Jesus (a paz esteja com ele) No Alcorão

Jesus (a paz esteja com ele) No Alcorão.

Jesus (a paz esteja com ele) No Alcorão
عيسى عليه السلام في القرآن باللغة البرتغالية
    

Abd Ar-Rahman bin Abd Al-Kareem Al-Sheha
د.عبد الرحمن بن عبد الكريم الشيحة


Traduzido para a Lingua Portuguesa por:
EUROPEAN ISLAMIC RESEARCH CENTER (EIRC)
المركز الأوروبي للدراسات الإسلامية
& Samir El Hayek
& د. سمير الحايك

 
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Jesus (a paz esteja com ele) No Alcorão

 

Abd Ar-Rahman bin Abd Al-Kareem Al-Sheha


EUROPEAN ISLAMIC RESEARCH CENTER (EIRC)
& Samir El Hayek

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Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso

Devemos antes de entrar no assunto de falar sobre a vida de Jesus (a paz esteja com ele) no Alcorão que aplainamos esse assunto com uma introdução mostrando os primórdios da criação e a origem dos seres humanos e a sabedoria de sua criação e sua necessidade urgente de alimento espiritual que garante a estabilidade psicológica e contentamento de seus corações representado pela doutrina de organizar os seus assuntos e suas comunidades e orientar seus pensamentos e aspirações, a orientação adequada através de cânones que garantem a preservação dos direitos, a manutenção das almas, a preservação das honras e dos bens e tudo isso só é conseguido apenas por pessoas que convocam para Deus, Exaltado e Glorificado Seja, que são os profetas e os mensageiros (a paz esteja com eles). Uma vez que o Alcorão é um dos Livros Celestiais, que Deus revelou a Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) o derradeiro dos Mensageiros, e para ser o Último Livro Celestial, teve de ser universalmente válido para todo tempo e lugar, abrangente para tudo o que os seres humanos necessitam alcançar de felicidade terrena e na Outra Vida, renovado para manter o ritmo com a evolução através das origens e os fundamentos que não mudam ou se alteram, mas que insere através das regras de facilitação e da eliminação do sofrimento e do constrangimento. Entre o que o Alcorão mostra está a sequência de eventos da criação, a criação do universo e os desenvolvimentos que aconteceram com método efetivo, aceito pela razão correta, pelo instinto e o bom senso, livre de dependência. O Alcorão atribui a criação do universo, com tudo que inclui, somente a Deus Único, sem parceiro, que define o ponto de partida para falar sobre os mundos superiores e inferiores perspectivos e não-perspectivos para a mente humana poder absorver a sequência realista e lógica de todas as criaturas. O Profeta do Islam, Mohammed (Deus o abençoe e lhe dê paz) informou a respeito de Deus, quanto à prioridade da criação, em uma tradição de Imran Ibn Al Hassin, onde disse: "Algumas pessoas do povo do Iêmen foram ter com o Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) e pediram: 'Ó Mensageiro de Deus, viemos ter consigo para aprendermos a jurisprudência da religião. Informa-nos a respeito do início deste assunto, o que havia.' Ele disse: ‘Nada havia além de Deus, e Seu trono estava sobre a água, e Ele escreveu tudo no Livro. Então criou os Céus e a terra.’"
O Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) lhes informou a respeito da coisa mais importante do que pediram, ou seja, confirmação da eternidade de Deus sozinho. Ele disse: "Nada havia além de Deus", ou seja, Deus existia e existe na eternidade e ninguém mais além d’Ele. Informou-os que a eternidade absoluta é somente de Deus e que o Existente que não possui começo para a sua existência é apenas Deus Glorificado e Exaltado Seja, não é compartilhado neste aspecto por algo das criaturas, porque a divindade não é válida com a confirmação de qualquer coisa com Deus na eternidade. Deus revelou no Alcorão que a eternidade só a ele pertence, com o conceito abrangente para mostrar para Sua criação que todo este mundo é criado do nada para a existência. Deus, Exaltado Seja, diz: "Ele é o Primeiro e o Último; o Visível e o Invisível, e é Onisciente." (Al-Hadid, 57: 3).
Deus é o Primeiro Eterno Que não teve início para Sua existência. Estava na eternidade sozinho, nada havia dos mundos com ele. Ele existe não como todas as criaturas, possui todos os atributos da perfeição e da beleza, ninguém se assemelha a Ele, nenhuma criatura se parece com Ele como Deus, Exaltado Seja, mostra nas palavras: "É o Originador dos céus e da terra, (foi) Quem vos criou esposas, de vossas espécies, assim como pares de todos os animais. Por esse meio vos multiplica. Nada se assemelha a Ele, e é o Oniouvinte, o Onividente." (Ax-Xura: 11)
Como Deus mostra a impossibilidade de descrevê-Lo e abrangê-Lo para aparecer para o servo a grandeza d’Esse Deus que ele adora, estabelecendo o medo e o temor em seu coração, confessando Sua Senhoria e Divindade. Deus diz, indicando este fato "Ele lhes conhece tanto o passado como o futuro, não obstante eles não lograrem conhecê-Lo." (Taha, 20:110)
Tudo que não é Deus é criatura que Deus criou com o Seu Poder, fazendo-o surgir do nada para a existência, como Deus mostra isso, dizendo: "Tal é Deus, vosso Senhor, Criador de tudo. Não há mais divindade, além d’Ele. Como, pois, vos desviais?" (Gháfir: 62)
Faz parte da doutrina dos muçulmanos que Deus cria o que quiser, e faz o que quer, nada veda a Sua ordem. O Seu desejo é acatado e Sua ordem é absoluta, como Deus diz: "Teu Senhor cria e escolhe da maneira que melhor Lhe apraz. Eles não têm escolha. Glorificado seja Deus de tudo quanto Lhe associam!" (Al Cassas, 68).
Deus não cria por diversão nem deixa nada em vão. Toda criatura no universo é feita com sabedoria, para efetuar um trabalho e desempenhar uma tarefa. Essa sabedoria pode ser conhecida por nós e pode ser desconhecida. A ciência moderna, nos dias de hoje apresentou o alcance do vínculo das criaturas viventes umas às outras na chamada cadeia alimentar bem como o vínculo das criaturas vivas com o mundo inanimado como a influência da luz e das sombras, do sol e da lua, da noite e do dia neles, isso é o que aprendemos e o futuro vai revelar mais ainda. Portanto, bendito seja Deus, Criador por excelência, Que diz: "Em verdade, criamos todas as coisas predestinadamente." (Al Camar, 54:49)

 
As Primeiras Criaturas
O Alcorão, que é a palavra de Deus, mostra que o princípio do mundo foi criado sem matéria pelo Poder de Deus, Exaltado Seja, e por Sua vontade e ordem, como Deus explica isso, dizendo: "Ele é o Originador dos céus e da terra e, quando decreta algo, basta-Lhe dizer: Seja! e é." (Al Bacara, 2: 117)
O Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) informou que a água foi a primeira coisa criada por Deus e é a base de todas as outras criaturas que Deus, Exaltado Seja, criou com o Seu Poder, sem origem, e tornou-a a base da criação de todo o mundo; Ele disse: "Que criamos todos os seres vivos da água." (Ibn Hibban).

A Criação dos Céus e da Terra.
Deus informou no Alcorão, que Ele criou os sete céus e a terra em seis dias sem cansaço nem fadiga; Ele disse: "Criamos os céus e a terra e, quanto existe entre ambos, em seis dias, e jamais sentimos fadiga alguma". (Caf, 50:38)
Com Seu Poder, Glória e Sublimidade criou-os no piscar de olhos, ou mais rápido ainda, como mostrou isso com as Suas palavras: "A Deus pertence o mistério dos céus e da terra. E o advento da Hora não durará mais do que um pestanejar de olhos, ou fração menor ainda; sabei que Deus é Onipotente." (An-Nahl, 16:77)
Se for perguntado: Será que os fez em um instante, enquanto é capaz de dizer a eles "Sejam!", e são"?
Ibn al Jauzi disse ao mencionar algumas sabedorias disso:
A Primeira: Ele queria que a cada dia estabelecesse uma ordem que seja apreciada pelos e por quem a testemunhava.
A Segunda: É a afirmação para aplainar o que foi criado para Adão e seus descendentes antes de sua presença, informando a sua importância para os anjos.
A Terceira: A aceleração inform o Poder, e a confirmação informa a sabedoria. Então Ele quis mostrar a Sua sabedoria nisso, como mostra o Seu Poder em Suas palavras: "Seja, e é".
A Quarta: Ele ensinou aos Seus servos o culto da constância. Se houver constância naquilo que não é eterno, o Eterno é Quem merece ser constante.
A Quinta: A demora na criação de algo, depois de outro, está longe de fazer pensar que isso realmente aconteceu ou por combinação.
Outra sabedoria foi citada pelo Curtubi (que Deus tenha misericórdia dele) na interpretação do Alcorão: "Al Jámi' Li Ahcam Al Qur'an"; ele disse: "Criou-os em seis dias; porque tudo para Ele tem um tempo determinado. Com isso, Ele deixou de tratar da punição dos desobedientes; porque para Ele tudo tem um tempo determinado..."
O detalhe da criação dos céus e da terra está no Alcorão, nas palavras de Deus: "Dize-lhes (mais): Renegaríeis, acaso, Quem criou a terra em dois dias, e Lhe atribuiríeis rivais? Ele é o Senhor do Universo! E sobre ela (a terra) fixou firmes montanhas, abençoou-a e distribuiu, proporcionalmente, o sustento aos necessitados, em quatro dias. Então, abrangeu, em Seus desígnios, o firmamento quando este ainda era gases, e lhes disse, e também à terra: Juntai-vos, de bom ou de mau grado! Responderam: Juntamo-nos voluntariamente. Assim, completou-os, como sete céus, em dois dias, e a cada céu assinalou a sua ordem. E adornamos o firmamento inferior com luzes, para que servissem de sentinelas. Tal é o decreto do Poderoso, Sapientíssimo." (Fussilat, 41:9-12)
Sayyid Qutb, em seu livro: "À Sombra do Alcorão", diz: "Esses dois dias em que Deus criou a Terra, e os dois que criou as montanhas e estabeleceu com eles os tempos, e tornou lícita a bênção completaram os quatro dias... São, sem dúvida, os dias de Deus que Ele conhece a sua extensão, e não dias da terra... Os dias em que a Terra foi criada em primeiro lugar, e, em seguida, formadas as montanhas, e estabelecido nela o tempo são outros dias, medidos com outra escala, desconhecida para nós, mas sabemos que é muito mais longa do que os dias conhecidos na Terra e o mais perto que podemos imaginar é de acordo com o conhecimento alcançado pelo ser humano, como as fases pelas quais a Terra passou, uma após a outra, até se estabilizar, sua casca endurecer, e tornanr-se apropriada para a vida que conhecemos."

A Sabedoria na Criação dos Seres Humanos:
Aqui, uma pergunta razoável e lógica é reiterada: qual é a razão para a criação de seres humanos que Deus dignificou, submetendo-lhe tudo que há neste universo? Qual é o propósito de sua criação?
O Alcorão Sagrado explicou a sabedoria na criação dos seres humanos de forma explícita a fim de não dar oportunidade a expectativas e hipóteses. O Alcorão mostra que eles foram criados para uma tarefa digna e importante, por causa da qual criou Deus os céus e a terra, criou o Paraíso e o Inferno, ou seja, o de adorar a Deus, Único, sem parceiros como explica isso, dizendo: "Não criei os gênios e os humanos, senão para Me adorarem. Não lhes peço sustento algum, nem quero que Me alimentem. Sabei que Deus é o Sustentador por excelência, Potente, Inquebrantabilíssimo." (Azzáriayat, 51:56-58)
A vida não é como os secularistas e ateus pensam, sem ressurreição, sem congregação, sem prestação de contas, sem castigo, mas vida e morte, como Deus disse-lhes: "E dizem: Não há vida, além da terrena. Vivemos e morremos, e não nos aniquilará senão o tempo! Porém, com respeito a isso, carecem de conhecimento e não fazem mais do que conjecturar." (Al Jássiya, 45: 24)
Quão difícil o ser humano viver com este pensamento? Quão miserável é a alma que acredita nisso, porque o ser humano, como necessita satisfazer seus desejos físicos, precisa satisfazer seus desejos espirituais e isto somente acontece com o conhecimento de Deus, e este acontece com o seguimento do que os mensageiros trouxeram. Certamente, a questão do ateísmo, da negação da ressurreição e da congregação não é o resultado deste tempo, mas é um ditado em circulação com o ser humano desde antigamente, transferido por ateus, de uma geração a outra, para ser aceito por quem é cego quanto à verdade e esteja seduzido, por adotar o julgamento da mente no que não lhe diz respeito. Deus, Exaltado seja, diz: "E lhes enviamos um mensageiro, escolhido entre eles, (que lhes disse): Adorai a Deus, porque não tereis outro Deus além d’Ele! Não (O) temeis? Porém, os chefes incrédulos do seu povo, que negavam o comparecimento na Outra Vida e que agraciamos na vida terrena, disseram: Este não é senão um homem como vós; come do mesmo que comeis e bebe do mesmo que bebeis. E, se obedecerdes a um homem como vós, certamente sereis desventurados. Qual! Promete-vos ele que, quando morrerdes e vos tiverdes convertido em pó e ossos, sereis ressuscitados? Longe, muito longe está o que vos é prometido! Não há mais vida do que esta, terrena! Morremos e vivemos e jamais seremos ressuscitados!" (Al Muminun, 23:32-37)
As pessoas, no início da criação, constituíam uma só nação, reunidas e não separadas, por sua comunidade ser uma só e limitada, e seu número é pouco. Mas, depois de ter crescido o número dos filhos de Adão e o local ficou restrito tornou-se imperativo para alguns deles se moverem pelos cantos da terra e se espalharem em busca de meios de subsistência; o Alcorão mostra essa verdade onde Deus, Exaltado seja, diz: "A princípio, os humanos formavam uma só comunidade; então, dividiram-se. Porém, se não tivesse sido por uma palavra proferida por teu Senhor, ter-se-iam destruído, por causa de suas divergências." (Yunis, 10:19).
Essa divisão e proliferação na terra resultaram na diferença de idiomas e dos costumes bem como o afastamento da primeira religião. No entanto, a justiça de Deus não oprime ninguém, não castiga a não ser após a admoestação com o envio de mensageiros para explicar ao povo o caminho certo que leva a Ele. A misericórdia de Deus pelas pessoas determinou de não os punir até lhes enviar mensageiros para orientá-los para o caminho da orientação, e adverti-los contra as formas de sedução, como explicamos previamente. Por isso, nenhuma nação ficou em qualquer época sem uma mensagem e mensageiro. Deus, Abençoado e Exaltado Seja, informou a respeito disso, dizendo: "Certamente te, enviamos com a verdade e como alvissareiro e admoestador, e não houve povo algum que não tivesse tido um admoestador." (Fáter, 35: 24).
Deus, Glorificado e Exaltado Seja, enviava os Mensageiros e os Profetas entre uma época e outra, para restituirem as pessoas ao Monoteísmo e à adoração de seu Senhor depois de se desviarem das crenças e seus métodos se estremecerem. Todos eles (a paz esteja com todos eles) desde o primeiro até o último concordaram na sua convocação para o monoteísmo que é destacar a Deus no culto, com crença, palavras e atos, rejeitando tudo o que é adorado além de Deus, devido às Suas palavras: "Em verdade, enviamos para cada povo um mensageiro (com a ordem): Adorai a Deus e afastai-vos do sedutor! Porém, houve entre eles quem Deus encaminhou, e houve aqueles que mereceram ser desviados. Percorrei, pois, a terra, e observai qual foi a sorte dos desmentidores." (An-Nahl, 16, 36)
E esses mensageiros são enviados por Deus, Glorificado e Exaltado Seja, para que as pessoas não tenham nenhum argumento após o envio dos mensageiros, como Deus informa, dizendo: "Foram mensageiros que deram boas notícias e fizeram admoestações para que os humanos não tivessem argumento algum ante Deus, depois do envio deles, pois Deus é Poderoso, Prudentíssimo." (An-Nissá, 4:165).
Note-se que todos os Mensageiros e Profetas eram seres humanos e não tinham qualidades divinas, não tinham diferenças entre eles e os outros seres humanos, a não ser no que Deus lhes concedeu de infalibilidade no que eles transmitiam, nos milagres que lhes estabeleceu que eles faziam para serem sinais para o seu povo a acreditarem e conhecerem a sinceridade de sua mensagem e profecia; Deus diz: "Antes de ti jamais enviamos mensageiros que não comessem os mesmos alimentos e caminhassem pelos mercados, e fizemos alguns, dentre vós, tentarem os outros. Acaso (ó crentes), sereis perseverantes? Eis que o teu Senhor é Onividente." (Al Furcan, 25:20)
Deus mostrou sua condição humana e sua tendência inata; Possuíam esposas e descendência para que não se pense que são diferentes dos outros seres humanos; Deus diz: "Antes de ti havíamos enviado mensageiros; e lhes concedemos esposas e descendência, e a nenhum mensageiro foi possível apresentar sinal algum, senão com a anuência de Deus. A cada época corresponde um Livro." (Ar-Ra'd, 13:38)
Nada tinham de qualidade divina ou de senhoria ou poder de disposição no universo, não tinham poder de prejudicar ou beneficiar alguém. Não tinham poder de dar vida ou morte ou ressurreição. Deus, Exaltado Seja, informando sobre o Seu Mensageiro Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz), que é o mais preferível e o mais inteligente ser humano, diz: "Dize: Eu mesmo não posso lograr, para mim, mais benefício nem mais prejuízo do que aquele que for da vontade de Deus. E se estivesse de posse do desconhecido, aproveitar-me-ia de muitos bens, e o infortúnio jamais me açoitaria. Porém, não sou mais do que um admoestador e alvissareiro para os crentes." (Al A'raf, 7:188)       

