansiedade e da tensão emocional senão tomarem o islã como estilo de vida. Enquanto as sociedades proporcionam a segurança, a justiça, a paz, a prosperidade, a compaixão, a tranquilidade dos corações de seus povos desnorteados e maravilham-no da angústia. Deus Todo-poderoso diz: “E, se os habitantes das cidades houvessem crido e houvessem sido piedosos, haver-lhes-íamos facultado bênçãos do céu e da terra; mas desmentiram os Mensageiros; então, apanhamo-los pelo que cometiam ”.
Há muitos pensadores ocidentais que apontam o islã como o sistema salvador da humanidade que está mergulhada no abismo, corrupção e do submundo desumano. Deebckeeh, um pensador francês, afirma que “o ocidente nunca conheceu o islã, pelo contrario, o ocidente tornou o islã como inimigo desde o seu advento; não parou de acusar e caluniar contra o islã para encontrar justificativas para combatê-lo, como resultado dessa distorção, se estabeleceu, no ocidente, uma mentalidade equivocada sobre islã. Não há dúvida de que o islã é a única religião que serve para o mundo moderno para se livrar do labirinto da cultura material contemporânea, que, se continuar, acabará com a destruição de espécie humana”.
Segundo George Bernard Shaw, um grande pensador inglês, na sua obra intitulada “Muahmmad”, queimada pelas autoridades inglesas naquela época, por afirmar categoricamente seu reconhecimento a Mensagem de Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – e a sua religião, ele afirma que “o mundo precisa de um homem que pense como o Muhammad, um profeta que tomou da religião os princípios de respeito e reverência. Ela é a religião mais poderosa que leva todas as civilizações a eternidade. Eu observo filhos destas comunidades abraçando o islã por ser evidente e ela encontrará espaço para sua expansão neste continente (europeu). Os clérigos da Idade Média, por conta da ignorância e intolerância religiosa, construíram um quadro sombrio de Mohammed, considerando-o inimigo do cristianismo”.
Noutra passagem, na mesma obra, o autor afirma o seguinte: quando me inteirou profundamente sobre a vida de Muhammad, encontrei surpresas maravilhosas e conclui que ele nunca foi inimigo do cristianismo, mas sim, ele deve ser chamado salvador da humanidade e em minha opinião, se ele tomasse a liderança do mundo moderno resolveria todos os problemas, proporcionando a paz e a felicidade almejada pela humanidade.
Um historiador inglês chamado Welys aponta que toda religião que não contempla a civilização em todas as etapas, deve ser jogada na parede, todavia, a única religião verdadeira que contempla a civilização em todas suas fases é o islã, e quem quiser provas disso que leia o Alcorão e, as teorias, métodos científicos e regras sociais contidos nele. É um Livro da religião, ciência, sociologia e história. Se me for solicitado para explicar o sentido do que é islã, resumirei nas seguintes palavras “o islã é a civilização”.
Eis que surge uma questão: por que eles negam o islã e proíbem que lhes seja ensinado exceto as distorções produzidas por eles mesmos? A razão disso é: Eles nunca conseguirão usar islã para dominar as propriedades dos muçulmanos por meio de impostos e da usura, em nome de uma economia global aberta; nunca conseguirão tomar as muçulmanas como propriedades públicas dos homens a partir da imposição da liberdade sexual; jamais poderão escravizar a humanidade através da imposição de Leis Positivas que visam alienar e subjugar as pessoas. Você, dentro da Lei islâmica ninguém poderá extorquir sua riqueza, ou violar sua honra, ou escravizar. O Profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele - disse: “A sua riqueza, a sua honra e a sua vida, estão vedados para vocês violentar, de tal forma que estão vedados neste dia, neste mês e nesta terra”. Confirmado por Al-Albani.
Na prática, quando você se perde pelo caminho e encontra quem indique o caminho correto, você agradece a pessoa. Que fará daquela pessoa que mostrou você o caminho que leva a felicidade e a eterna bênção que é o paraíso, e adverte você do caminho que leva a infelicidade e ao eterno castigo do fogo. Não seria, para você, o grande merecedor do seu agradecimento, por ter proporcionado a salvação, invés de critica-lo e afastar as pessoas dele?! Por isso, Muhammad, Mensageiro de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – que nunca experimentou a mentira antes e depois da sua profecia. Ele foi um perfeito exemplo de confiança, na concessão de direitos aos proprietários, e honestidade na palavra, nunca lhe foi registrado alguma traição ou mentira. Desde a sua infância, foi conhecido como honesto e confidente até que foi apelidado por Al-Amín (o honesto). Quando o Heráclito, Imperador de Roma recebeu a carta do profeta, convidando-o para abraçar o Islã, chamou pessoas para perguntar sobre o Profeta e estava entre elas o Abu Sufian Ibn Harb que foi perguntado por Heráclito: “Alguma vez vocês acusaram-no de mentiroso antes de dizer o que ele disse? Não – respondeu Abu Sufian!. Heráclito disse: então, se não foi mentiroso para as pessoas, nunca mentiria para Deus!”.
 E pela sua fidelidade, ao migrar para a cidade de Medina em segredo por medo de seu povo de impedi-lo, deixou seu primo Ali em Meca para devolver as propriedades que guardava aos seus donos. Por isso era apelidado por “o Fiel, o Honesto”.  No entanto, é necessário que se fale sobre ele o que falou Heráclito: “se não foi mentiroso para as pessoas, nunca mentiria para Deus!”.
Ele trouxe a Lei islâmica para a sua salvação neste mundo contra a injustiça, tirania de governantes e regimes opressivos. Para a salvação da sua alma e do seu coração que está preocupado por causa das contradições das religiões que adoram o próprio ser humano. Ele trouxe a salvação para você contra o inferno na vida-pós-morte. No entanto, o islã é a verdade, quem quiser, que siga e quem não quiser, que renegue. Deus Todo-Poderoso diz: “Dize: Obedecei a Allah e obedecei ao Mensageiro. E, se voltais as costas, impende a ele, apenas, o de que foi encarregado, e impende a vós o de que fostes encarregados. E, se lhe obedeceis, guiar-vos-eis. E não impende ao Mensageiro senão a evidente transmissão da Mensagem ”.


Termino louvando a Deus
Ó Allah, abençoe o Profeta Muhammad, sua família e companheiros.

 


 
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