O adultério

 

O  ADULTÉRIO
الزنا

        
Author' name

أمين الدين محمد





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ترجمة:
مراجعة: محمد إبراهيم

 

 


O  ADULTÉRIO

            

    Nos dias que correm, muita gente já se apercebeu como os media (comunicação social) estão sendo usados para manipular as mentes das pessoas e estabelecer padrões sociais e tendências gerais da sociedade.
    Recorrem a um processo subtil de lavagem cerebral a fim de convencer as pessoas a aceitarem coisas imorais e indecentes, como se de coisas moralmente correctas e decentes se tratasse.
    As coisas mais abjectas e os actos mais vergonhosos são apresentados como se de coisas encantadoras se tratasse. Actos ignóbeis são apresentados “envoltos em veludo e ornamentados com flores”, o que leva a que até mesmo os que são moralmente íntegros na sociedade, adiram e abracem de forma tão entusiástica quanto apaixonada, tais conceitos desprezíveis como se os mesmos fossem aceitáveis e até mesmo louváveis.
    Actos de adultério e fornicação desde sempre foram condenados nos termos mais vigorosos que se possam imaginar pelas religiões, chegando-se mesmo a estabelecer um castigo corporal para tais actos.
    O adultério resulta na maior parte dos casos no colapso de lares, no surgimento de crianças ilegítimas cuja vida fica para sempre manchada, na degradação dos valores morais da sociedade ao longo de gerações, e muitos outros problemas sociais.
    Este pecado é tão vil e detestável, que todos, mesmo os que são de outras religiões, sempre o condenaram ao longo dos tempos.
    Contudo, as sociedades devassas levaram a cabo uma campanha tendente a encorajar as pessoas a desculpabilizar e considerar o sexo pré-marital (fornicação) como algo de que não se pode prescindir.
    E nessa campanha eles tiveram tanto êxito que as pessoas que não se envolvem neste acto tão desprezível são consideradas anormais, pois no seu entender atentam contra as normas de um comportamento aceitável.
    E assim, gradualmente começam a acontecer na sociedade coisas que no passado eram impensáveis.
    E não falta muito para que cheguemos ao extremo de a prática de adultério dentro do casamento também ser considerada algo socialmente aceite e até mesmo encorajado.
    Será que ainda é possível atingirmos um nível de degradação maior do que, o que já atingimos?
Actualmente uma boa parte dos media vão ditando o que consideram serem os preceitos que devem reger as qualidades morais das pessoas numa sociedade, dizendo-lhes o que é bom e o que é mau.
Quando a prática da infidelidade no casamento tornar-se numa norma aceite, então o próximo passo lógico será obviamente considerar o conceito de casamento como algo ultrapassado.
Qual será então a necessidade de se contrair matrimónio? Porque não passar a vida a viver juntos, coabitando com o sexo oposto sem que seja através do casamento e sem se assumirem quaisquer responsabilidades?
A ser assim, qual é então a diferença entre o Ser Humano e os chamados animais irracionais?
Muitos destes males sociais estão sendo propagados através da televisão, das novelas e dos filmes, e nenhuma casa se considera a salvo deste tipo de imoralidades.
E é por causa disso que hoje deixou de existir comunicação entre pais e filhos, pois estes já estão envolvidos na assumpção dos novos valores que lhes vão sendo incutidos a partir dos media.
Os nossos jornais reportam constantemente casos de gravidez de menores, sendo por isso obrigadas a interromper e muitas vezes a abandonar definitivamente os estudos, sem que tenham concluído sequer o ensino secundário básico.
E assim os números de mães solteiras e crianças de rua vão aumentando na sociedade.
Em nome de uma suposta “filosofia da sociedade”, estamos a confundir liberdade com licença para o cometimento da prática da promiscuidade e devassidão.