 
A Criação de Adão, Pai dos Seres Humanos:
A sabedoria de Deus e a Sua vontade é estabelecer na terra um legatário para habitá-la, e que seus descendentes se reproduzam que garante, com a anuência de Deus o que exigiu a sabedoria da habitação da terra, e que seja local de ensaio e teste para eles, aparecendo entre Seus servos o obediente e o desobediente, quem é o crente e o incrédulo; Deus diz: "(Recorda-te, ó Profeta) de quando teu Senhor disse aos anjos: Vou instituir um legatário na terra! Perguntaram-Lhe: Estabelecerás nela quem ali fará corrupção, derramando sangue, enquanto nós celebramos Teus louvores, glorificando-Te? Disse (o Senhor): Eu sei o que vós ignorais." (Al Bacara, 2:30)
Este legatário foi Adão (a paz esteja com ele) o pai da humanidade, e o último tipo dos mundos criados por Deus, Bendito e Exaltado Seja. Ele foi criado na sexta-feira, como o Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) disse: "O melhor dia em que o sol desponta é o da sexta-feira; este é o dia em que o Adão (a paz esteja com ele) foi criado. Nesse dia ele foi admitido no Paraíso e, nesse exato dia, dele foi expulso. Só acontecerá a Hora do Dia do Juízo na sexta-feira.” Por isso, Deus, Glorificado e Exaltado seja, o escolheu para ser o feriado semanal muçulmano, e pela posição e dignidade de Adão perante Deus. Ele ordenou que os anjos se prostrassem perante ele por respeito e honra perante as Suas criaturas. Ele lhe insuflou de Seu Espírito e todos os anjos acataram a ordem de Deus, a não ser Lúcifer que desobedeceu a Deus e se absteve de se prostrar por inveja e arrogância perante essa criatura que Deus o preferiu a ele, como Deus informa isso, dizendo: "Recorda-te de quando o teu Senhor disse aos anjos: De barro criarei um homem. Quando o tiver plasmado e alentado com o Meu Espírito, prostrai-vos ante ele. E todos os anjos se prostraram, unanimemente, menos Lúcifer, que se ensoberbeceu e se contou entre os incrédulos. (Deus lhe) perguntou: Ó Lúcifer, o que te impede de te prostrares ante o que criei com as Minhas Mãos? Acaso, estás ensoberbecido ou é que te contas entre os altivos? Respondeu: Sou superior a ele; a mim me criaste do fogo, e a ele, do barro. (Deus lhe) disse: Vai-te daqui, porque és maldito, e a Minha maldição pesará sobre ti, até ao Dia do Juízo! Disse: Ó Senhor meu, tolera-me, até ao dia em que forem ressuscitados! (Deus lhe) disse: Serás, pois, dos tolerados, até ao dia do término prefixado. Disse (Satanás): Por Teu poder, que os seduzirei a todos. Exceto, entre eles, os Teus servos sinceros! Disse-lhe (Deus): Esta é a verdade e a verdade é: Certamente que lotarei o inferno contigo e com todos os que, dentre eles, te seguirem." (A Letra Sad, 38:71-85)
Portanto, a criação dos céus e da terra foi preparação para a criação de Adão (a paz esteja com ele) o que a sabedoria de Deus, Exaltado Seja, determinou para a reprodução dos seres humanos a partir dele e da esposa Eva. Deus informou que todo neste universo, incluindo tudo que possui, está submetido aos filhos de Adão. Eles foram criados para se beneficiarem do que Deus colocou nele de benfeitorias e que seja um amplo campo para ele, através do qual descobre o que lhe proporciona de vida decente, onde Deus diz: "Porventura, não reparais em que Deus pôs a o vosso dispor tudo quanto há nos céus e na terra, e vos cumulou com as Suas mercês, cognoscíveis e incognoscíveis? Sem dúvida, entre os humanos, há os que disputam tolamente acerca de Deus, sem orientação ou Livro esclarecedor algum." (Lucman, 31:20)
E para que seja também um espaço auspicioso para reflexão e meditação, que leva a conhecer o grande Criador, que merece ser adorado, como informou Deus isso, dizendo: "Na criação dos céus e da terra e na alternância do dia e da noite há sinais para os sensatos, que mencionam Deus, estando em pé, sentados ou deitados, e meditam na criação dos céus e da terra, dizendo: Ó Senhor nosso, não criaste isto em vão. Glorificado sejas! Salva-nos do tormento infernal!" (Ál 'Imran, 3:190-191)

A Saída de Adão e Sua Esposa (a paz esteja com eles), e de Satanás do Paraíso:
Depois de desobedecer a seu Senhor de se prostrar perante Adão, Deus prescreveu-lhe a miséria e a saída do Paraíso. Por isso, ele prometeu seduzir os filhos de Adão e desviá-los do caminho reto, por inveja como invejou a Adão antes. Deus também informou a respeito disso, dizendo: "Disse: Ó Senhor meu, tolera-me até ao dia em que forem ressuscitados! Disse-lhe: Serás, pois, dos tolerados, até ao dia do término prefixado. Disse: Ó Senhor meu, por me teres colocado no erro, juro que os alucinarei na terra e os colocarei, a todos, no erro; salvo, dentre eles, os Teus servos sinceros." (Al Hijr, 15:36-40)
O início da inimizade de Satanás a Adão (a paz esteja com ele) foi no Paraíso desde o início de sua criação. Começou persegui-lo, tramar contra ele e tentá-lo a comer da árvore que Deus o proibiu de comer para tirá-lo é a esposa do Paraíso e da bem-aventurança em que estavam. Satanás foi capaz de seduzir Adão (a paz esteja com ele) e fê-lo comer da árvore. Ele se arrependeu de seu pecado, confessou o seu erro, pediu perdão a Deus e Ele aceitou o seu arrependimento. O resultado desse pecado foi a sua expulsão e à esposa do Paraíso fazendo-os descer até a terra como Deus explica isso, dizendo: "E quando dissemos aos anjos: Prostrai-vos ante Adão! Todos se prostraram menos Lúcifer, que se negou. E então dissemos: Ó Adão, em verdade, este é tanto teu inimigo como de tua companheira! Que não cause a vossa expulsão do Paraíso, porque serás desventurado. Em verdade, nele não sofrerás fome, nem estarás afeito à nudez. E não padecerás de sede ou calor. Porém, Satanás sussurrou-lhe, dizendo: Ó Adão, queres que te indique a árvore da prosperidade e do reino eterno? E ambos (o casal) comeram (os frutos) da árvore, e suas vergonhas foram-lhes manifestadas, e puseram-se a cobrir os seus corpos com folhas das plantas do Paraíso. Adão desobedeceu ao seu Senhor, e deixou-se seduzir. Mas logo o seu Senhor o elegeu, absolvendo-o e encaminhando-o. Disse: Descei ambos do Paraíso! Sereis inimigos uns dos outros. Porém, logo vos chegará a Minha orientação e quem seguir a Minha orientação, jamais se desviará, nem será desventurado. Em troca, quem desdenhar a Minha Mensagem, levará uma mísera vida, e o faremos comparecer, cego, no Dia da Ressurreição." (Tá Há, 20:116-124)
Depois que Deus fez Satanás descer do céu à terra por causa de sua desobediência a Deus de prostrar perante Adão, de descer a Adão do Paraíso também por causa de sua desobediência à ordem de Deus e por comer do fruto da árvore que foi proibida por dez séculos aconteceu a diversidade, o politeísmo e o distanciamento do método do Senhor que Ele traçou para Adão e seus descendentes, isso por causa de Satanás que prometeu desviar os filhos de Adão. Ele tem sido capaz de seduzir muitos deles e os desviar da senda de Deus. Por misericórdia às pessoas, Deus enviou mensageiros para devolvê-los ao método correto e à senda reta que lhes garante a felicidade em ambos os mundos. O primeiro dos mensageiros, após o Adão, foi Noé (a paz esteja com ele) quando começaram aparecer os sinais de politeísmo entre seu povo. Deus lhes enviou Noé para devolvê-los ao método divino. Deus, Exaltado Seja, relata uma história sobre a convocação dele ao seu povo: "Noé disse: Ó Senhor meu, eles me desobedeceram e seguiram aqueles para os quais os bens e filhos não fizeram mais do que lhes agravar a desventura! E (eis que) conspiraram enormemente (contra Noé). E disseram (uns para os outros): Não abandoneis os vossos deuses, nem tampouco abandoneis Wadda, nem Sua’a, nem Yaguça, nem Ya’uca, nem Nassara, apesar de estes haverem extraviado muitos, se bem que Tu, ó Senhor meu, não aumentarás em nada os injustos, senão em extravio." (Noé, 71: 21-24)

 
A Necessidade das Pessoas aos Mensageiros e às Mensagens
As pessoas necessitam dos mensageiros e seus ensinamentos como a sua necessidade de comer e beber. As suas necessidades são para conhecer por intermédio delas seu Criador e para seus ensinamentos serem um método para a reforma de suas vidas, iluminar seus corações, orientar suas mentes, a fim de conhecer por meio deles o seu destino na vida e sua relação com ela e o que ela possui, sem se desviarem e caírem na imoralidade e nos pecados, para conhecerem os seus direitos e os seus deveres perante o seu Criador, perante si mesmos e perante as pessoas em torno deles.
Ibn al-Qayim, explicando este fato, disse: “A partir disso, ficamos sabendo que a necessidade dos servos acima de qualquer necessidade é conhecer o mensageiro, e o que ele trouxe, acreditar no que ele diz, e obedecer sua ordem. Certamente, não há caminho para a felicidade e o sucesso nem neste mundo, nem na Vida Após a Morte, mas por intermédio dos mensageiros. Não há nenhuma maneira de conhecer o bom e o mau em detalhes, mas, através deles, não se obtém a satisfação de Deus a não ser por intermédio deles. Certamente, as boas ações, as boas palavras e a moralidade só são obtidos através de sua orientação e do que trouxeram. Eles são a balança equilibrada, por intermédio de suas palavras, suas ações e sua moral são avaliados a moral as ações. Com o seu seguimento distinguem-se as pessoas da orientação das pessoas da desorientação. A necessidade por eles é maior do que a necessidade do corpo para a alma, e do olho para a sua luz, e o espírito para a vida. Qualquer necessidade e precisão impostas ao servo, a sua precisão e necessidade aos mensageiros está muito acima disso. O que você acha se você perder a sua orientação e o que ele trouxe no mínimo que seja? Seu coração se corromperá, tornar-se-á um peixe fora da água e colocado na frigideira. O situação do servo ao se distanciar do seu coração e do que foi trazido pelos Mensageiros é o mesmo desse peixe ou talvez pior. Mas só sente isso, o coração vivo”.

•  A Sabedoria de Deus na Seleção dos Mensageiros e dos Profetas:
A mensagem é a profecia são concessões e escolha divina que Deus concede a quem Ele quer de Seus servos. Não está vinculada a descendência, a virtude e a posição. Deus é Sapiente, Prudentíssimo e sabe onde coloca a Sua Mensagem, pois Ele diz: "Deus escolhe os mensageiros, entre os anjos e entre os humanos, porque é Oniouvinte, Onividente." (Al Hajj, 22:75)
Assim, não se deve invejar Mohammad, o mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) pela mensagem como Jesus (a paz esteja com ele) foi invejado pelos sacerdotes de Israel, pois é uma graça de Deus que Ele a quem concede a quem Ele quiser. Deus diz: "Ou invejam seus semelhantes por causa do que Deus lhes concedeu de Sua graça? Já tínhamos concedido à família de Abraão o Livro, a sabedoria, além de lhe proporcionarmos um poderoso reino." (An-Nissá, 4:54)
As posições e funções dos mensageiros de Deus (a paz esteja com eles) variam. Quanto à virtude, não são iguais, pois a virtude é de Deus que a concede a quem Ele quer de Seus servos; Deus, Exaltado Seja, diz: "De tais mensageiros preferimos uns mais que a outros. Entre eles, se encontram aqueles a quem Deus falou, e aqueles que elevou em dignidade. E concedemos a Jesus, filho de Maria, as evidências, e o fortalecemos com o Espírito da Santidade. Se Deus quisesse, a geração subsequente (a eles) não teria combatido entre si, depois de lhes terem chegado as evidências. Mas discordaram entre eles; uns acreditaram e outros negaram. Se Deus quisesse, não se teriam degladiado; porém, Deus faz o que quer." (Al Bacara, 2:253)

E os mais preferidos dentre todos os Mensageiros são os determinados que são cinco:
 
•  Noé (a paz esteja com ele)
Foi o primeiro dos profetas enviados por Deus após seu povo se tornar politeísta e sua situação se deteriorar, esquecendo-se das origens da lei de Deus que revelou aos profetas e mensageiros anteriores. Eles passaram a adorar ídolos, como Deus explicou isso, dizendo: "Em verdade, enviamos Noé ao seu povo, (dizendo-lhe): Admoesta o teu povo, antes que lhe açoite um castigo doloroso!" (Noé, 71:1)
Eles adotaram cinco ídolos, que consideravam sagrados e os adoravam em vez de Deus, a saber: (Wadda – Sua’a - Yaghuça – Ya’uca - Nassra) que Deus citou no Alcorão, dizendo:
"E disseram (uns para os outros): Não abandoneis os vossos deuses, nem tampouco abandoneis Wadda, nem Sua’a, nem Yaghuça, nem Ya’uca, nem Nassara." (Noé, 71:23)
 Ele (a paz esteja com ele) era temente a Deus, sincero, convidou seu povo de forma constante e com paciência e seguiu vários meios de convocar seu povo, mas eles zombaram dele e o desmentiram, como Deus explica isso, dizendo: "(Noé) disse: Ó Senhor meu, tenho predicado ao meu povo noite e dia; porém, a minha predicação não fez outra coisa senão aumentar o afastamento deles (da verdade). E cada vez que os convocava ao arrependimento, para que Tu os perdoasses, tapavam os ouvidos com os dedos e se envolviam com as suas vestimentas, obstinando-se no erro, e ensoberbecendo-se com persistência. Então, convoquei-os em voz alta; depois os exortei pública e privativamente, dizendo-lhes: Implorai o perdão do vosso Senhor, porque é Indulgentíssimo." (Noé, 71:5-10)
 No entanto, ele (a paz esteja com ele) continuou com a sua convocação. Porém, quanto mais ele os convocava e os advertia mais crescia a sua relutância e determinação no erro. Ele teve paciência com eles e continuou a convoca-los para a religião de Deus. Poucas pessoas o seguiram. Os infiéis continuaram com sua insolência. Por isso, Deus suspendeu a chuva. Noé os convocou a crerem para que Deus suspendesse o sofrimento. Eles acreditaram e Ele suspendeu o tormento. Mas voltaram para a descrença. Ele continuou convocando-os por 950 anos. Então, Noé queixou-se ao Senhor que o seu povo o desobedeceu, e seguiu aqueles cuja riqueza e filhos só lhes causaram ruína. E invocou a seu Senhor, dizendo: "E Noé disse: Ó Senhor meu, não deixes sobre a terra nenhum dos incrédulos! Porque, se deixares, eles extraviarão os Teus servos, e não gerarão senão os libertinos, ingratos." (Noé, 71:26-27).
Deus atendeu a sua súplica e lhe ordenou construir uma Arca – Ele era hábil em carpintaria - e assim foi feita para salvá-lo é aos crentes dentre seu povo do dilúvio que iria lavar a terra dos infiéis. Que levasse com ele um par de cada tipo. Em seguida, veio o dilúvio, pois Deus ordenou o céu que chovesse e da terra brotassem fontes. Assim, Deus afogou todos eles, como explicou: "Antes deles, o povo de Noé havia desmentido os mensageiros; desmentiram o Nosso servo, dizendo: É um louco! repudiando-o por todas as vias. Então ele invocou seu Senhor, dizendo: Estou vencido! Socorre-me! Então abrimos as portas do firmamento, com água torrencial (que fizemos descer). E fizemos brotar fontes da terra, e ambas as águas se encontraram na medida predestinada. E o conduzimos (Noé) em uma arca, de tábuas encavilhadas com fibras de palmeiras, que flutuava sob o Nosso olhar, como recompensa para aquele que foi desmentido. E a expusemos como sinal. Haverá, porventura, alguém que receberá a admoestação?" (Al Qamar, 54:9-15)
Dos seus três filhos multiplicou-se o resto dos seres humanos que são: Sam: pai dos árabes, dos persas e dos romanos, Ham: pai dos Sudaneses, dos ocidentais, dos coptas, dos hindus e dos sindeses, e Jafé: pai dos turcos, dos chineses, dos eslavos e de Gog e Magog.
 
•  Ibrahim (a paz esteja com ele)
O Amigo de Deus, o patriarca dos profetas. Teve, durante a velhice, Ismael e Isaac (a paz esteja com eles). De seus descendentes surgiu a maioria dos profetas, como Deus diz: "Louvado seja Deus que, na minha velhice, me agraciou com Ismael e Isaac! Como o meu Senhor é Exorável!" (Ibrahim, 14:39).
Deus o escolheu para a Sua mensagem e o preferiu a muitos de sua criação. Abraão vivia entre comunidades que atribuiam parceiros a Deus e adoravam os planetas, como Deus explica isso, dizendo: "Quando Abraão disse a Ezra, seu pai: Tomas os ídolos por deuses! eis que te vejo a ti e a teu povo em evidente erro. E foi como mostramos a Abraão o reino dos céus e da terra, para que se contasse entre os persuadidos. Quando a noite o envolveu, viu uma estrela e disse: Eis aqui meu Senhor! Porém, quando esta desapareceu, disse: Não adoro os que desaparecem. Quando viu despontar a lua, disse: Eis aqui meu Senhor! Porém, quando esta desapareceu, disse: Se meu Senhor não me iluminar, contar-me-ei entre os extraviados. E quando viu despontar o sol, exclamou: Eis aqui meu Senhor! Este é maior! Porém, quando este se pôs, disse: Ó povo meu, não faço parte da vossa idolatria! Eu me consagro a Quem criou os céus e a terra; sou monoteísta e não me conto entre os idólatras." (Al An'ám, 6:74-79)
Não lhe agradava isso. Pela sua natureza sentiu que existe um Deus maior do que esta máquina que não beneficiava nem prejudicava, até que Deus o guiou para conhecê-Lo e o escolheu por sua missão. Ele (a paz esteja com ele) muito argumentava com o seu povo, especialmente com evidência mental que deixava uma dúvida quanto à invalidade de suas crenças e a adoração de outros além de Deus, como Deus explica isso, dizendo: "E recita-lhes (ó Mensageiro) a história de Abraão, quando perguntou ao seu pai e ao seu povo: O que adorais? Responderam-lhe: Adoramos os ídolos, aos quais estamos consagrados. Tornou a perguntar: Acaso vos ouvem, quando os invocais? Ou, por outra, podem beneficiar-vos ou prejudicar-vos? Responderam-lhe: Não; porém, assim encontramos a fazendo os nossos pais. Disse-lhes: Porém, reparais, acaso, no que adorais, vós e os vossos antepassados? São inimigos para mim, coisa que não acontece com o Senhor do Universo; Que me criou e me ilumina; Que me dá de comer e de beber; Que, se eu adoecer, me curará. Que me dará a morte e então me ressuscitará. E que, espero, perdoará as minhas faltas, no Dia do Juízo. Ó Senhor meu, concede-me prudência e junta-me aos virtuosos!" (Ach-Chu'ará, 26:69-83)
Ele (a paz esteja com ele) continuou convocando o seu povo para a unicidade e de Deus e para a Sua adoração, rejeitando tudo o que adoravam além d’Ele. Mas negaram e desmentiram sua mensagem e tentaram queimá-lo. Deus o salvou de suas mãos. Deus relata a sua história com o seu povo, dizendo: "Então, (Abraão) lhes disse: Porventura, adorais, em vez de Deus, quem não pode beneficiar-vos ou prejudicar-vos em nada? Que vergonha para vós e para os que adorais, em vez de Deus! Não raciocinais? Disseram: Queimai-o e protegei os vossos deuses, se o puderdes (de algum modo)! Porém, ordenamos: Ó fogo, sê frescor e poupa Abraão! Intentaram conspirar contra ele, porém, fizemo-los perdedores." (Al Ambiyá, 21:66-70)
Depois de negação de seu povo, Deus lhe deu ordem para sair com sua esposa Hagar e seu filho Ismael para Makka, onde Deus estabeleceu a Abraão o local da Casa. Ajudado pelo seu filho Ismail, construiu a Casa. Deescende dele o derradeiro dos profetas, Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) que foi enviado para todas as pessoas até o acontecimento da Hora do Dia do Juízo Final, para que a Casa seja a diretriz de todos os muçulmanos de todas as partes da terra, como Deus explica isso, dizendo: "E quando Abraão implorou: Ó Senhor meu, faze com que esta cidade seja de paz, e agracia com frutos os seus habitantes que creem em Deus e no Dia do Juízo Final! Deus respondeu: Quanto aos incrédulos dar-lhes-ei um desfrutar transitório e depois os condenarei ao tormento infernal. Que triste destino! E quando Abraão e Ismael levantaram os alicerces da Casa, exclamaram: Ó Senhor nosso, aceita-a de nós, pois Tu és Oniouvinte, Sapientíssimo. Ó Senhor nosso, permite que nos submetamos a Ti e que surja, da nossa descendência, uma nação submissa à Tua vontade. Ensina-nos os nossos ritos e absolve-nos, pois Tu és o Remissório, o Misericordiosíssimo. Ó Senhor nosso, faze surgir, dentre eles, um Mensageiro, que lhes transmita as Tuas leis e lhes ensine o Livro, e a sabedoria, e os purifique, pois Tu és o Poderoso, o Prudentíssimo." (Al Bacara, 2:126-129)

 
•  Moisés (a paz esteja com ele)
Quem falou com Deus sem intermediário. Deus informou isso, dizendo: "E quando Moisés chegou ao lugar que lhe foi designado, e seu Senhor lhe falou, orou assim: Ó Senhor meu, permite-me que Te contemple! Respondeu-lhe: Nunca poderás ver-Me! Porém, olha o monte e, se ele permanecer em seu lugar, então Me verás! Porém, quando a majestade do seu Senhor resplandeceu sobre o Monte, este se reduziu a pó e Moisés caiu esvanecido. E quando voltou a si, disse: Glorificado sejas! Volto a Ti contrito, e sou o primeiro dos crentes!" (Al A'raf, 7:143)
O mensageiro dos filhos de Israel que mais foi citado no Alcorão. Ele foi mencionado em cento e vinte e nove assuntos como indicação do status  de Profeta e sua importante posição. Deus o apoiou com dois milagres: um é o cajado que se tornou uma grande serpente, e o outro a mão que ele introduzia no bolso e quando a retirava, saia branca, sem defeio em sinal da sinceridade de sua mensagem ao Faraó e ao seu povo, talvez, se tornasse a razão para acreditarem nele e na sua fé em Deus, como Deus disse: "Moisés disse: Ó Faraó, sou o mensageiro do Senhor do Universo. Justo é que eu não diga, a respeito de Deus, mais do que a verdade. Sem dúvida que vos trago uma evidência do vosso Senhor. Permiti, portanto, que os israelitas partam comigo. Respondeu-lhe: Se de fato trazes um sinal, mostra-no-lo, se estiveres certo. Então Moisés jogou o seu cajado, e eis que este se converteu numa autêntica serpente. E mostrou a mão, e eis que era de um fulgor branco para os espectadores." (Al A'raf, 7:104-108)

Deus o enviou ao Faraó e seu povo para convidá-los a adorarem somente a Deus e renunciarem aos outros, depois de terem se desviado da religião correta, tornando-se opressores e orgulhosos, cometendo injustiças. Além disso, o Faraó exortava o seu povo a adorá-lo e o instruia a dedicar-lhe os cultos que deveriam ser dedicados somente a Deus, como Deus diz: "O Faraó disse: Ó chefes, não tendes, que eu saiba, outro deus além de mim! Ó Haman, acende, pois, (o forno), para (cozer) tijolos, e constrói-me uma alta construção para que eu possa elevar-me até ao Deus de Moisés, se bem que, segundo me parece, (Moisés) seja um dos impostores!" (Al Cassas, 28:38)
Moisés convocou-o com sabedoria e palavras doces para a unicidade de Deus e à adoração somente a Deus. O Faraó combateu-o e reuniu-lhe os mágicos para tramarem contra ele. Porém, Moisés derrotou-os com a anuência de Deus, depois de lançar o seu cajado, que devorou os cajados e as cordas dos mágicos que pareciam para ele, pela sua magia, serpentes, como Deus evidenciou isso, dizendo: "Os chefes do povo do Faraó disseram: Sem dúvida que és um mago habilíssimo. (O Faraó disse): Ele pretende expulsar-vos da vossa terra. Que aconselhais? Responderam-lhe: Retém-no, juntamente com o seu irmão, e manda recrutadores às cidades. Que tragam todo mago hábil (que encontrarem). Quando os magos se apresentaram ante o Faraó, disseram: É de se supor que teremos uma recompensa se sairmos vencedores. Ele lhes respondeu: Sim, e vos contareis entre os mais chegados (a mim). Perguntaram: Ó Moisés, lançarás tu, ou então seremos nós os primeiros a lançar? Respondeu-lhes: Lançai vós! E quando lançaram (seus cajados), fascinaram os olhos das pessoas, espantando-as, e deram provas de uma magia extraordinária. Então, inspiramos Moisés: Lança o teu cajado! Eis que este devorou tudo quanto haviam simulado. E a verdade prevaleceu, e se esvaneceu tudo o que haviam forjado. (O Faraó e os chefes) foram vencidos, e foram humilhados. E os magos caíram prostrados." (Al A'raf, 7:109-120)
O Faraó e seu povo desacreditaram Moisés (a paz com ele), e Deus aplicou-lhes sanções por desacreditarem e por percorrerem a terra, praticando corrupção. Deus enviou-lhes o dilúvio, os gafanhotos, os piolhos, os sapos, o sangue, como sinais evidentes. Eles se tornaram arrogantes e incrédulos. Então Deus suspendeu as sanções por causa da súplica de Moisés (a paz esteja com ele) depois que lhe pediram para suplicar ao seu Senhor para suspender o castigo, que talvez acreditassem e cressem, mas só lhes acrescentou descrença e arrogância, como Deus diz: "Disseram-lhe: Seja qual for o sinal que nos apresentares para fascinar-nos, jamais em ti creremos. Então lhes enviamos as inundações, os gafanhotos, as lêndeas, os sapos e o sangue, como sinais evidentes; porém, ensoberbeceram-se, porque eram pecadores. Mas quando os açoitou o castigo, disseram: Ó Moisés, implora por nós, de teu Senhor, o que te prometeu; pois, se nos livrares do castigo, creremos em ti e deixaremos partir contigo os israelitas. Porém, quando os livramos do castigo, adiando-o para o término prefixado, eis que perjuram!" (Al A'raf, 7:132-135)
O impacto da rebelião, da teimosia, da descrença e do desacato do Faraó e seu povo, foi que Deus ordenou Moisés (a paz esteja com ele) que saisse, à noite, com seus servos do Egito com os crentes de seu povo, dos filhos de Israel para escapar com sua religião. O Faraó o perseguiu com seus soldados injustamente. Quando ambos os grupos se viram, com o mar à frente deles e o Faraó e seu exército atrás, os companheiros de Moisés disseram: “Seremos alcançados”. Moisés, porém, confiante em Deus e na promessa de vitória sobre o inimigo, disse: “Não”. Deus revelou-lhe para golpear o mar com o seu cajado. Este se dividiu em dois e cada uma ficou como alta montanha, para salvá-lo e aos que com ele estavam, e afogar o Faraó e seus soldados, como Deus informa, dizendo: "E quando as duas legiões se avistaram, os companheiros de Moisés disseram: Na certa seremos apanhados! Moisés lhes respondeu: Não! Meu Senhor está comigo e me iluminará! E inspiramos a Moisés: Golpeia o mar com o teu cajado! E eis que este se dividiu em duas partes, e cada parte ficou como uma alta e firme montanha. E fizemos aproximarem-se dali os outros. E salvamos Moisés, juntamente com todos os que com ele estavam. Então, afogamos os outros." (Ach-Chu'ará, 26:61-66)
Deus apoiou Moisés (a paz esteja com ele) com esse milagre que o Faraó e seus soldados não esperavam, mas a ordem de Deus é executada e a Sua vontade prevalece, acontecendo a sobrevivência de Moisés (a paz esteja com ele) e os crentes que com ele estavam, e a destruição do Faraó e seus seguidores para ser para os seus sucessores um sinal e uma lição uma vez que o mar o devolveu depois que pereceu, como Deus mostra isso, dizendo: "E fizemos atravessar o mar os israelitas; porém o Faraó e seu exército perseguiram-nos injusta e hostilmente até que, estando ao ponto de afogar-se, o Faraó disse: Creio agora que não há mais divindade além do Deus em que creem os israelitas, e sou um dos submissos!  (E foi-lhe dito:) Agora crês, ao passo que antes te havias rebelado e eras um dos corruptores! Porém, hoje salvamos apenas o teu corpo, para que sirvas de exemplo à tua posteridade. Em verdade, há muitos humanos que estão negligenciando os Nossos versículos." (Yunis, 10:90-92)
 
 
•  Jesus (a paz esteja com ele)
É Jesus, filho de Maria, o Verbo de Deus entregue a Maria e espírito d’Ele . O último dos profetas de Israel enviados por Deus após Moisés (a paz esteja com ele) aos filhos de Israel por causa de seu desvio do caminho certo, como Deus mostra isso, dizendo: "E depois deles (profetas), enviamos Jesus, filho de Maria, corroborando a Tora que o precedeu; e lhe concedemos o Evangelho, que encerra orientação e luz, corroborante do que foi revelado na Tora e exortação para os tementes." (Al Má'ida, 5:46)
Nasceu sem o concurso de pai pela sabedoria de Deus, Exaltado Seja. A sua criação foi como a criação de Adão (a paz esteja com ele) Deus o criou do pó, então lhe disse: Seja, e foi. Deus, explicou isso, dizendo: "O exemplo de Jesus, ante Deus, é idêntico ao de Adão, que Ele criou do pó; então lhe disse: Seja! e foi." (Ál 'Imran, 3:59)
Foi enviado para os filhos de Israel. Ele foi desacreditado, combatido e injuriado pelos seus sacerdotes. Ele teve paciência e continuou com sua mensagem, por saber que haverá outros mensageiros de Deus. Ele avisou que um Mensageiro viria depois dele chamado Ahmad (Deus o abençoe e lhe dê paz). Deus lhe ensinou o Livro, a sabedoria, a Torá e o Evangelho, e o apoiou com o Espírito Santo. Ele foi bom neste mundo e será no Outro, e dos próximos de Deus. Foram-lhe concedidos muitos milagres que impressionaram as pessoas de seu tempo. Ele falou ainda no berço com as pessoas, plasmou pássaros de argila e soprou neles e passaram a ser pássaros, com a anuência de Deus, curou o cego e o leproso e ressuscitou o morto, tudo isso, com a anuência de Deus. Informou às pessoas o que elas comiam e o que guardavam, como Deus explicou, dizendo: "E será um mensageiro para os israelitas, (e lhes dirá): Apresento-vos um sinal do vosso Senhor: eis que plasmarei de barro a figura de um pássaro, a qual alentarei, e a figura se transformará em pássaro, com o beneplácito de Deus; curarei o cego de nascença e o leproso; ressuscitarei os mortos, pela vontade de Deus, e vos revelarei o que consumis e o que entesourais em vossas casas. Nisso há um sinal para vós, se sois crentes." (Ál 'Imran, 3:49)
Sua convocação era como a convocação dos outros Mensageiros, seus irmãos, anteriores a ele. Ele convocou seu povo a adorar unicamente a Deus, o Único e Uno, mas só encontrou neles descrédito, oposição e opressão, e somente poucos acreditaram nele. Os sacerdotes judeus tramaram contra ele para o eliminarem e à sua mensagem. Porém, Deus o salvou, ascendendo-o aos céus e os judeus mataram ao homem que Deus fez parecer com Jesus. Os judeus e os cristãos que estavam presentes pensaram que Jesus tinha sido morto. Ele retornará, no final dos tempos para a terra e governará com a lei de Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz). Então, Deus o fará morrer, como Ele explica: "Tudo quanto existe na terra perecerá. E só subsistirá o Rosto do teu Senhor, o Majestoso, o Honorabilíssimo." (Ar Rahman, 55:26-27)

 
•  Mohammad (a paz esteja com ele)
O Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz), o Profeta árabe, iletrado que descende de Ismail bin Ibrahim o pai dos profetas, o último dos Mensageiros, o Profeta final e o melhor de todos. Foi enviado a todas as pessoas. Nasceu em Makka depois da morte do pai por alguns meses. Sua mãe faleceu e era ainda criança. Em seguida, foi cuidado por seu avô Abdul Mutalib. Após a morte deste, foi cuidado pelo tio Abu Tálib. Ele foi pastor de ovelhas durante um tempo para o povo de Makka. Foi enviado por Deus para todas as pessoas e não só para os árabes, enviou-o para a felicidade humana de todos nós e mostrou-lhes o caminho da verdade e da bondade e os advertiu quanto ao caminho da falsidade e do mal. Sua vida (Deus o abençoe e lhe dê paz) constituia de veracidade e confiança. Ninguém o acusou de traição, de falsidade e de fraude. Ficou conhecido entre o seu povo como “Amin” (de confiança) pelas sua honestidade. As pessoas deixavam seus pertences de valor depositados com ele quando desejavam viajar. Ficou conhecido entre eles pela sua veracidade, pelo que dizia. Recebeu a revelação com a idade de quarenta anos. Ele permaneceu em Makka durante treze anos convocando as pessoas ao monoteísmo, e ao abandono da adoração dos ídolos. Depois disso, migrou para Madina e chamou seu povo ao Islam. Todos adotaram o Islam. Deus revelou-lhe o resto dos cânones da religião. Ele conquistou Makka, após oito anos da migração e faleceu com a idade de 63 anos depois de ter recebido a revelação de todo o Alcorão. Assim, foram completados os cânones de todas as religiões e os árabes ingressaram no Islam. Seus seguidores depois dele divulgaram o Islam em todas as partes do planeta Terra. Até hoje as pessoas adotam esta grande religião convencidos que é a verdadeira religião após tê-la conhecido através das fontes corretas.
 
•  A Boa Família de Ál-Imran:
O envio de mensageiros e profetas, em intervalos, depois de Noé até Jesus (a paz esteja com ele), com quem os profetas de Israel se encerraram, e a mensagem e a profecia passou para Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) para ser o Selo de todos os Profetas, como Deus informou isso, dizendo: "Em verdade, Mohammad não é o pai de nenhum de vossos homens, mas sim o Mensageiro de Deus e o derradeiro dos profetas; sabei que Deus é Onisciente." (Al Ahzab, 33:40)
O Profeta Jesus (a paz esteja com ele) possui um lugar de destaque nos corações dos muçulmanos por ser de época próxima de sua época e por ser aquele que anunciou abertamente a vinda de seu Profeta, Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz). A estranheza dos cristãos fica maior quando ficam sabendo que o nome de Jesus aparece no Alcorão vinte e cinco vezes, enquanto o nome do Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) o Profeta do Islam, a quem foi revelado o Alcorão só é mencionado cinco vezes. Isso demonstra claramente que ele é um profeta e o que ele disse é revelação divina, e não suas palavras.
Devido à posição desse nobre Profeta, o Alcorão Sagrado incluiu muitos dos versículos que falam de Jesus (a paz esteja com ele) e sua boa e abençoada família.
Bem como a Virgem Maria, a mãe do profeta de Deus, Jesus (a paz esteja com ele) e sua família possuem um lugar especial nos corações dos muçulmanos. O Alcorão Sagrado a elogiuou e descreveu sua mãe como a adoradora pura de origem nobre e louvável, de boa família. Ele vincula o nome de sua família – Ál ‘Imran – a família nobre, a descendência abençoada dos profetas e mensageiros a quem pertence Jesus (a paz esteja com ele) à terceira Surata do Alcorão - A Surata Ál ‘Imran, em homenagem a ela e para permanecer esta família honrada, dignificada presente nas mentes dos muçulmanos. Deus, Exaltado Seja, disse: "Na verdade, Deus preferiu Adão, Noé, a família de Abraão e a de Imran, aos seus contemporâneos, descendentes uns dos outros, porque Deus é Oniouvinte, Sapientíssimo." (Ál 'Imran, 3:33-34)

Maria (a paz esteja com ela)
O Alcorão Sagrado elogiou Maria, filha de ‘Imran, mãe do Profeta Jesus (a paz esteja com ele), a veraz, a Virgem Imaculada, que cresceu na casa de castidade e pureza em muitas passagens do Alcorão. Ela foi descrita como bondosa, pura e piedosa. Deus disse: "E com Maria, filha de Imran, que conservou o seu pudor, e a qual alentamos com o Nosso Espírito, por ter acreditado nas palavras do seu Senhor e nos Seus Livros, e por se ter contado entre os consagrados" (At-Tahrim, 66:12).

O Alcorão explica que Maria (a paz esteja com ela) foi abençoada por causa de uma prece abençoada, de uma mãe abençoada. Deus diz: "Recorda-te de quando a mulher de Imran, disse: Ó Senhor meu, é certo que consagrei a ti, integralmente, o fruto do meu ventre; aceita-o, porque és o Oniouvinte, o Sapientíssimo." (Ál 'Imran, 3:35)
Que esta prece abençoada foi a causa da sua preservação e a do seu filho Jesus (a paz esteja com ele) do prevalecimento de Satanás sobre eles, uma vez que foi aceita pelo seu Senhor e a apoiou com alguns milagres que indicam seu bom nascimento, uma vez que recebia o seu sustento no local que estava e frutas e outros produtos fora da época. Ele indicou Zakaria (a paz esteja com ele) o bom homem, para cuidar, como Deus explica isso no Alcorão, dizendo: "E quando concebeu, disse: Ó Senhor meu, concebi uma menina, mas Deus bem sabia o que ela tinha concebido, e um macho não é o mesmo que uma fêmea. Eis que a chamo Maria; ponho-a, bem como à sua descendência, sob a Tua proteção, contra o maldito Satanás. Seu Senhor a aceitou benevolentemente e a educou esmeradamente, confiando-a a Zacarias. Cada vez que Zacarias a visitava, no oratório, encontrava-a provida de alimentos, e lhe perguntava: Ó Maria, de onde te vem isso? Ela respondia: De Deus!, porque Deus agracia imensuravelmente a quem Lhe apraz." (Ál 'Imran, 3:36-37)
Maria (a paz esteja com ela) era cultuadora inigualável quanto aos rituais e à adoração em seu tempo. Deus a agraciou, preferindo-a a todas as mulheres do mundo de seu tempo. Os anjos lhe anunciaram isso, como Deus disse no Alcorão: "Recorda-te de quando os anjos disseram: Ó Maria, Deus te elegeu e te purificou, e te preferiu a todas as mulheres da humanidade! Ó Maria, consagra-te ao Senhor. Prostra-te e ajoelha-te com os que se ajoelham!" (Ál 'Imran, 3:42-43)
Acrescentando-lhe a honra e mostrando a sua dignidade (a paz esteja com ela) Deus revelou uma Surata completa com o seu próprio nome (Mariam), a Surata 19 no Alcorão, que é a única surata em homenagem a uma mulher. Nesta Surata há elogios e honra a Maria que não existe similar nos livros dos cristãos e seus Evangelhos, sabendo-se que não existe no Alcorão uma só Surata em nome de uma das esposas do Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz), como Khadija ou Aicha ou das filhas dele como Fátima, ou de seus parentes (que Deus esteja satisfeito com eles). Também, não há Surata em nome de sua família, mas há uma Surata que repreende e reprova um parente próximo dele, seu tio Abu Lahab, que o Alcorão sentenciou que será das pessoas do Inferno. Isto, sem dúvida, demonstra a sinceridade de sua mensagem e a veracidade de sua profecia de que é apenas uma revelação divina, e não é de sua autoria. A sua mensagem iria satisfazer alguns de seus negadores se ele fosse o autor como dizem, teriam encontrado reverencias a ele (Deus o abençoe e lhe dê paz) e à sua família.
O Profeta do Islam, Mohammed (Deus o abençoe e lhe dê paz) elogiou a Maria (a paz esteja com ela) e a considerou a melhor das mulheres do mundo, onde ele disse: "As melhores mulheres do mundo são: Maria filha de ‘Imran, Khadija filha de Khuwaylid, Fátima filha de Mohammed e Ásiya, a esposa do Faraó".
O Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) a considerou como a que chegou à perfeição humana em seu gênero. Ele (Deus o abençoe e lhe dê paz) disse: “Muitos homens alcançaram a perfeição, e três mulheres alcançaram-na: Maria filha de ‘Imran, Ásiya, a esposa do Faraó, Khadija filha de Khuwaylid, e a preferência de Aicha sobre as mulheres como a preferência do ensopado sobre as outras comidas”.
O Profeta do Islam, Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) testemunho que será uma das mulheres preferidas do Paraíso, ele disse: “As melhores mulheres do Paraíso serão: Khadija filha de Khuwaylid, Fatima filha de Mohammad, Maria filha de ‘Imran, e Ásiya filha de Mazáhim, esposa do Faraó”.
 
•  Jesus (a paz esteja com ele)
O Alcorão elogiou Jesus, filho de Maria (a paz esteja com ele) descrevendo-o de forma que indica a importância de sua posição perante Deus, Bendito e Exaltado Seja, aunuciando-o para sua mãe, Maria (a paz esteja com ela) onde a agraciará com um filho criado de forma diferente da criação dos seres humanos, onde irá criá-lo com a Sua Capacidade e Vontade da palavra Seja!, e é. Que seria nobre neste mundo e no Outro, dos próximos de Deus, Profeta generoso, puro, honrado, apoiado por milagres e um mensageiro para os Filhos de Israel, como Deus disse: "E quando os anjos disseram: Ó Maria, Deus te anuncia o Seu Verbo, cujo nome será o Messias, Jesus, filho de Maria, nobre neste mundo e no outro, e que se contará entre os próximos de Deus. Falará aos homens, ainda no berço, bem como na maturidade, e se contará entre os virtuosos. Perguntou: Ó Senhor meu, como poderei ter um filho, se mortal algum jamais me tocou? Disse-lhe o anjo: Assim será. Deus cria o que deseja, posto que quando decreta algo, basta dizer: Seja! e é. Ele lhe ensinará o Livro, a sabedoria, a Tora e o Evangelho." (Ál 'Imran, 3:45-48)

•  Seu Nascimento:
Deus explica no Alcorão a verdade sobre Jesus, filho de Maria (a paz esteja com ele) e o que Deus lhe concedeu de milagres. Ele explica o nascimento de Jesus de forma suficiente, lógica e correta, aceita pela razão e pela verdadeira lógica, concedendo-lhe a posição adequada como profeta. Tornou-o um dos seres humanos, servo de Deus, livre das obscenidades e das acusações dos sacerdotes judeus de ser um bastardo, longe está disso, e das acusações de outros de ser o Filho de Deus ou Deus. O Alcorão vê que o nascimento de Jesus (a paz esteja com ele) sem o concurso de pai não pode ser uma alegação de ser cultuado ou fazer dele um filho de Deus, Exaltado Seja. Deus está muito acima disso. Nisso há uma evidência da perfeição da capacidade de Deus para esses tipos de criação, uma vez que Ele criou Adão sem o concurso de homem e de mulher, e criou Eva sem o concurso de uma mulher, e criou Jesus de mulher sem o concurso de homem, e criou o resto da criação de homem e mulher. Deus diz: "O exemplo de Jesus, ante Deus, é idêntico ao de Adão, que Ele criou do pó; então lhe disse: Seja! e foi. Esta é a verdade emanada do teu Senhor. Não sejas, pois, dos que (dela) duvidam. Porém, àqueles que discutem contigo a respeito dessa questão, depois de te haver chegado o conhecimento, dize-lhes: Vinde! Convoquemos os nossos filhos e os vossos, as nossas mulheres e as vossas, a nós mesmos e a vós mesmos; então, invoquemos para que a maldição de Deus caia sobre os mentirosos. Esta é a verdadeira avaliação: não há mais divindade além de Deus, e Deus é o Poderoso, o Prudentíssimo. Porém, se desdenharem, saibam que Deus bem conhece os corruptores." (Ál 'Imran, 3:59-63)
O nascimento de Jesus é o nascimento de um ser humano, criado por Deus, formado no útero como são formadas outras criaturas que refletem a capacidade de Deus, Glorificado e Exaltado Seja, quando o criou sem o concurso de um pai, como é refletido em muitas de suas criaturas. Deus, Exaltado Seja, explica a verdade sobre Jesus antes e após da sua criação, dizendo: "E menciona a Maria, no Livro, a qual se separou de sua família, indo a um local ao leste. E colocou uma cortina para ocultar-se dela (da família), e lhe enviamos o Nosso Espírito, que lhe apareceu personificado, como um homem perfeito. Disse-lhe ela: Guardo-me de ti no Clemente, se é que temes a Deus. Explicou-lhe: Sou tão-somente o mensageiro do teu Senhor, para agraciar-te com um filho imaculado. Disse-lhe: Como poderei ter um filho, se nenhum homem me tocou e jamais deixei de ser casta? Disse-lhe: Assim será, porque teu Senhor disse: Isso Me é fácil! E faremos disso um sinal para os homens, e será uma prova de Nossa misericórdia. E foi uma ordem decretada. E quando concebeu, retirou-se, com o seu rebento, para um lugar afastado. As dores do parto a constrangeram a refugiar-se junto a uma tamareira. Disse: Oxalá eu tivesse morrido antes disto, ficando completamente esquecida! Porém, chamou-a uma voz, junto a ela: Não te atormentes, porque teu Senhor fez correr um riacho a teus pés! E sacode o tronco da tamareira, de onde cairão sobre ti tâmaras maduras e frescas. Come, pois, bebe e consola-te; e se vires algum humano, faze-o saber que fizeste um voto de jejum ao Clemente, e que hoje não poderás falar com pessoa alguma. Regressou ao seu povo levando-o (o filho) nos braços. E lhe disseram: Ó Maria, eis que trouxeste algo extraordinário! Ó irmã de Aarão, teu pai jamais foi um homem do mal, nem tua mãe uma (mulher) sem castidade! Então ela lhes indicou que interrogassem o menino. Disseram: Como falaremos a uma criança que ainda está no berço? Ele lhes disse: Sou o servo de Deus, o Qual me concedeu o Livro e me designou como profeta. Fez-me abençoado, onde quer que eu esteja, e me recomendou a oração e (a paga do) zakat enquanto eu viver. E me fez gentil para com a minha mãe, não permitindo que eu seja arrogante ou rebelde. A paz está comigo, desde o dia em que nasci; estará comigo no dia em que eu morrer, bem como no dia em que eu for ressuscitado. Este é Jesus, filho de Maria; é a pura verdade, da qual duvidam. É inadmissível que Deus tenha tido um filho. Glorificado seja! Quando decide uma coisa, basta-lhe dizer: Seja!, e é." (Mariam, 18:16-35)

O Alcorão explica também que a gravidez de Maria com Jesus (a paz esteja com eles) foi causada por um sopro do anjo Gabriel (a paz esteja com ele), que lhe apareceu em forma humana. Deus lhe havia ordenado a soprar no bolso de seu manto, e o sopro desceu para sua vagina, e ela ficou grávida imediatamente, como as mulheres ficam grávidas quando têm relações sexuais com o marido. Assim, ficou grávida com Issa (Jesus) (a paz esteja com ele). Longe está ela (a paz esteja com ela) de ser como foi acusada pelos doutos judeus como prostituta e seu filho bastardo. Ele está livre disso e sua mãe Maria (a paz sesteja com ambos) está livre da abominação e da indecência. O Alcorão a isentou de tudo isso, como Deus disse: "E (recorda-te) também daquela que conservou a sua castidade (Maria) e a quem alentamos com o Nosso Espírito, fazendo dela e de seu filho sinais para a humanidade." (Al Ambiyá, 21:91)

•  A Condição Humana de Jesus (a paz esteja com ele)
O Alcorão explicou a verdade sobre Jesus, filho de Maria (a paz esteja com ele) e disse que ele é servo de Deus Que o abençoou e o escolheu para comunicar Sua mensagem aos filhos de Israel, depois de Moisés, e excplicou que sua mãe é pura, que acontece a ela e a seu filho, Jesus (a paz esteja com eles) o que acontece em outros seres humanos. Ele come e bebe, dorme, sente dor e chora. Quem possui essas características como pode ser um deus? E Deus está muito acima de tudo, como Deus também informa isso, dizendo:
"O Messias, filho de Maria, não é mais do que um mensageiro, do nível dos mensageiros que o precederam; e sua mãe era sinceríssima. Ambos se sustentavam de alimentos terrenos, como todos. Observa como lhes elucidamos os versículos e observa como se desviam." (Al Má'ida, 5:75)
Deus não tem esposa nem filho porque Ele, Glorificado Seja, é o Senhor de todas as criaturas, não há outra divindade além d’Ele, não há outro Senhor além d’Ele. A alegação de que Deus possui filho é uma das maiores calúnias contra Ele. Tudo além de Deus é criatura como servo d’Ele e está à sua disposição, guiado, humilhado, confessado por ele com a língua ou pela natureza, como Deus explica isso, dizendo: "Afirmam: O Clemente teve um filho! Sem dúvida que hão proferido uma heresia. Por isso, pouco faltou para que os céus se fundissem, a terra se fendesse e as montanhas, desmoronassem. Isso, por terem atribuído um filho ao Clemente, quando é inadmissível que o Clemente houvesse tido um filho. Sabei que tudo quanto existe nos céus e na terra comparecerá, como servo, ante o Clemente." (Mariam, 19:88-93)
Como pode ter filho uma vez que isso só pode ser o produto de duas coisas proporcionais equilibradas e próximas, e Deus, Exaltado Seja, é incomparável, sem semelhante, como Deus explica isso, dizendo: "Dize: Ele é Deus, o Único! Deus! O Absoluto! Jamais gerou ou foi gerado! E ninguém é comparável a Ele!" (Al Ikhlás, 112:1-4)
Alegar filho a Deus não é uma alegação recente, mas é tão antiga quanto o próprio homem. Começou a aparecer após o aparecimento do início do politeísmo dos seres humanos. Os politeístas árabes afirmavam que Deus teve relações com os gênios e disso nasceu a raça dos anjos, e afirmavam que eram filhas de Deus, Exaltado Seja Ele do que diziam. Deus disse: "Pergunta-lhes: Porventura, pertencem ao teu Senhor as filhas, assim como a eles os varões? Acaso, criamos os anjos femininos, sendo eles testemunhas? Acaso, não é certo que em sua calúnia dizem: Deus tem gerado!? Certamente que são mentirosos! Preferiu Ele as filhas aos filhos? Que tendes? Como julgais? Acaso não recebestes a admoestação? Ou tendes uma autoridade evidente? Apresentai, pois, o vosso livro, se estiverdes certos! E inventam um parentesco entre Ele e os gênios, sendo que estes bem sabem que comparecerão (perante o Trono do Seu Julgamento)! Glorificado seja Deus (Ele está livre) de tudo quanto Lhe atribuem! Mas não da parte dos servos sinceros de Deus." (As Sáffat, 37:149-160)

E os doutos dos judeus e dos cristãos alegam injusta e falidades sobre Deus, de que Ele teve um filho, seguindo a tradição daqueles que os precederam nesta alegação que a mente sã não aceita, como Deus disse isso no Alcorão: "Os judeus dizem: Ezra é filho de Deus; os cristãos dizem: O Messias é filho de Deus. Tais são as palavras de suas bocas; repetem, com isso, as de seus antepassados incrédulos. Que Deus os combata! Como se desviam! Tomaram por senhores seus rabinos e seus monges em vez de Deus, assim como fizeram com o Messias, filho de Maria, quando não lhes foi ordenado adorar senão a um só Deus. Não há mais divindade além d‘Ele! Glorificado seja pelos parceiros que Lhe atribuem!" (At Tauba, 9:30-31)

O Alcorão classifica como incredulidade quem crê que Jesus, Filho de Maria, é Deus ou filho de Deus ou o terceiro da Trindade. Ele explica que a convocação de Cristo (a paz esteja com ele) era estabelecer a Unicidade de Deus e a convocação para Ele, sem politeísmo, seguindo o exemplo daqueles que o precederam de profetas e menasageiros, como Deus explica isso, dizendo: "São blasfemos aqueles que dizem: Deus é o Messias, filho de Maria, ainda quando o mesmo Messias disse: Ó israelitas, adorai a Deus, Que é meu Senhor e vosso. A quem atribuir parceiros a Deus, ser-lhe-á vedada a entrada no Paraíso e sua morada será o fogo infernal! Os injustos jamais terão socorredores. São blasfemos aqueles que dizem: Deus é um da Trindade! porquanto não existe divindade alguma além do Deus Único. Se não desistirem de tudo quanto afirmam, um doloroso castigo açoitará os incrédulos entre eles. Por que não se voltam para Deus e imploram o Seu perdão, uma vez que Ele é Indulgente, Misericordiosíssimo?"  (Al Má'ida, 5:72-74)\
As provas mentais apresentados pelo Alcorão mostram que Deus é o criador administrador capaz, o Senhor e soberano de tudo, que cria o que quiser e faz o que quer. Que o que Jesus (a paz esteja com ele) fazia de milagres era pela anuência e vontade de Deus e não por ordem decorrida de Jesus. Mostra, também, que Jesus (a paz esteja com ele) e sua mãe não tinham poder de prejudicar nem beneficiar ninguém, não possueiam poder de dar vida ou morte e de ressuscitar ninguém, Que Deus, Glorificado e Exaltado Seja, não necessita deles ou de qualquer uma de Suas criaturas. Ao contrário, as criaturas necessitam d’Ele e de Sua benignidade, uma vez que Ele, Exaltado Seja, disse: "São blasfemos aqueles que dizem: Deus é o Messias, filho de Maria. Dize-lhes: Quem possuiria o mínimo poder para impedir que Deus, assim querendo, aniquilasse o Messias, filho de Maria, sua mãe e todos os que estão na terra? Só a Deus pertence o Reino dos céus e da terra, e tudo quanto há entre ambos. Ele cria o que Lhe apraz, porque é Onipotente." (Al Má'ida, 5:17)
Deus revelou versículos no Alcorão advertindo os doutos dos filhos de Israel, proibindo-os de cometerem extremismo na religião, de dizerem inverdades a respeito de Deus. Ficou claro que Jesus (a paz esteja com ele) que os cristãos afirmam ser Deus ou filho de Deus ou é o terceiro da Trindade é ser humano como os outros seres humanos, fazia súplicas a Deus, adorava-O e não sentia constrangimento de ser um servo submetido a Deus, que desdém e se sente orgulhoso de adorar a Deus, o seu destino é o tormento e a eternidade no Inferno, como o Alcorão explica isso com as palavras de Deus, Exaltado Seja: "Ó adeptos do Livro, não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus e o Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Deus e em Seus mensageiros e não digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra, e Deus é mais do que suficiente Guardião. O Messias não nega ser um servo de Deus, assim como tampouco o fizeram os anjos próximos (de Deus). Mas (quanto) àqueles que desdenharam adoração a Ele e se ensoberbeceram, Ele os congregará a todos ante Si. Quanto aos crentes que praticarem o bem, Deus lhes retribuirá com recompensas e os acrescentará da Sua graça; quanto àqueles que desdenharem a adoração a Ele e se ensoberbecerem, Ele os castigará dolorosamente e não acharão, além de Deus, protetor, nem defensor algum." (An Nissá, 4:171-173)
Além da alegação de ser ele Deus ou o Filho de Deus ou é o terceiro da Trindade, os doutos judeus acusam Jesus (a paz esteja com ele) que ele possui espírito satânico, terreno, sinistro. O Alcorão mostra a invalidade disso, e mostra que Jesus (a paz esteja com ele) possui espírito elevado, benevolente, como Deus diz: "Recorda-te de quando o teu Senhor disse aos anjos: De barro criarei um homem. Quando o tiver plasmado e alentado com o Meu Espírito, prostrai-vos ante ele." A Letra Sad, 38:71-72)

Mas esse espírito é como o resto dos espíritos criados, adicionados a Deus para efeito de honra e homenagem a Ele. A palavra espírito não é característica de Jesus (a paz esteja com ele) sozinho. O espírito de Adão (a paz esteja com ele) foi acrescentado a Deus para efeito de honra e homenagem a Ele, como Deus informou isso em Seu Livro; Ele disse: "E menciona a Maria, no Livro, a qual se separou de sua família, indo a um local ao leste. E colocou uma cortina para ocultar-se dela (da família), e lhe enviamos o Nosso Espírito, que lhe apareceu personificado, como um homem perfeito." (Mariam, 19:16-17)
Como mencionamos no nascimento de Jesus, onde Deus denomina o anjo Gabriel (a paz esteja com ele) o Espírito de Deus, Exaltado Seja, no versículo quando o enviou a Maria (a paz esteja com ela) para agraciá-la com um filho nobre: “E menciona a Maria, no Livro, a qual se separou de sua família, indo a um local ao leste. E colocou uma cortina para ocultar-se dela (da família), e lhe enviamos o Nosso Espírito, que lhe apareceu personificado, como um homem perfeito” (Alcorão Sagrado, 19:16-17).
O Alcorão, também, foi denomindo por Deus de ser espírito por vivificar os corações, pelo que lhes concede de conforto psicológico, de estabilidade pessoal, bem como vivifica as comunidades, realizando-lhes os seus próprios interesses mundanos, que concede a cada um o seu direito. Portanto, ele protege as almas, as honras e os bens, como Deus explica isso, dizendo: "E também te inspiramos com um Espírito, por ordem Nossa, antes do quê não conhecias o que era o Livro, nem a fé; porém, fizemos dele uma Luz, mediante a qual guiamos quem Nos apraz dentre os Nossos servos. E tu certamente te diriges para uma senda reta." (Ax Xura, 42:52)

•  A Profecia de Jesus (a paz esteja com ele)
O Alcorão explica que todos os Profetas anteriores e posteriores, são descendentes de Noé e de Abraão (a paz esteja com eles), bem como os livros revelados aos mensageiros da descendência destes dois nobres Profetas. Não há dúvida de que o nosso Profeta Mohammad (Deus o abençõe e lhe dê paz) é dos descendentes de Ismael, filho de Abraão |(a paz esteja com eles), como Deus mostra isso, dizendo: “E enviamos também Noé e Abraão, e estabelecemos entre seus descendentes a profecia e o Livro; entre eles, há os encaminhados; porém, a sua maioria é depravada.” (Alcorão Sagrado, 57:26)
Faz parte dos princípios da fé entre os muçulmanos a crença em todos os mensageiros de Deus. O Alcorão abrange a ordem de honrá-los, reverenciá-los, defendê-los, divulgar o afeto a eles entre as pessoas, crer no que foi revelado a eles a partir de Deus, Bendito e Exaltado Seja. Entre estes mensageiros o nerbo de Deus, Jesus, filho de Maria (a paz esteja com ele) que recebeu um grande prestígio entre eles. Deus, Exaltado Seja, diz: "Dizei: Cremos em Deus, no que nos tem sido revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos; no que foi concedido a Moisés e a Jesus e no que foi dado aos profetas por seu Senhor; não fazemos distinção alguma entre eles, e a Ele nos submetemos. Se crerem no que vós credes, iluminar-se-ão; se se recusarem, estarão em dissidência. Deus ser-vos-á suficiente contra eles, e Ele é o Oniouvinte, o Sapientíssimo." (Al Bacara, 2:136-137)
Os filhos de Israel antes da missão de Moisés (a paz esteja com ele) eram vulneráveis, humilhados, submissos e escravizados na terra, como Deus informa isso, dizendo: "Recordai-vos de quando vos livramos do povo do Faraó que vos infligia os piores castigos, sacrificando os vossos filhos e deixando com vida as vossas mulheres; naquilo tivestes uma grande prova do vosso Senhor!" (Al A'raf, 7:141)
Deus os agraciou com a missão de Moisés (a paz esteja com ele). Deus os honrou com esta nobre missão, alterando seu estado de humilhação para o de orgulho, e da pobreza para a riqueza, da inferioridade para a superioridade. Eles se tornram invisíveis, como Deus explica isso, dizendo: "Fizemos com que o povo que havia sido escravizado herdasse as regiões orientais e ocidentais da terra, às quais abençoamos. Então, a sublime promessa de teu Senhor se cumpriu, em relação aos israelitas, porque foram perseverantes, e destruímos tudo quanto o Faraó e o seu povo haviam erigido." (Al A'raf, 7:137)
Depois de algum tempo, a maioria dos filhos de Israel se desviou do método do Senhor, que foi trazido por Moisés (a paz esteja com ele). Eles agiram injustamente e cometeram corrupção na terra. Desacreditaram e mataram os profetas e os justos dentre eles. Uma parte deles negou a ressurreição e a punição e se envolveu nos desejos e prazeres e usurparam a riqueza das pessoas ilegalmente. Então, Deus enviou-lhes o Jesus, filho de Maria, um mensageiro a quem ensinou a Torá e o Evangelho para retorná-los ao método divino e à fonte cristalina e correta que os salvaria da péssima situação em que se encontravam, como Deus informou isso, dizendo: "E depois deles (profetas), enviamos Jesus, filho de Maria, corroborando a Tora que o precedeu; e lhe concedemos o Evangelho, que encerra orientação e luz, corroborante do que foi revelado na Tora e exortação para os tementes." (Al Má'ida, 5:46)
O Profeta Jesus convocou os filhos de Israel para adorar a Deus e transmitir-lhes a Sua mensagem, agir conforme as disposições do Evangelho e da melhor forma, como Deus informa isso, dizendo:
"E quando Jesus lhes apresentou as evidências, disse: Trago-vos a sabedoria, para elucidar-vos sobre algo que é objeto das vossas divergências. Temei, pois, a Allah, e obedecei-me! Allah é meu Senhor e vosso. Adorai-O, pois! Eis aqui a senda reta!" (Azzukhruf, 43:63-64)
Quando Jesus (a paz esteja com ele) viu sua descrença e rejeição de sua convocação, chamou seu povo, dizendo: “Quem irá colaborar comigo e me defender e permanecer comigo, ser paciente ao que irá encontrar a fim de espalhar a religião de Deus? Os doze Apóstolos creram nele, prometeram-lhe divulgar a religião de Deus e pregá-la entre os seus povos, terem paciência quanto ao que irão encontrar pela causa, como Deus informou isso, dizendo: "E quando Jesus lhes sentiu a incredulidade, disse: Quem serão os meus colaboradores na causa de Deus? Os discípulos disseram: Nós seremos os colaboradores, porque cremos em Deus; e testemunhamos que somos muçulmanos. Ó Senhor nosso, cremos no que tens revelado e seguimos o Mensageiro; inscreve-nos, pois, entre os testemunhadores." (Ál 'Imran, 3:52-53)

•  A Característica de Jesus (a paz esteja com ele) Seus Méritos e Virtudes
O Alcorão descreve Jesus (a paz esteja com ele) com atributos que indicam o seu elevado estatuto de nobre Profeta de Deus e que ele tinha incluído qualidades de perfeição humana que lhe concede este grande e permanente estado honroso, como Deus diz: "E depois deles (profetas), enviamos Jesus, filho de Maria, corroborando a Tora que o precedeu; e lhe concedemos o Evangelho, que encerra orientação e luz, corroborante do que foi revelado na Tora e exortação para os tementes." (Al Má'ida, 5:46)
O Alcorão informou, também, que este Mensageiro é apoiado por Deus, Exaltado Seja, e protegido por Ele, agraciado com a veracidade da fé e a correção de sua convicção quanto à perfeição. Deus diz: "Concedemos o Livro a Moisés, e depois dele enviamos muitos mensageiros, e concedemos a Jesus, filho de Maria, as evidências, e o fortalecemos com o Espírito da Santidade. Cada vez que vos era apresentado um mensageiro contrário aos vossos interesses, vós vos ensoberbecíeis! Desmentíeis uns e assassináveis outros!" (Al Bacara, 2:87)
O Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) descreveu-o como bom exemplo e modelo maravilhoso de fé, adoração e devoção a Deus Glorificado e Exaltado Seja. Que o seu retorno, no final dos tempos é um grande sinal da aproximação do início da Hora do Juízo Final, como Deus explica isso, dizendo: "E quando é dado como exemplo o filho de Maria, eis que o teu povo o escarnece! E dizem: Porventura, nossas divindades não são melhores do que ele? Porém, tal não aventaram senão com o intuito de disputa. Esses são os litigiosos! Ele (Jesus) não é mais do que um servo que agraciamos, e do qual fizemos um exemplo para os israelitas. E, se quiséssemos, teríamos feito de anjos a vossa prole, para que vos sucedessem na terra. E (Jesus) será um sinal (do advento) da Hora. Não duvideis, pois, dela, e segui-me, porque esta é a senda reta." (Az Zukhruf, 43:57-61)
Mohammad, o Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) descreveu-o com a retidão e a piedade quando ele disse a seus companheiros: “Sereis todos congregados perante Deus, o Altíssimo, descalços, despidos e não circuncidados.” Então, ele recitou: “Do mesmo modo como originamos a criação, reproduzi-la-emos. É uma promessa que fazemos, e certamente a cumpriremos”. (Alcorão Sagrado, 21:104).
A primeira criatura a aparecer vestida, no Dia da Ressurreição, será Abraão (a paz esteja com ele); e comparecerão homens da minha própria comunidade para serem levados ao Fogo; então eu direi: ‘Ó Senhor, eis que são meus companheiros!’ E me responderá: ‘Porém, não sabe o que cometeram depois de você! Continuaram renegando-o, desde o tempo em que os deixou.’ E eu direi o que disse aquele virtuoso servo de Deus, Jesus, filho de Maria: ‘E enquanto permaneci entre eles, fui testemunha contra eles; e quando quiseste encerrar os meus dias na terra, foste tu o seu Único observador, porque és Testemunha de tudo. Se Tu os castigas é porque são os Teus servos; e se os perdoas, é porque Tu és o Poderoso, o Prudentíssimo’ (Alcorão Sagrado, 5:117-118).
Quanto às suas qualidades físicas, foi descrito pelo Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) da seguinte forma: "Não há profeta entre mim e Jesus, filho de Maria, e Ele retornará. Se vocês o verem, devem reconhecê-lo. Ele é um homem de altura mediana, não muito alto nem muito baixo, não gordo nem magro, sua cor é corada e branca, sua cabeça como se pinga água sem se molhar. "
O Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) disse: "Os profetas são irmãos paternais e sua religião é uma só, suas mães são diferentes, e eu sou o mais próximo de Jesus, filho de Maria, porque não há entre mim e ele um profeta, e ele voltará. Se vocês o verem devem reconhecê-lo, sua cor é corada e branca, cabelo liso, como se sua cabeça pingasse, embora não se molhasse, quebrará a cruz, matará os porcos, e rejeitará a jizya (ou seja, não aceitará outras religiões), e eliminará todas as seitas, com exceção do Islam. Deus fará perecer em seu tempo o Anticristo mentiroso. A segurança prevalecerá na terra, ao ponto de camelos passearem com leões, tigres com gado, lobos com ovelhas, homens e meninos brincarão com serprentes sem ninguém prejudicar um ao outro. Permanecerá quanto o que Deus quiser, então falecerá, os muçulmanos farão a oração fúnebre por ele e o sepultarão.» (Hadice narrado por Ahmad).
Ele (Deus o abençoe e lhe dê paz) disse, também, em outra narrativa: «Eu vi Jesus, Moisés e Abraão. Quanto a Jesus é corado, cabelos crespos, peito largo. Quanto a Moisés, é uma pessoa gorda, de cabelos lisos, como se fosse da tribo de homens Zat». (Bukhari).
O Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) explicou que crer nele faz parte da fé dos muçulmano e um dos meios de entrar no Paraíso, ao dizer: «Quem testemunhar que não há outra divindade além de Deus Único, sem parceiro, que Mohammad é Seu servo e Mensageiro, e que Issa (Jesus) é servo de Deus e Seu Mensageiro e Seu verbo concedido a Maria e um Espírito d’Ele, que o Paraíso é certo, que o Inferno é certo, Deus o introduzirá no Paraíso pelo que ele tenha feito». (Bukhari).
E a crença nele, também, é uma das causas de duplicar as benevolências e os graus. O Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) disse: «Se a pessoa ensinar a sua serva boas maneiras, educá-la bem, então a libertar e casar com ela terá uma dupla recompensa, e se crer em Jesus, filho de Maria, e então crer em mim terá duas recompensas. Se o servo temer a seu Senhor e obedecer a seus senhores, a sua recompensa será dupla.» (Bukhari).
O Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) explicou a pureza desse nobre Profeta e sua consciência limpa que nem a raiva, nem a inveja, nem o exagero, nem o ódio a mancha. Ela era cheio de boas opiniões a respeito das pessoas e magnificava a Deus ao dizer: "Jesus, filho de Maria, viu um homem roubando, disse-lhe: “Você roubou?” Ele disse: “Não, por Aquele que não há outra divindade além d’Ele.” Jesus disse: “Acredito em Deus e desacredito nos meus olhos." (Bukhari)

 • Jesus (a paz esteja com ele) e o Anticristo
O Alcorão explica que o retorno de Jesus (a paz esteja com ele) no final dos tempos é um dos sinais do acontecimento da Hora do Juízo Final, e prova da aproximação do Dia da Ressurreição, como Deus informou isso ao dizer: "E quando é dado como exemplo o filho de Maria, eis que o teu povo o escarnece! E dizem: Porventura, nossas divindades não são melhores do que ele? Porém, tal não aventaram senão com o intuito de disputa. Esses são os litigiosos! Ele (Jesus) não é mais do que um servo que agraciamos, e do qual fizemos um exemplo para os israelitas. E, se quiséssemos, teríamos feito de anjos a vossa prole, para que vos sucedessem na terra. E (Jesus) será um sinal (do advento) da Hora. Não duvideis, pois, dela, e segui-me, porque esta é a senda reta." (Az Zukhruf, 43:57-61)
E pelo seu mérito, (a paz esteja com ele) Deus o escolheu para matar o Anticristo, propagar o Islam e convocar as pessoas a Ele. Isso acontecerá quando crescerem os tumultos e as agitações, a natureza das pessoas se desviar, e houver inversão de valores com a rejeição da prática do bem e a permissão da prática do mal. Ele irá restabelecer a justiça e propagar o Islam, como Mohammad, o Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz), dizendo: "Ó povo! Não haverá outra intriga sobre a face da terra, desde que Deus criou a descendência de Adão, maior de que a intriga do Anticristo. Deus, Exaltado Seja, não enviou um profeta sem advertir seu povo a respeito do Anticristo. Eu sou o último dos profetas, e vocês constituem a última comunidade. Ele aparecerá dentre vocês, inevitavelmente. Se aparecer enquanto estou entre vocês, eu serei o argumento de todos os muçulmanos, se surgir depois de mim, cada um será o seu próprio argumento, e Deus é meu sucessor para todo muçulmano. Ele surgirá na região entre a Síria e o Iraque. E causará danos a direita e à esquerda. Servos de Deus! Ó gente! Fiquem firmes, eu vou descrevê-lo para vocês de forma que nenhum profeta descreveu antes de mim. Ele dirá: Eu sou o Senhor, e vocês não poderão ver o seu Senhor até que morram. Ele é caolho, mas o seu Senhor não é caolho, e está escrito entre os olhos: incrédulo, palavra lida por todos os crentes, sabendo ler ou não. Entre a sua intriga está o ele ter paraíso e inferno. O seu inferno é paraíso e seu paraíso é inferno. Quem for atormentado por seu inferno, que peça refúgio em Deus, e recite os primeiros versículos da Surata Al Kahf (a Caverna) ... Entre suas intrigas está o dizer ao beduíno: “Se eu lhe ressuscitar os pais, você testemunhará que sou o seu senhor? Ele dirá: “Sim!” Dois demônios aparecerão para ele na forma dos pais e lhe dirão: “Ó filho, segue-o, ele é seu Senhor.” Outra de suas intrigas é prevalecer sobre uma pessoa, a matar, a serrar em duas partes, então dirá: “Olhem para este meu servo, eu vou ressuscitá-lo e ele irá alegar que tem um Senhor além de mim. Deus o ressuscitará e o maligno lhe dirá: “Quem é o seu Senhor?” Ele dirá: “Meu Senhor é Deus, e você é o inimigo de Deus, você é o Anticristo, por Deus, ninguém tem mais visão do que eu a seu respeito, hoje em dia.” Outra de suas intrigas é ordenar ao céu que chova, e irá chover, e ordenará a terra que germine, e germinará. Outra de suas intrigas, ainda, é passar pelos vivos e o desmentirão, e não permanecerá nenhum aborrecimento sem desaparecer. Outra de suas intrigas é passar pelos vivos e o acreditarão. Então ordenará o céu a chover, e irá chover, e ordenará a terra a germinar, e germinará ao ponto de seus animais ficarem por causa daquele dia mais gordos, maiores, de flancos mais largos e mais leiteiros. Não restará nenhuma parte da terra sem pisá-la e aparecer nela com exceção de Makka e Madina. Quando aparecer em qualquer de seus vales os anjos o recebará com espadas em riste. O Anticristo, então aparecerá em Dharib vermelho, na região de Sabkha. A cidade de Madina será abalada três vezes por tremores, resultando que todos os incrédulos e hipócritas irão ter com ele. Os malignos serão eliminados como dela como a forja elimina as impurezas do ferro. Esse dia será denominado de “Dia da redenção”. Foi perguntado: “Onde estarão os árabes, então?” Ele respondeu: Eles serão poucos nesse dia ... e seu líder será um bom homem. Quando o Imam estiver pronto para liderá-los na oração da alvorada, aparecerá Jesus, filho de Maria. O Imam retrocederá para que Jesus se adiantar e liderar a oração. Jesus, em seguida, colocará a mão entre os ombros do homem, e dirá a ele: Vai para a frente e lidere a oração, pois a você foi anunciada. E seu imam liderará a oração. Ao terminar, Jesus dirá: “Abrem a porta”, e a porta será aberta e atrás dela estará o Anticristo, com setenta mil judeus, todos eles com uma espada e um sábio local, se o Anticristo olhar para ele derreterá como a água derrete o sal. E sairá correndo. Ele será alcançado na porta oriental, e o matará. Deus derrotará os judeus, e não ficará mais nada, da criação de Deus, Exaltado Seja, atrás do qual se esconderá o judeu. Deus fará qualquer coisa falar, nenhuma pedra nem árvore nem parede nem animal, mas a árvore espinhenta chamada “gharcada”, sem dizer: Ó muçulmano, aqui está um judeu, venha matá-lo. Jesus, filho de Maria, estabelecerá a justiça entre a minha comunidade, e um Imam imparcial, quebrará a cruz, matará o porco, e eliminará a jizya, e deixará a caridade, não visará ovelha ou camelo, o ódio e o aborrecimento serão suspensos, todo medo de quem tiver medo será eliminado ao ponto de o recém-nascido enfiar a mão na boca da serpente e não será picado, e a cria baterá no leão e este não lhe fará mal, o lobo será para as ovelhas o seu cão de guarda, e a terra se encherá de paz como o pote é cheio de água, a palavra será uma só, só Deus será adorado, a guerra cessará, e Coraix perderá seus bens, a terra será como mina de prata, brotará a vegetação como brotou na época de Adão. Quando as pessoas se reunirem para a colheita da uva, ficarão satisfeitos, e se reunirão para colher o romã e ficarão satisfeitos, o boi valerá tal e tal preço, a égua será avaliada por pouco dinheiro. Antes do aparecimento do Anticristo por três anos, serão anos difíceis, as pessoas passarão grandes fomes. Deus ordenará o céu no primeiro ano que o céu restrinja a chuva em um terço, e ordenará a terra restringir a vegetação em um terço, em seguida. No segundo ano ordenará o céu que restrinja dois terços de sua chuva, e ordenará a terra restringir dois terços de sua vegetação. No terceiro ano ordenará a terra restringir toda a chuva, e não cairá nenhuma gota de chuva, e ordenará a terra rstringir toda a sua vegetação, e nada de verde brotará. Todos os animais perecerão, e só permanecerá o que Deus quiser. Será perguntado: “Como as pessoas irão viver nesse tempo?” Ele disse: “Com a declaração da Unicidade de Deus, com a magnificação e com a louvação de Deus. Isso será suficiente para lhes conceder pouca comida." (Sahih Al Jámi’)

 
Os Milagres Divinos dos Mensageiros de Deus:
Deus envia os mensageiros e lhes dá apoio com milagres sensoriais para serem sinais confirmantes da veracidade de suas mensagens e devido ao fato de que esses milagres eram sensoriais cessaram com extinção de suas épocas e só acreditaram neles os que os presenciaram. Quando a mensagem de Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) chegou e foi uma mensagem geral, final, tinha que ser um milagre eterno, que permanecesse através dos tempos até o acontecimento da Hora do Juízo, para ser o argumento contra toda a criação e ser uma testemunha para as sucessivas gerações com a veracidade da mensagem de Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz). Por isso, o seu milagre não foi sensorial como os milagres dos profetas anteriores, porque o milagre sensorial não possui esse papel, não é adequado para esta tarefa porque expira no final de seu efeito, e só acredita nele quem o presencia. Por isso, o milagre de Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) é uma revelação concedida a ele e será recitada até o acontecimento da Hora do Juízo Final. Suas palavras violaram os costumes com o seu estilo, sua eloquência e suas notícias a respeito das coisas invisíveis. Os gênios e humanos foram incapazes de apresentar uma Surata como as dele, mesmo se jutassem ou dispersassem, numa época conhecida pela sua retórica e eloquência, e a continuação de seus rejeitadores em todas as épocas depois dele, e a tentativa inútil de anular a sua condição de milagre. O Alcorão é o milagre atemporal de Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz). Ele (Deus o abençoe e lhe dê paz) disse explicando este fato: "A todos os profetas foram concedidos sinais através dos quais os seres humanos creram. O que foi concedido a mim foi revelação concedida por Deus. Por isso, espero ter o maior número de seguidores no Dia da Ressurreição".

•  Os Milagres de Jesus: (a paz esteja com ele)
Como dissemos anteriormente, alguns seres humanos negam e rejeitam os Mensageiros (a paz esteja com eles) e só acreditam com provas sensoriais e argumentos visíveis. Por isso, Deus deu apoio aos mensageiros com milagres que demonstram a veracidade de suas mensagens com que Deus enviou-os, mas para saber que todos esses milagres acontecem por ordem de Deus, por Sua permissão e apoio, como Deus explica isso, dizendo: "Antes de ti havíamos enviado mensageiros; e lhes concedemos esposas e descendência, e a nenhum mensageiro foi possível apresentar sinal algum, senão com a anuência de Deus. A cada época corresponde um Livro." (Ar R'ad, 13:38)
Os milagres que Deus conduzia por intermédio dos mensageiros eram do gênero famoso entre seu povo. O povo de Moisés (a paz esteja com ele) era notório em feitiçaria. Por isso, o milagre de Moisés (a paz esteja com ele) foi o seu cajado, que devorou tudo que os magos haviam simulado com seus cajados, transformando-os em serpentes, espantando Moisés. Deus, Glorificado e Exaltado Seja, explicou a história de Moisés com os mágicos que enfeitiçram os olhos das pessoas, espantando-as pela magia extraordinária. Deus anulou sua magia, rejeitando seus dolos e fez prevalecer a verdade e desvanecer a falsidade: "Quando os magos se apresentaram ante o Faraó, disseram: É de se supor que teremos uma recompensa se sairmos vencedores. Ele lhes respondeu: Sim, e vos contareis entre os mais chegados (a mim). Perguntaram: Ó Moisés, lançarás tu, ou então seremos nós os primeiros a lançar? Respondeu-lhes: Lançai vós! E quando lançaram (seus cajados), fascinaram os olhos das pessoas, espantando-as, e deram provas de uma magia extraordinária. Então, inspiramos Moisés: Lança o teu cajado! Eis que este devorou tudo quanto haviam simulado. E a verdade prevaleceu, e se esvaneceu tudo o que haviam forjado. (O Faraó e os chefes) foram vencidos, e foram humilhados. E os magos caíram prostrados. Disseram: Cremos no Senhor do Universo, o Senhor de Moisés e de Aarão!" (Al A'raf, 7:113-122)
Da mesma forma, Jesus (a paz esteja com ele) foi enviado a um povo notório em medicina e ciência. Seus milagres (a paz esteja com ele) coadunavam-se com a exigência de sua civilização. Por isso, Deus deu-lhe apoio com milagres extraordinários que fizeram lembrar o Poder de Deus e fortalecer a crença nele. Ele falou quando ainda no berço, plasmava de barro um pássaro e soprava nele, transformando-o em pássaro vivo, com a anuência de Deus. Ele curava o cego e o leproso, ressuscitava os mortos, com a anuência de Deus. Informava as pessoas o que comiam e o que guardavam em suas casas, como Deus informou isso, dizendo:  “Então, Deus dirá: Ó Jesus, filho de Maria, recorda-te de Minhas Mercês para contigo e para com tua mãe; de quando te fortaleci com o Espírito da Santidade; de quando falavas aos homens, tanto na infância, como na maturidade; de quando te ensinei o Livro, a sabedoria, a Torá e o Evangelho; de quando, com o Meu beneplácito, plasmaste de barro algo semelhante a um pássaro e, alentando-o, eis que se transformou, com o Meu beneplácito, em um pássaro vivente; de quando, com o Meu beneplácito, curaste o cego de nascença e o leproso; de quando, com o Meu beneplácito, ressuscitaste os mortos; de quando contive os israelitas, pois quando lhes apresentaste as evidências, os incrédulos, dentre eles, disseram: Isto não é mais do que pura magia!” (Alcorão Sagrado, 5:110)
Entre seus milagres e generosidade (a paz esteja com ele) Deus lhe agraciou, quando atendeu seu pedido quando seus seguidores pediram-lhe para fazer descer do céu uma mesa servida, a fim de tranquilizar seus corações e conscientizá-los da veracidade de sua missão. Ele pediu a seu Senhor e Ele o atendeu, explicando isso, ao dizer: “E de quando os discípulos disseram: Ó Jesus, filho de Maria, poderá o teu Senhor fazer-nos descer do céu uma mesa servida? Disseste: Temei a Allah, se sois crentes! Tornaram a dizer: Desejamos desfrutar dela, para que os nossos corações sosseguem e para que saibamos que nos tens dito a verdade, e para que sejamos testemunhas disso.” (Alcorão Sagrado, 5:112-113)


 
  Os Profetas e a Convocação ao Monoteísmo:
Os princípios da religião de todos os mensageiros são iguais, porque a fonte provém de Deus, como Ele informou isso, dizendo: "Adotarão, porventura, outras divindades além d’Ele? Dize-lhes: Apresentai vossa prova! Eis aqui a Mensagem daqueles que estão comigo e a Mensagem daqueles que me precederam. Porém, a maioria deles não conhece a verdade, desdenhando-a. Jamais enviamos mensageiro algum, antes de ti, sem que lhe tivéssemos revelado que: Não há outra divindade além de Mim. Adora-Me, e serve-Me!" (Al Ambiyá, 21:24-25)
A questão do monoteísmo é a órbita em que giram todos os ensinamentos da lei islâmica como é em todas as religiões celestiais anteriores a ela uma convocação para a unicidade de Deus e a adoração sincera somente a Ele. Foi para isso que Deus criou os seres humanos e foram estabelecidos o Paraíso e o Inferno. Sua lei islâmica é uma convocação para as virtudes da moralidade e para a proibição da imoralidade, como Deus informa isso, dizendo: "Prescreveu-vos a mesma religião que havia instituído para Noé, a qual te revelamos, a qual havíamos recomendado a Abraão, a Moisés e a Jesus, (dizendo-lhes): Observai a religião e não discrepeis acerca disso; em verdade, os idólatras se ressentiram daquilo a que os convocaste. Deus elege quem Lhe apraz e encaminha para Si o contrito." (Ax Xura, 42:13)
Este é o conselho de todos os profetas aos seus povos em geral e às suas descedências em particular, de adotarem o monoteísmo e a dedicação sincera, de adorarem somente a Deus, como Deus informou isso a respeito de Jacó (a paz esteja com ele), dizendo: "Estáveis, acaso, presentes, quando a morte se apresentou a Jacó, que perguntou aos seus filhos: Que adorareis após a minha morte? Responderam-lhe: Adoraremos o teu Deus e o Deus de teus pais: Abraão, Ismael e Isaac; o Deus Único, a Quem nos submetemos." (Al Bacara, 2:133)
A lógica e a razão correta rejeitam o politeísmo, porque este é imperfeição e isso é impossível quanto a Deus, o Criador e Formador deste universo. Se o politeísmo é evitado pelas criaturas entre si, que dirá quanto ao Senhor das criaturas? O politeísmo constitui em diversão e passatempo e não é conveniente quanto a Deus. Ele, Exaltado Seja, diz: "Não criamos os céus e a terra e tudo quanto existe entre ambos por mero passatempo. E se quiséssemos diversão, tê-la-íamos encontrado entre as coisas próximas de Nós, se é que faríamos (tal coisa). Qual! Arremessamos a verdade sobre a falsidade, o que a anula. Ei-la desvanecida. Ai de vós, pelas falsas coisas com que (Nos) descreveis! Seu é tudo o que existe nos céus e na terra; e todos quantos se acham em Sua Presença, não se ensoberbecem em adorá-Lo, nem se enfadam disso. Glorificam-No noite e dia, e não ficam exaustos." (Al Ambiyá, 21:16-20)
Assim como Deus está isento da vontade de diversão e passatempo também é isento de tomar um filho, porque as questões aceitas racionalmente, que estabelecem a presença do filho requerem o concurso de uma esposa e isso é impossível no que diz respeito a Deus. Ele, Exaltado Seja, diz: "Originador dos céus e da terra! Como poderia ter prole, quando nunca teve esposa, e foi Ele Que criou tudo o que existe, e é Onisciente? Tal é Deus, vosso Senhor! Não há mais divindade além d‘Ele, Criador de tudo! Adorai-O, pois, porque é o Guardião de todas as coisas. Os olhares não podem percebê-Lo, não obstante Ele Se aperceber de todos os olhares, porque Ele é o Onisciente, o Sutilíssimo." (Al An'ám, 6:101-103)
Sabe-se que a necessidade de um parceiro indica incapacidade do outro parceiro que é complementada pelo outro. Certamente, Deus, Glorificado e Exaltado Seja, não necessita de uma de suas criaturas para suprir uma incapacidade d’Ele, ou para ajudá-lo na condução deste universo e dispor das questões das criaturas. Ao contrário, Suas criaturas precisam d’Ele, desejando o que Ele possui, Glorificado Seja, Ele é o Opulento. Ele, Exaltado Seja, diz: “E dize: Louvado seja Allah, Que jamais teve filho algum, tampouco teve parceiro algum na Soberania, nem (necessita) de ninguém para protegê-Lo quanto à humilhação, e é exaltado com toda a magnificência.” (Alcorão Sagrado, 17:111).
O Alcorão explica a impossibilidade do politeísmo no que diz respeito a Deus, Formador deste universo e estabeleceu razões lógicas e mentais, aceitas pela lógica e convencidas pela mente sã.
 • A multiplicidade de deuses obriga a capacidade absoluta de cada um deles porque o poder absoluto é um dos atributos de divindade. A multiplicidade da divindade exige que cada um quer ao contrário do outro e isso faz ocorrer com base nisso, conflito, rivalidade e disputas entre os parceiros, que resulta na corrupção de todo o universo. Deus é maior do que seja compartilhado em seu reino pelo fato de que o politeísmo constitui em corrupção, da qual Deus está isento. O Alcorão Sagrado explica isso com as palavras de Deus, Exaltado Seja: “Ou (será que) adotaram divindades da terra, que podem ressuscitar os mortos? Se houvesse nos céus e na terra outras divindades além de Allah, (céus e terra) já se teriam desordenado. Glorificado seja Allah, Senhor do Trono, por tudo quanto Lhe atribuem! Ele não poderá ser questionado quanto ao que faz; eles sim, serão interpelados.” (Alcorão Sagrado, 21:21-23).
•  A existência de outros deuses com Deus exige que cada um deles tenha o poder que permite que dispute e combata para obter poder e controle no universo. Isto é rejeitado pelo Alcorão: "Dize-lhes: Se, como dizem, houvesse, juntamente com Ele, outros deuses, estes teriam tratado de encontrar um meio de contrapor-se ao Soberano do Trono. Glorificado e sublimemente exaltado seja Ele, por tudo quanto blasfemam!" (Al Isrá, 17:42-43)
•  A existência de outros deuses com Deus exige a divisão do universo entre eles, para cada um cuidar de sua parte, e isso é impossível quanto a Deus. Ele, Bendito e Exaltado Seja, diz: "Deus não teve filho algum, nem jamais nenhum outro compartilhou com Ele a divindade! Porque se assim fosse, cada divindade ter-se-ia apropriado da sua criação e teriam prevalecido uns sobre os outros. Glorificado seja Deus de tudo quanto descrevem!" (Al Muminun, 23:91)
Portanto, o politeísmo é um dos maiores pecados. Deus não perdoará aqueles que morrerem nesse estado e o Paraíso será proibido para ele. A sua residência será o Inferno, e que péssimo destino. A maioria dos versículos do Alcorão adverte contra esse pecado, que é considerado, como dito acima, e se falarmos da incapacidade quanto a Deus e falarmos d’Ele sem conhecimento. Deus diz: "Deus jamais perdoará a quem Lhe atribuir parceiros; porém, fora disso, perdoa a quem Lhe apraz. Quem atribuir parceiros a Deus cometerá um pecado atroz." (An Nissá, 4:48)

• Jesus e a Inocência do Politeísmo
O Alcorão Sagrado explica que Jesus (a paz esteja com ele) é um profeta semelhante a outros profetas, criado e servo de Deus. Foi um dos defensores do monoteísmo. Ele não aceitava o politeísmo de seu povo. Ele convocou o seu povo a crer em Deus e renunciar à adoração a outras divindades, mostrando muito do que divergiam os filhos de Israel a respeito das leis. Deus, Exaltado Seja, diz: "E quando Jesus lhes apresentou as evidências, disse: Trago-vos a sabedoria, para elucidar-vos sobre algo que é objeto das vossas divergências. Temei, pois, a Deus, e obedecei-me!" (Az Zukhruf, 43:63)
O Alcorão o absolveu de que pregava o politeísmo para si mesmo ou o ordenava. Ele explica que vai comparecer no Dia do Juízo na frente do Senhor do Universo e na liderança das criaturas para negar a acusação que lhe era dirigida pelos filhos de Israel, de que ele os convocou para adorá-lo e à sua mãe, como Deus informou isso, dizendo: "E recorda-te de que quando Deus disse: Ó Jesus, filho de Maria! Foste tu que disseste aos homens: Tomai a mim e a minha mãe por duas divindades, em vez de Deus? Respondeu: Glorificado sejas! É inconcebível que eu tenha dito o que por direito não me corresponde. Se o tivesse dito, tê-lo-ias sabido, porque Tu conheces a natureza da minha mente, ao passo que ignoro o que encerra a Tua. Somente Tu és Conhecedor do desconhecido. Não lhes disse, senão o que me ordenaste: Adorai a Deus, meu Senhor e vosso! E enquanto permaneci entre eles, fui testemunha contra eles; e quando quiseste encerrar os meus dias na terra, foste Tu o seu Único observador, porque és Testemunha de tudo. Se Tu os castigas é porque são Teus servos; e se os perdoas, é porque Tu és o Poderoso, o Prudentíssimo." (Al Má'ida, 5:116-118)

 
•  O Anúncio de Jesus (a paz esteja com ele) a Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz):
O Alcorão Sagrado informa que Deus, Glorificado e Exaltado Seja, tomou a aliança e a promessa de todos os Mensageiros que uns acreditem nos outros e que todos acreditem na profecia do derradeiro dos Mensageiros, o Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz); Ele disse: “Quando Allah aceitou a promessa dos profetas, disse-lhes: Eis o Livro e a sabedoria que ora vos entrego. Depois vos chega um Mensageiro que corrobora o que já tendes. Crede nele e socorrei-o. Então, perguntou-lhes: Concordai e comprometei-vos a fazê-lo? Responderam: Comprometemo-nos. Disse-lhes, então: Testemunhai, que Eu também serei, convosco, Testemunha disso. E aqueles que, depois disto, renegarem, serão depravados.” (Ál 'Imran, 3:81-82)
Possui, também, versículos que convocam os não-muçulmanos e especialmente os Adeptos do Livro deles para crerem em Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) e nos seguidores de sua mensagem, como Deus explica isso no Alcorão, dizendo: "Ó israelitas, recordai-vos das Minhas mercês, com as quais vos agraciei. Cumpri o vosso compromisso, que cumprirei o Meu compromisso, e temei somente a Mim. E crede no que revelei que confirma a revelação que vós tendes; não sejam os primeiros a negá-lo, nem negocieis as Minhas leis a vil preço, e temei a Mim, somente, e não disfarceis a verdade com a falsidade, nem a oculteis, sabendo-a." (Al Bacara, 2:40-42)
Jesus (a paz esteja com ele) atendeu a ordem de Deus nisso, anunciando um Mensageiro que virá depois dele e explicou para seu povo que ele foi enviado apenas aos filhos de Israel. Foi mencionado nos Evangelhos que ele disse: "Eu fui enviado às ovelhas desgarradas dos filhos de Israel”.
Através de suas palavras (a paz esteja com ele) ficam claros dois fatos:
O Primeiro Fato: que ele não foi enviado para todas as pessoas, mas para certas pessoas em um determinado tempo e isto o que foi transmitido por seus Evangelhos onde é explicada a sua declaração dizendo: "Eu fui enviado às ovelhas desgarradas dos filhos de Israel”.
Se isso é o que dizem os Evangelhos, por que a convocação dos cristãos não fica concentrada apenas nos filhos de Israel (os judeus) e sua convocação para o cristianismo é para corroborar o dito de Jesus (a paz esteja com ele), em vez de contrariar suas palavras e se voltarem para evangelizar além dos filhos de Israel! Esse texto do Evangelho possui uma clara indicação de que o cristianismo não é universal e o anunciá-lo aos outros não faz parte dos pilares da religião cristã.
O Segundo Fato: Uma vez que ele só foi enviado apenas às ovelhas perdidas dos filhos de Israel, outro profeta será enviado depois dele e sua convocação será para o mundo inteiro e vai ser derradeira. Foi este anunciado por Jesus (a paz esteja com ele) uma vez que uma das funções de Jesus é anunciar o envio do derradeiro Profeta, Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) e o Alcorão explica esta realidade onde Deus diz: "E de quando Jesus, filho de Maria, disse: Ó israelitas, em verdade, sou o mensageiro de Deus, enviado a vós, corroborante de tudo quanto a Tora antecipou no tocante às predições, e alvissareiro de um Mensageiro que virá depois de mim, cujo nome será Ahmad! Entretanto, quando lhes foram apresentadas as evidências, disseram: Isto é pura magia!" (As Saf, 61:6)
O ser humano, equitativo, civilizado, que libertou a mente da dependência de outros e de seguir a religião absoluta dos pais e avós, perguntando a si mesmo se existe algo que veda que Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) seja enviando como Mensageiro de Deus, uma vez que Deus, Bendito e Exaltado Seja, enviou muitos profetas e mensageiros antes dele? Se a resposta é que nada veda racionalmente nem legalmente, por que, então, negar sua mensagem e sua profecia por todas as pessoas e aceitar as mensagens dos profetas anteriores a ele?

 • A Posição de Rabinos e Monges Justos a Respeito da Mensagem de Mohammad:
Quando a fonte era cristalina e a Torá e os Evangelhos eram corretos, não tendo sidos alterados e mudados, nada tinha sido oculto deles e os rabinos e os monges estavam próximos da profecia de Jesus (a paz esteja com ele) sabiam que o que foi trazido por Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) é a verdade, uma vez que os seus Evangelhos anunciaram a vinda de um profeta depois de Jesus (a paz esteja com ele) e descreveram alguma características que conheceram em Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) e acreditaram nele muitos dos judeus e cristãos, especialmente monges e rabinos que tinham uma visão geral de seus livros sagrados. Deus disse: "São aqueles que seguem o Mensageiro, o Profeta iletrado, o qual encontram mencionado em sua Tora e seu Evangelho, o qual lhes recomenda o bem e lhes proíbe o ilícito, prescreve-lhes todo o bem e veda-lhes o imundo, alivia-os dos seus fardos e livra-os dos grilhões que os deprimem. Aqueles que nele creram, honraram-no, defenderam-no e seguiram a Luz que com ele foi enviada, são os bem-aventurados." (Al A'raf, 7:157)
O Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) explicou para seus companheiros que ele é o anúncio de seu irmão Jesus (a paz esteja com ele) quando eles lhe pediram: “Conte-nos sobre si mesmo”. Ele disse: "Sou a prece de meu pai Abraão, o anúncio de Jesus, o sonho de minha mãe, quando estava grávida comigo, vendo que saia dela uma luz que iluminou os palácios de Bosra na Síria."
Quando Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) foi comissionado, nele acreditaram uns e desareditaram outros dos adeptos do Livro. Safia, filha de Huyai, filha de Akhtab (que Deus esteja satisfeito com ela) esposa do Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) que era judia antes de sua conversão, disse: “Meu pai e meu tio Abu Yassir foram ter com o Mensageiro de Deus no início do dia e voltaram no final dele, apáticos, desanimados. Corri para eles – eu era pequenina e a mais amada dos filhos deles. Eles não me deram importância. Ouvi o meu tio dizer ao meu pai: “Será que é ele?” Huyai Ibn Al Akhtab disse: “Pelo Senhor de Moisés, ele tem a descrição do profeta.” Meu tio disse: “O que você acha?” Huyai disse: “Ser seu inimigo enquanto existo. "
Muitos rabinos e monges, tanto no passado como no presente aceitaram a verdade apresentada por Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz). Entre os antigos que aceitaram o Islam está Negus, o rei da Abissínia, no tempo do Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) e era                                                                                                          cristão e conhecia a Bíblia e os anúncios que falam sobre um profeta que seria enviado depois de Jesus (a paz esteja com ele). Ele era um homem com uma crença bem iluminada e abraçava o cristianismo cristalino consciente, distante do desvio e da intolerância. Ummu Salama (que Deus esteja satisfeito com ela) a esposa do Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) disse: “Quando chegamos à Abissínia fomos muito bem recebidos pelo Negus. Ficamos seguros em nossa religião, e adoramos a Deus, não sofremos perseguições, nunca ouvimos algo que nos desagradasse. Quando os coraixitas souberam disso, resolveram enviar presentes para o Negus, dos bens móveis de Makka, e o mais precioso nela eram os condimentos. Eles reuniram muito condimentos e levaram presentes para todos os seus patriarcas. Então, enviaram tudo com Abdullah Ibn Abi Rabi’a al Makhzoumi, e Amr ibn al-‘Ás, com a seguinte instrução:
“Deem a todos os patriarcas um presente antes de falarem com o Negus. Então, deem os presentes ao Negus e pedem-lhe que entregue os muçulmanos antes de falar com eles”. Ela disse: “Eles foram ter com o Negus enquanto estávamos vivendo com ele em paz. Deram presentes a todos os patriarcas antes de falarem com o Negus”.
Então, disseram a cada patriarca: “Informamos que alguns dos nossos jovens tolos vieram ao país do rei. Eles abandonaram a religião de seu povo, e não ingressaram na sua religião. Adotaram uma religião inventada, que nem nós nem vocês conhecem. Fomos enviados a vocês pelos nobres de seu povo, pelos pais e tios deles e suas famílias para conduzi-los de volta a eles. Quando falarmos ao rei sobre eles, aconselham-no a nos entregá-los e não falar com eles. Certamente o seu povo conhecem-nos melhor e conhecem o que cometeram de erros. Os patriarcas disseram: “Sim”.
Em seguida, foram ter com o Negus e lhe entregaram os presentes, que ele aceitou. Em seguida, disseram-lhe: “Ó rei, alguns de nossos jovens tolos vieram ter em seu país. e não ingressaram na sua religião. Adotaram uma religião inventada, que nem nós nem vocês conhecem. Fomos enviados a vocês pelos nobres de seu povo, pelos pais e tios deles e suas famílias para conduzi-los de volta a eles. Certamente o seu povo conhecem-nos melhor e conhecem o que cometeram de erros, e saberão reprová-los.” Ummu Salama disse: “A coisa mais odiosa para Abdullah ibn Abi Rabia e Amr ibn al-‘Ás, que o Negus falasse conosco”.
Os patriarcas ao redor dele disseram: “Eles disseram a verdade, ó rei, o seu povo conhecem-nos melhor e conhecem o que cometeram de erros. Entregue-os a eles para que voltem ao seu país e seu povo.” Ela disse: “O Negus ficou irritado, e em seguida, disse: “Não, por Deus, não vou entregá-los e não vou tramar contra pessoas que me adotaram como hóspede. Eles vieram a meu país e me escolheram. Vou convcá-los e perguntar a respeito do que estes dois estão dizendo a respeito deles. Se o que disseram é verdade, vou entregá-los para retornarem para seu povo. Porém, se não for verdade, não vou entregá-los e serei o melhor hóspede para eles”.
Ela disse: “Ele, então mandou que os companheiros do Mensageiro de Deus comparecessem perante ele. Quando o enviado do rei chegou com eles, perguntaram uns aos outros: “O que vocês vão dizer para o homem ao questioná-los?” Disseram: “Vamos dizer, por Deus, o que sabemos e o que nos foi ensinado pelo nosso Profeta, quaisquer que sejam as consequências”. Quando estavam perante o rei, este convocou os patriarcas que ficaram ao lado dele. O Negus, então, perguntou aos muçulmanos: “Que religião é esta que diverge da religião de seu povo e não ingressaram na nossa religião e na religião de alguém das nações?”
Ela disse: “Quem respondeu foi Já’far bin Abi Tálib. Ele disse: "Ó nobre rei, éramos um povo mergulhado na ignorância. Adorávamos ídolos, comíamos carne de animais mortos, cometíamos todo tipo de abominações, sempre com o forte devorando o fraco, e rompíamos os laços de parentesco, negligenciando os nossos vizinhos. Isto é como nós estávamos, mas então Deus nos enviou um mensageiro, cuja linhagem e veracidade conhecíamos, de que ele era digno de confiança e integridade. Ele nos convocou a adorarmos a Deus, atestarmos Sua Unicidade, e renunciar à adoração aos ídolos que nós e os nossos pais adorávamos. Assim, deixamos a religião de nossos antepassados que tinham seguido anteriormente, deixamos a adoração de pedras e ídolos de todos os outros, além de Allah. Ele também ordenou sermos verdadeiros em nosso discurso, cumprirmos nossas promessas, estreitarmos os laços de parentesco, sermos gentis com o próximo, e abster-nos de derramar sangue de forma ilegal. Ele nos proibiu o comportamento lascivo, o discurso obsceno, o consumir a riqueza do órfão, o caluniar as mulheres castas. Ordenou-nos adorarmos a Deus sozinho, sem associar qualquer coisa com Ele, ordenou-nos realizar as orações e fazer caridade e fazermos jejuns.” Rapidamente, listou as injunções islâmicas. Ele continuou: "Assim, acreditamos nele, e seguimos a religião de Deus que ele nos trouxe. Começamos a adorar somente a Deus, não associar nada com Ele, e começamos proibir o que Ele tornou ilegal para nós, bem como permitir que o que Ele tornou legal para nós. Com isso, o nosso povo levantou-se como inimigo contra nós, castigando-nos, torturando-nos para deixarmos a nossa religião e voltarmos à adoração de ídolos, em vez de adorar a Deus, e esperavam considerarmos todas as coisas imundas legais como fazíamos antes. Então, quando eles nos dominaram, oprimiram para nos subemetermos aos ídolos, viemos à sua terra, preferindo-o a todas as outras, desejando sua proteção, e esperando não sofrer injustiça."
O Negus perguntou: "Existe alguma passagem com você que ele lhes disse ser de Deus?"
Já’far disse: "Sim!" O Negus disse: "Então recita alguma passagem para mim." Em seguida, ele recitou os primeiros versículos da Surata de Maria (Surata 19 em que é contada a história do nascimento de João e Jesus Cristo, até o ponto de Maria ter sido alimentada milagrosamente). Então, o rei, junto com os patriarcas de seu reino, chegaram às lágrimas que rolaram pelos seus rostos, molhando suas barbas. Ele exclamou: "Parece como se estas palavras e aquelas que foram revelados a Jesus são os raios de luz que irradiaram da mesma fonte. Vocês podem ir. Por Deus, que não os entregarei a vocês nunca e não tramarei contra eles”.
Ummu Salama disse: “Quando saímos de lá, Amr bin al-‘Ás disse: “Por Deus, amanhã vou apresentar-lhe coisas que irão estragar seus argumentos.”
Ela disse: Abdullah ibn Abi Rabi’a era dos dois homens o mais chegado a nós, disse-lhe: “Não faça isso, eles são nosos parentes, mesmo que nos contrariam.” Ámr disse: “Por Deus vou informá-lo que eles afirmam que Jesus, filho de Maria, é servo de Deus”.
Ela disse: “No dia seguinte, Ámr foi ter com o rei, e lhe disse: ‘Ó rei, eles blasfemam contra Jesus, filho de Maria. Pergunta-lhes o que eles dizem a respeito dele.” Ela disse: “O rei mandou perguntar-lhes sobre isso. Ela disse: “Não tínhamos sido questionados antes a respeito disso. As pessoas se reuniram”.
Uns disseram para outros: O que vocês vão dizer sobre Jesus se perguntarem a respeito dele?” Alguns disseram: “Vamos dizer, por Deus, a respeito dele o que Deus, Exaltado Seja, diz, e foi trazido pelo Profeta não importam as consequências”. Quando entraram, ele disse-lhes: “O que você dizem sobre Jesus, filho de Maria?” Já’far bin Abi Tálib disse-lhe:
"Falamos de Jesus como nos foi ensinado por nosso Profeta, ou seja, ele é o servo de Deus, Seu Mensageiro, Seu espírito e seu Verbo soprada à Virgem Maria." O Negus estendeu a mão para o chão, pegou uma vareta e disse: “O que você disse a respeito de Jesus, filho de Maria, não difere mais do que a  espessura desta vareta. Os seus patriarcas começaram a bufar e pigarrear ao redor dele quando disse aquilo. Então, ele disse: “Vocês podem se aborrecer e se enfurecer quanto quiserem”. E dirigindo-se a Já’far e seus companheiros, disse-lhes: “Segui a vontade, pois estão em segurança em meu pais, nem por montanhas de ouro faria mal a qualquer um de vocês.” Ordenou que os presentes trazidos pelos coraixitas fossem devolvidos a eles, pois não tinham serventia para ele. Disse: “Por Deus tenho certeza de que Deus me livrou do suborno quando devolveu o meu reino, como vou aceitar o suborno nele? E no que as pessoas me obedecerem, eu obedecerei a eles.” Ela disse: “Eles saíram de lá cobertos de vergonha com os presentes trazidos devolvidos a eles.
A pessoa equitativa dos adeptos do Livro fica sabendo depois de ler o que o Alcorão Sagrado diz sobre Jesus e sua mãe (a paz esteja com eles) que esta é a verdade consistente com o que consta no verdadeiro Evangelho que não foi deturpado e porque são provenientes de uma única fonte. Os cristãos são os que mais aceitam o Islam do que os outros, e aceitam o parentesco entre eles e os muçulmanos.
A história de Heráculo, o governador dos romanos, com Abu Sufyan antes de sua conversão ao Islam é famosa, consta dos livros de história e indica a extensão do conhecimento dos cristãos quanto à veracidade da mensagem de Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) através de seus livros que não foram deturpados e mudados. Abdullah bin Abbas relatou que Abu Sufyan bin Harb disse-lhe que Heráculo mandou-lhe um emissário quando estava com uma caravana comercial coraixita na síria no tempo do Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz junto com a sua família). Abu Sufyan e os coraixitas politeístas, foram ter com ele na cidade de Ailá. Entraram em sua corte, estando presentes os famosos romanos, em seguida, convidou-os e chamou o intérprete. Ele disse: “Quem de vocês é parente deste homem que afirma ser profeta?” Abu Sufian disse: “Sou eu.”
Ele disse: “Aproximam-no de mim e aproximam seus companheiros para ficarem atrás dele.”
Depois disse ao intérprete: “Dize-lhes que vou fazer perguntas a este a respeito do homem. Se ele mentir, devem contradizê-lo.” Abu Sufyan disse para si: “Por Deus se eu não tivesse ficado com medo de que meus companheiros me considerassem um mentiroso, eu teria dito mentiras.” A primeira coisa que ele perguntou é sobre a sua linhagem: “Qual é a sua linhagem entre vocês?” Eu disse: “Ele descende de uma família nobre.”
Ele perguntou: “Alguém mais declarou isto antes dele?” Eu disse: “Não”. Ele perguntou: Algum de seus pais era rei?” Respondi: “Não.” Perguntou: “Quem o segue, os nobres (ricos) ou os fracos (pobres)?” Respondi: “Os fracos”. Perguntou: “Aumentam ou diminuem?” Respondei: “Aumentam.”
Perguntou: “Algum deles negou a religião por indignação depois de ter entrado nela?” Respondi: “Não”. Perguntou: “Alguma vez vocês o acusaram de mentir antes de dizer o que ele diz?” Respondi: “Não”. Perguntou: “Ele trai?” Respndi: “Não, nós convivemos com ele e nunca o vemos trair” - e não acrescentei nada além disso - Perguntou: “Vocês lutaram contra ele?” Respondi: “Sim.” Perguntou: “Qual foi o resultado da luta contra ele?” Respondi: "Algumas vezes nós saimos vencedores e outras vezes foi ele o vencedor". Perguntou: “O que ele prega?” Respondi: “Ele diz: Adorem a Deus Único, sem parceiroas. Proíbe-nos de adorarmos o que os nossos pais adoravam (os ídolos) e ordena-nos a fazer orações e sermos castos, verdadeiros, a unificarmos as relações consanguíneos, cumprirmos os compromissos e devolvermos os depósitos".
A seguir Heráclus, através do seu intérprete dirigiu-se aos árabes e disse: "Eu perguntei-lhe sobre a sua família, e você respondeu que a família dele era nobre. Assim é, pois os profetas sempre pertencem às famílias nobres. Perguntei-lhe, se antes dele, alguém na sua família reivindicou a profecia e você respondeu negativamente. Se alguém da sua família tivesse antes reivindicado a profecia, eu diria que ele agora está seguindo na mesma senda do que antes fora dito, devido à influência hereditária. Você reconheceu que não houve rei nenhum na sua família, pois se tivesse havido, eu diria que ele está a procura do reino do pai. Você reconheceu que ele não mente, portanto não é lógico alguém abster-se de mentir contra as pessoas e fazê-lo contra Deus. Você testemunhou que os fracos (pobres) é que o seguem, e é sempre assim. Os fracos são os que em geral seguem os profetas. Você reconheceu que os seus seguidores estão sempre a aumentar. Assim é, pois a verdadeira fé tende sempre a crescer até aperfeiçoar-se. Você reconheceu que ele não quebra suas promessas e seus compromissos, o que é natural, pois os profetas nunca quebram suas promessas. Você testemunhou que ninguém renuncia à sua religião por indignação pela mesma. Quando a fé se mistura com a alegria dos corações, assim acontece. Perguntei-lhe se alguma vez combateram contra ele e qual foi o resultado, e você afirmou que algumas vezes vocês saíram vencedores e outras vezes foi ele o vencedor. É assim, os profetas são submetidos à testes, mas finalmente o melhor resultado a eles pertence. Você afirmou que ele ordena o estabelecimento das orações, a veracidade, a castidade, a fidelidade aos compromissos e a devolução dos depósitos. Portanto, depois de ouvir tudo isto, concluí logo que ele é o Profeta verdadeiro e enviado, e se é verdade o que você me disse, ele apoderar-se-á deste local, o seu reinado chegará ao local que os meus pés estão pisando. Eu tinha a certeza da vinda de um Profeta, mas nunca tinha pensado que surgiria de entre vocês (árabes). Se eu pudesse lá ir, decerto que lhe lavaria os pés". Então, Heráclus pediu a carta do Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) que foi enviada por Dahiya ao governador de Bossra. Ele entregou a Heráclus que leu. Ela continha:
 “Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso. De Mohammad servo e Mensageiro de Deus, para Heráclus, o Governador romano: Que a Paz esteja com aqueles que seguem a orientação. Eu o convoco com a convocação do Islam: Torne-se muçulmano que será salvo, Deus lhe concederá a recompensa em dobro. Se você se negar, o fardo dos pecados de todo o seu povo irá cair sobre seus ombros: "Dize-lhes: Ó adeptos do Livro, vinde, para chegarmos a um termo comum, entre nós e vós: Comprometamo-nos, formalmente, a não adorarmos senão a Allah, a não Lhe atribuirmos parceiros e a não nos tomarmos uns aos outros por senhores, em vez de Allah. Porém, caso se recusem, dize-lhes: Testemunhai que somos muçulmanos." (Ál-‘Imran, 3: 64)
Abu Sufian disse: “Depois deste diálogo, houve uma grande agitação na corte real devido à forma como Heráclus dirigiu o diálogo. Ao ver isso, Heráclus convidou-nos a nos retirarmos. Quando saimos, Abu Sufian disse espantado para os companheiros: "A questão de Mohammad já atingiu o ponto de o governador dos romanos temê-lo"!
Quando os cristãos da delegação de Najran se apresentaram ao Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) que eram sessenta homens, quatorze dos quais eram de famílias nobres, três deles eram líderes: ‘Áquib, Sayid e Abu Háriça bin ‘Alqama. Ficaram debatendo sobre o Cristo. Então, Deus revelou o início da Surata Ál-‘Imran (A Família de ‘Imran) a respeito disso, explicando a questão de Cristo, o início de sua criação e a criação de sua mãe antes dele, e ordenou o Seu Mensageiro que invocassem a maldição de Deus mutuamente sobre quem estivesse mentindo, se não o atenderem e o seguirem. Quando viram a gravidade disso, abstiveram-se da invocação mútua e tenderam para a convivência pacífica e a confiança mútua.
O porta-voz da delegação, o ‘Áquib Abdel Massih, disse: “Ó cristãos, vocês ficaram sabendo que Mohammad é o Profeta enviado. Ele lhes trouxe detalhadamente a história de seu companheiro. Vocês sabem que se o profeta invocar a maldição, nós nunca vamos prosperar nem nossos descendentes, nem nós nem os nossos animais vão sobreviver. Se vocês querem permanecer fieis à religião, e continuarem com a sua crença sobre o seu companheiro, façam as pazes com o homem e voltem para seus povos."
 
As Características dos Seguidores de Jesus (a paz esteja com ele)
Deus descreveu no Alcorão os verdadeiros seguidores de Jesus (a paz esteja com ele) de compaixão, misericórdia, amor à religião e apego a ela, como foi informado com as palavras de Deus, Exaltado Seja: “Então, após eles, enviamos outros mensageiros Nossos e, após estes, enviamos Jesus, filho de Maria, a quem concedemos o Evangelho; e infundimos nos corações daqueles que o seguiam compaixão e clemência. No entanto, (agora) seguem a vida monástica, que inventaram, mas que não lhes prescrevemos; (Nós lhes prescrevemos) apenas comprazerem a Allah; porém, não o observaram devidamente. E recompensamos os crentes, dentre eles; porém, a maioria é depravada” (AL Hadid, 57:27).
Deus também, os descreveu no Alcorão dos que se apressaram em aceitar a verdade e ajudarem Jesus (a paz esteja com ele) para propagar a sua missão. Deus ordena os muçulmanos a serem com os auxiliares de Jesus e se apressarem em ajudar o Mensageiro, Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz), ajudando-o a propagar a sua missão. Pediu-lhes que sigam o seu exemplo nessas excelentes atributos. Deus, Exaltado Seja, diz: “Ó crentes, sede os auxiliadores de Deus, como disse Jesus, filho de Maria, aos discípulos: Quem são os meus auxiliadores, na causa de Deus? Responderam: Nós somos os auxiliadores de Deus! Acreditou, então, uma parte dos israelitas, e outra desacreditou; então, socorremos os crentes contra seus inimigos, e eles saíram vitoriosos” (As Saf, 61:14).
Então, Deus, Exaltado Seja, descreveu-os como os mais próximos do afeto dos muçulmanos porque Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) surgiu após o seu profeta. O período entre eles é curto, e não como o período entre Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) e Moisés (a paz esteja com ele), e isso fez os sacerdotes judeus serem os piores inimigos dos muçulmanos. Se os sacerdotes judeus são inimigos dos cristãos e seu profeta surgiu em período próximo de Moisés (a paz esteja com ele) e da descendência dos israelitas, que dirá se o período for muito longo e souberem que Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) descende de Abraão e de seu filho Ismael (a paz esteja com todos eles), como Deus, Exaltado Seja, informou isso, dizendo:
“Constatarás que os piores inimigos dos crentes, entre os humanos, são os judeus e os idólatras. Constatarás que aqueles que estão mais próximos do afeto dos crentes são os que dizem: Somos cristãos! porque possuem sacerdotes e não se ensoberbecem em coisa alguma. E, ao escutarem o que foi revelado ao Mensageiro, tu vês lágrimas a lhes brotarem nos olhos; reconhecem naquilo a verdade, dizendo: Ó Senhor nosso, cremos! Inscreve-nos entre os testemunhadores! E por que não haveríamos de crer em Allah e em tudo quanto nos chegou, da verdade, e como não haveríamos de aspirar a que nosso Senhor nos contasse entre os virtuosos? Pelo que disseram, Allah os recompensará com jardins, abaixo dos quais correm os rios, onde morarão eternamente. Isso será a recompensa dos benfeitores” (Al Máida, 5:82-85).
 
A Ascenção de Jesus (a paz esteja com ele) e não a sua Crucificação:
Era da natureza dos sacerdotes judeus desmentirem os seus profetas e matá-los como Deus informou isso e descreveu a natureza da agressão, dizendo: “Concedemos o Livro a Moisés, e depois dele enviamos muitos mensageiros, e concedemos a Jesus, filho de Maria, as evidências, e o fortalecemos com o Espírito da Santidade. Cada vez que vos era apresentado um mensageiro contrário aos vossos interesses, vós vos ensoberbecíeis! Desmentíeis uns e assassináveis outros!” (Al Bacara, 2: 87)
Não é de surpreender a sua busca de matar Jesus (a paz esteja com ele), a quem Deus salvou deles. A doutrina dos muçulmanos quanto ao Profeta Jesus, filho de Maria (a paz esteja com ele), que não morreu, não foi morto ou crucificado, mas ascendeu ao céu em seu espírito e corpo e que vai retornar antes do Dia do Juízo Final. Todos os adeptos do Livro irão crer nele, como Deus informou isso, dizendo: “(Porém, fizemo-los sofrer as consequências) por terem quebrado o pacto, por negarem os versículos de Allah, por matarem iniquamente os profetas, e por dizerem: Nossos corações estão insensíveis! Todavia, Allah lhes obstruiu os corações, por causa de sua incredulidade. Em quão pouco acreditam! E por blasfemarem e dizerem graves calúnias acerca de Maria, e por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Allah, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, mas o confundiram com outro. E aqueles que discordam quanto a isso estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, mas apenas conjecturas para seguir; porém, o fato é que não o mataram. Outrossim, Allah fê-lo ascender até Ele, porque é Poderoso, Prudentíssimo. Nenhum dos adeptos do Livro deixará de acreditar nele (Jesus), antes da sua morte, e, no Dia da Ressurreição, testemunhará contra eles.” (An-Nissá: 155-159)
Isso é patente para os muçulmanos. Ibn Abbas, o douto da comunidade (que Deus esteja satisfeito com ele) disse: “Quando Deus quis ascender Jesus ao céu, ele apareceu perante seus doze discípulos. Como havia uma fonte na casa, apareceu com a cabeça pingando água. Disse: ‘Haverá  dentre vocês quem me rejeitará doze vezes, depois de ter crido em mim.’ Então disse: ‘Quem de vocês quer parecer comigo, ser morto em meu lugar, e estará comigo no mesmo grau?’ Um dos mais jovens se levantou. Ele lhe disse: ‘Senta.’ Perguntou-lhes novamente, e o jovem se levantou novamente. Disse-lhe: ‘Senta.’ Perguntou-lhes de novo, e o jovem se levantou e disse: ‘Eu.’ Disse-lhe: ‘Então é você mesmo.’ Foi-lhe dada a semelhança de Jesus e este foi elevado do compartimento da casa aos céus”. Ibn Abbas continuou: “E a ordem dos judeus foi recebida, prenderam o semelhante e o crucificaram, matando-o. Alguns deles negaram Jesus doze vezes, depois de terem acreditado nele. Eles se dividiram em três partes. Uma parte disse: “O servo de Deus estava conosco e ascendeu aos céus”, e esses são os Jacobitas. Outra parte disse: “O filho de Deus estava conosco e Deus quis, ascendeu-o aos céus.” Esses são os nestorianos. Outra parte, ainda, disse: “Estava conosco o servo de Deus e Seu Mensageiro e Deus quis, e o ascendeu até Ele.” Esses são os muçulmanos. As duas primeiras partes subjugaram a muçulmana e a eliminaram. O Islam permaneceu oculto até que Deus enviou Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz).
Deus explica, mostrando a captura real e a elevação de Jesus (a paz esteja com ele) dizendo: “Porém, (os judeus) conspiraram (contra Jesus); e Deus, por Sua vez, também conspirou, porque é o melhor dos conspiradores. E quando Deus disse: Ó Jesus, por certo que porei termo à tua estada na terra; ascender-te-ei até Mim e salvar-te-ei dos incrédulos, fazendo prevalecer sobre eles os teus prosélitos, até ao Dia da Ressurreição. Então, a Mim será o vosso retorno e julgarei as questões pelas quais divergis. Quanto aos incrédulos, castigá-los-ei severamente, neste mundo e no Outro, e jamais terão protetores. Quanto aos crentes, que praticam o bem, Deus os recompensará; sabei que Deus não aprecia os injustos.” (Ál-‘Imran, 3:54-57)
A doutrina de assassinato, de crucificação e de redenção no cristianismo, foi introduzida pelos judeus, pelos nestorianos e pelos cristãos e os seus seguidores na religião de Cristo, Jesus, filho de Maria, e assim eles afirmam que Deus deu Seu filho, Jesus, para ser morto para a redenção da humanidade, que ninguém deve se constranger de fazer o que quer, uma vez que Jesus redime todos os seus pecados. Não há dúvida de que isto corrompe as pessoas e não as reforma. Como a vida das pessoas se endireita sem um método para ser seguido, sem limites para vedá-los? Que método é esse perante o método divino trazido pelo Islam e que mostra que toda a alma é depositária das suas ações, como Deus informa isso, dizendo: “Toda a alma é depositária das suas ações” (Al Muddacir, 74: 38)
E que toda pessoa vai ser responsabilizada por suas ações, e não pela ação de outra. Se for bom, bom será, se for mau, mau será, como Deus informou isso, dizendo: “Quem se encaminha, o faz em seu benefício; quem se desvia, o faz em seu prejuízo, e nenhum pecador arcará com a culpa alheia. Jamais castigamos (um povo), sem antes termos enviado um mensageiro.” (Al Isrá, 17:15)
Mas a doutrina do assassinato, da crucificação e da redenção na religião cristã que diz de Deus sem o conhecimento, caluniando-O, como Deus informou isso, dizendo: “Ai daqueles que copiam o Livro (alterando-o) com as suas mãos, e então dizem: Isto emana de Allah, para negociá-lo a vil preço. Ai deles, pelo que as suas mãos escreveram! E ai deles, pelo que lucraram!” (Al Bacara, 2:79)
 Deus tomou o compromisso e a promessa dos filhos de Israel, de crerem no que Jesus (a paz esteja com ele) trouxe e agirem de acordo com ele, crerem no que anunciou do envio de um Mensageiro que virá depois dele, mas eles trocaram e distorceram, discordaram, então rejeitaram e descreram. Por isso, Deus os castigou com hostilidade e ódio entre eles, neste mundo, e o tormento na Outra Vida, como Ele, Exaltado Seja, diz: “E também aceitamos a promessa daqueles que disseram: Somos cristãos! Porém, esqueceram-se de grande parte do que lhes foi recomendado, pelo que disseminamos a inimizade e o ódio entre eles, até ao Dia da Ressurreição. Allah os inteirará, então, do que cometeram.” (Al Máida, 5:14)

O Retorno de Jesus (a paz esteja com ele):
Faz parte das doutrinas estabelecidas dos muçulmanos que Jesus irá retornar nos últimos tempos para a terra quando o conhecimento diminuir, a ignorância aumentar, as pessoas se afastarem da religião, a terra se encher de injustiça e opressão. Ele (a paz esteja com ele) será o salvador da humanidade da tirania. Ele encherá a terra de justiça, de luz, a paz, a segurança e a proteção prevalecerão sobre todas as partes da terra, a lei islâmica torna-se aparente, à qual Jesus (a paz esteja com ele) aplicará sobre o povo de toda a terra. Ele quebrará a cruz, indicando a nulidade da prática da crença dos cristãos na crucificação. Ele eliminará os porcos para denotar a invalidade da legalização dos cristãos a eles. Anulará o pagamento da Jizya (imposto pago pelo povo dos dois livros - cristãos e judeus) indicando a sua aprovação à lei islâmica em seu tratamento a eles. As bênçãos aumentarão em seu tempo, o dinheiro será abundante, os corações das pessoas de seu tempo se encherão de convicção e piedade ao ponto de as pessoas não encontrarem quem fosse aceitar sua caridade, como o Mensageiro de Deus (Deus o abençoe lhe dê paz) disse: "Por Aquele em Cujas Mãos está a minha alma, Jesus, filho de Maria (a paz esteja com ele) retornará e julgará entre vocês  com justiça, quebrará a cruz, matará os porcos, proibirá a jizya, e o dinheiro abundará ao ponto de ninguém o aceitar. (Relatado por Bukhari e Musslim).
Tudo isso é preparação para o final dos tempos após do qual as pessoas se mudarão da fase do mundo, a fase do trabalho, para a fase da Outra Vida, a fase da recompensa e da vida eterna no Paraíso ou no Inferno, e toda alma é depositária das suas ações. Certamente, o feliz é aquele que se preparará para esse dia e agir para ele, auferindo as benevolências, evitando as maldades, e seguido os Mensageiros: “Um dia convocaremos todos os seres humanos, com os seus (respectivos) imames. E aqueles a quem forem entregues os seus livros na mão direita, lê-los-ão e não serão defraudados no mínimo que seja. Porém, quem estiver cego neste mundo estará cego no Outro, e mais desencaminhado ainda!” (Al Isrá: 71-72)

 
Epílogo:
Na verdade, Jesus (a paz esteja com ele) é o único Mensageiro a respeito dos qual as pessoas diferiram fortemente. Os doutos judeus da nação judaica insultaram-no com os maiores e piores insultos, descreveram-no com as mais feias e sujas figuras. Os doutos dos cristãos exageraram em sua veneração, reivindicaram sua divindade e filiação a Deus, e que é o terceiro da Trindade. Porém, foi pela graça de Deus que a Nação do Islam - tal é a graça de Deus, que a concede a quem Lhe apraz - que Deus a orientou para a verdade quanto à verdade sobre Jesus (a paz esteja com ele). Ela assumiu uma posição intermediária entre as duas nações anteriores, a respeito de Jesus. Ela o elogiou e o isentou das afirmações dos judeus. Não exagerou a seu respeito como fazem os cristãos. Disse a resoeito dele, que é servo e Mensageiro de Deus, como Deus revelou isso para o Seu Mensageiro no Alcorão Sagrado.
Esta é a realidade de Jesus (a paz esteja com ele), que amamos como muçulmanos e nos aproximamos de Deus com o seu amor como fonte pura, isento da obscenidade e da imoralidade, um nobre Mensageiro, descendente de profetas e mensageiros nobres e acreditamos que a falta de amor por ele e a falta de fé nele e na sua mensagem é apostasia no Islam, uma negação do Alcorão e do mestre dos Mensageiros, Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) e que merece a perenidade no Inferno.
Esta é a verdade sobre Maria (a paz esteja com ela) como consta no Alcorão e explicado pelo Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) e como acreditam os muçulmanos, pura, casta, livre de todo o mal e da obscenidade, de uma família decente e estirpe nobre. Estou certo de que toda pessoa justa que ler o que consta no Alcorão a respeito desse nobre Profeta reconhece que é a verdade que deve ser seguida, e com certeza também que não tem um livro ou religião que elogia, venera e honra esta família e este mensageiro como o Islam faz, que lhe dá o status digno dele, ou seja, o status de servidão a Deus com que Deus o honrou, como honrou outros profetas. Todos os profetas (a paz esteja com eles) encontraram, pela causa de alcançar este objetivo - a servidão a Deus – nas mãos dos doutos de seu povo de sofrimento e de negação. Alguns foram mortos e outros torturados, alguns foram presos porque trouxeram o que contraria e se opõe a muito do que estavam praticando em atos de adoração, de doutrinas falsas, de sistemas sociais injustos e inibiram um monte de desejos diabólicos pervertidos. Noé (a paz esteja com ele) sofreu injúrias de seu povo durante novecentos e cinquenta anos, e ficou paciente. Dues salvou-o e destruiu seu povo incrédulo com o dilúvio. O Profeta Abraão, (a paz esteja com ele) foi rejeitado por seu povo e foi lançado no fogo. Deus transformou o fogo em algo frio e o salvou, destruíndo os seus inimigos, ajudando-o contra eles. O Profeta Moisés (a paz esteja com ele) foi rejeitado pelo Faraó e perseguido pelas circunstâncias e foi tramado contra ele para matá-lo. Deus o salvou, auxiliando-o, e destruiu e afogou o seu inimigo juntamente com seus soldados. E Jesus (a paz esteja com ele) é daqueles mensageiros que foram expostas a negação pelos doutos dos filhos de Israel e o falar dele mentiras das quais ele é inocente, como a alegação que é bastardo e sua mãe, uma prostituta – que Deus os livre de tal falsa acusação - numa tentativa de afastar as pessoas dele, como tentaram deliberadamente matá-lo. Deus o salvou e o ascendeu, e foi morto quem teve semelhança com ele. Deus auxiliou seus seguidores e fez sobressair sua religião. Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) encontrou de seu povo politeísta e dos doutos judeus e cristãos descrença e zombaria e tentativa de homicídio. Ele ficou firme e Deus o auxiliou, suprimiu seus inimigos e fez sobressair a sua religião em detrimento de todos os incrédulos.
Jesus (a paz esteja com ele) não é como alegam os doutos cristãos dos filhos de Israel, de que é Deus ou o Filho de Deus ou é o terceiro da Trindade – Exaltado Seja Deus de tudo isso – Se ele fosse como dizem seria capaz de introduzir a fé nos corações de todas as pessoas e fazê-los acreditariam, uma vez que possuia esse status, esse era o seu desejo e sua vontade. Como foi incapaz de alcançar isso?! Se ele fosse Deus, que divindade é esta, que não pode se defender de sua criação que conseguiu matá-lo?! Se fosse o filho de Deus, como essa divindade teve o prazer de matar seu filho – longe está Deus disso!
 A verdade, porém, é que os doutos cristãos dos filhos de Israel resolveram fazer isso em uma tentativa de desacreditar esta personalidade abençoada, pura e piedosa, por inveja, para desviarem as pessoas dele. Todos os Profetas, incluindo Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) não escaparam dessas tentativas. Deus mostrou a mentalidade com que seu povo pensava, construída sobre a inveja; Ele diz: “E disseram: Na verdade, por que não foi revelado este Alcorão a um homem célebre, de uma das duas cidades (Makka e Taif)? Serão eles, acaso, os distribuidores das misericórdias do teu Senhor? Nós distribuímos entre eles o seu sustento, na vida terrena, e exaltamos uns sobre outros, em graus, para que uns submetam os outros; porém, a misericórdia do teu Senhor será preferível a tudo quanto entesourarem.” (Az Zukhruf, 43:31-32)
Deus, Glorificado e Exaltado Seja nos abençoou com a mente e a fez a diferença entre nós e as outros criaturas. Deixemos que esta mente pense para nos mostrar o bem do mal e o correto do errado. Não há na religião de todos os profetas o que contraria o instinto certo, a mente sã. O que existe desse tipo é algo introduzido na religião de Deus e faz parte da imposição de Satanás sobre o filho de Adão para desviá-lo do caminho certo e levá-lo para o caminho da sedução. Seja, querido leitor, daqueles que se lerem pensem, se pensarem, comparam, se compararem seguem as melhores palavras para que sejam daqueles que Deus elogiou, dizendo: “Mas aqueles que evitarem adorar ao sedutor e se voltarem contritos a Allah, obterão as boas notícias; anuncia, pois, as boas notícias aos Meus servos, que escutam as palavras e seguem o melhor (significado) delas! São aqueles a quem Allah encaminha, e são os sensatos.”  (Az Zúmar, 39:17-18
Um apelo que dirigimos a todos os não-muçulmanos e aos adeptos do Livro em especial, um apelo honesto com orientação divina que Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) dirigiu a quem o rejeitou anteriormente e se tornou um slogan para seus seguidores depois dele, onde Deus diz: “Dize-lhes: Ó adeptos do Livro, vinde, para chegarmos a um termo comum, entre nós e vós: Comprometamo-nos, formalmente, a não adorarmos senão a Deus, a não Lhe atribuirmos parceiros e a não nos tomarmos uns aos outros por senhores, em vez de Deus. Porém, caso se recusem, dize-lhes: Testemunhai que somos muçulmanos.” (Ál-‘Imran, 3:64)
Purifiquem os corações do rancor, da inveja e do ódio que cega a visão e desvia da verdade, pois já desviou os corações dos anteriores a vocês e cegou as suas percepções de seguirem a verdade, cujo final será a perda manifesta, como Deus explica isso, dizendo: “Muitos dos adeptos do Livro, por inveja, desejariam fazer-vos voltar à incredulidade, depois de terdes acreditado, apesar de lhes ter sido evidenciada a verdade. Tolerai e perdoai, até que Allah faça cumprir os Seus desígnios, porque Allah é Onipotente.” (Al Bacara, 2:109)
Os judeus e os cristãos costumavam anunciar através de seus livros a vinda de um mensageiro derradeiro e acreditavam que seria dos filhos de Israel, e eles sabiam que ele surgiria em Madina, que era chamada de Yaçrib. Por isso, suas comunidades se reuniam dentro e ao redor de Madina. Quando surgiu o que contrariava suas aspirações e expectativas com a missão de Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) descreram nele e se afastaram. Deus não precisa deles e abe em quem confiar a Sua mensagem, como explicou isso, dizendo: “Quando, da parte de Deus, lhes chegou um Livro (Alcorão), confirmante do deles, apesar de antes terem implorado a vitória sobre os incrédulos, quando lhes chegou o que sabiam, negaram-no. Que a maldição de Deus caia sobre os incrédulos!” (Al Bacara, 2:89)
A convocação realizada pelos muçulmanos e tentm comunicá-la aos outros deriva de seu amor benéfico a eles quer seja mundano, uma vez que faz parte da aptidão do muçulmano se a favor da estabilidade das comunidades vizinhas, a fim de poder através desta estabilidade, transmitir a mensagem de seu Senhor e trabalhar para alcançar seus ensinamentos que estabelecem a comunidade virtuosa ou na Outra Vida pelo que transmitem sobre os ensinamentos divinos que seriam a causa de fazê-los ingressar no Paraíso e salvá-los do Inferno, e o motor para essa convocação é orientação divina que os ordena a fazê-lo. Deus, Exaltado Seja, diz: “E que surja de vós um grupo que recomende o bem, dite a retidão e proíba o ilícito. Este será (um grupo) bem-aventurado.” (Ál-‘Imran, 3:104)
Finalmente o meu desejo que este livro seja o início de pesquisa e investigação que elimina a dependência de pensar daqueles que têm uma firme vontade de aprender o caminho certo, e os meus sinceros votos para que todos possam acessar a verdadeira felicidade cujo sede é a fé em Deus e no que ele enviou, como Deus informa, dizendo: “Que são crentes e cujos corações sossegam com a recordação de Allah. Não é, acaso, certo, que à recordação de Allah sossegam os corações?” (Ar Ra’d, 13:28
E o que eu creio, como muçulmano, que o homem não irá ser agraciado por ela somente sob a sombra de uma grande religião que dá a todos os seus direitos tanto em termos de relacionamentos humanas, físicos e espirituais e tudo isso, creio, está disponível na religião do Islam. O que encontramos de adversidade e miséria psicológica nas sociedades não-muçulmanas, apesar de suas conquistas de luxo, desenvolvimento e progresso que podem preceder o seu tempo é devido à sua distância da fé em Deus, a verdadeira fé baseada no monoteísmo e na crença no invisível, que é o verdadeiro teste, que mostra a categoria das pessoas e suas posições ante Deus. Certamente, o não acreditar em tudo isso é uma fonte de miséria e de apreensão. Deus diz a verdade ao declarar: “Em troca, quem desdenhar a Minha Mensagem, levará uma mísera vida, e o faremos comparecer, cego, no Dia da Ressurreição.” (Taha, 20:124)
Os textos do Alcorão vieram explícitos no significado que a religião de Deus é uma só e que Deus enviou profetas (a paz esteja com eles) complementando um ao outro a partir de Noé e terminando com Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz), como o Profeta Mohammad disse: "A parábula entre eu e os outros profetas antes de mim é o de homem que construiu um palácio, que decorou e embelezou, a não ser o local de um tijolo num de seus cantos. As pessoas que o visitavam passavam a admirá-lo e diziam, seria bom que o palácio fosse completado com o tijolo que está faltando. Eu sou esse tijolo, e sou o selo dos Profetas.” (Sahih Al Bukhari, v. 3, pág. 1300, número do hadice 3342.)
E a nossa prece final é louvado seja Deus e que as bênçãos e a paz estejam com todos os seus mensageiros.

 
Índice:
Introdução
As Primeiras Criaturas
1.    A criação dos céus e da terra.
 • A Sabedoria na Criação dos Seres Humanos
•  A Criação de Adão, Pai dos Seres Humanos
•  A Saída de Adão e Sua Esposa (a paz esteja com eles), e de Satanás do Paraíso:
•  A Necessidade das Pessoas aos Mensageiros e às Mensagens
•  A Sabedoria de Deus na Seleção dos Mensageiros e dos Profetas:
•  Noé (a paz esteja com ele)
•  Ibrahim (a paz esteja com ele)
•  Moisés (a paz esteja com ele)
•  Jesus (a paz esteja com ele)
•  Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz)
•  A Boa Família de Ál-Imran:
Maria (a paz esteja com ela)
•  Jesus (a paz esteja com ele)
•  Seu Nascimento:
•  A Condição Humana de Jesus (a paz esteja com ele)
•  A Profecia de Jesus (a paz esteja com ele)
•  A Característica de Jesus (a paz esteja com ele) Seus Méritos e Suas Virtudes
•  Jesus (a paz esteja com ele) e o Anticristo
Os Milagres Divinos dos Mensageiros de Deus:
•  Os Milagres de Jesus: (a paz esteja com ele)
•  Os Profetas e a Convocação ao Monoteísmo:
•  As Provas Mentais da Impossibilidade do Politeísmo.
• Jesus e a Inocência do Politeísmo
•  O Anúncio de Jesus (a paz esteja com ele) a Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz):
•  Receitas Seguidas
•  A Posição de Rabinos e Monges Justos a Respeito da Mensagem de Mohammad:
•    As Características dos Seguidores de Jesus (a paz esteja com ele)
•    A Ascenção de Jesus (a paz esteja com ele) e não a sua Crucificação:
•    O Retorno de Jesus (a paz esteja com ele):
Epílogo